Em alusão ao Junho Vermelho, mês que busca sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) deu início na manhã desta terça-feira, 06, à campanha “Super Doador”.
Realizada em parceria Liga Acadêmica de Semiologia e Clínica Médica da UFRR (Universidade Federal de Roraima), a iniciativa foi direcionada para a classe acadêmica e servidores que trabalham no Campus Paricarana. A ação se estenderá até a quarta-feira, dia 07.
“Estamos realizando esse evento, reativando a nossa unidade de coleta móvel. Estaremos aqui para captar pessoas tanto para a coleta quanto para doação de sangue e doadores de medula óssea”, explicou a enfermeira do setor de Captação de Doadores do Hemoraima, Liliana Bezerra.
Todo o processo de triagem de doadores está sendo realizado por meio da unidade móvel Expresso Coleta de Sangue do Hemoraima. A ideia é integrar a comunidade acadêmica no engajamento de ações que visem o bem-estar de pacientes que necessitam de sangue.
“A ideia da ação Super Doador surgiu da necessidade do abastecimento do banco de sangue, mas principalmente da consciência de que nós, enquanto acadêmicos de Medicina, temos a responsabilidade com a saúde da população”, ressaltou a presidente do Lasec/UFRR, Carol Maia.
Militar da Aeronáutica, Alexandre da Silveira já é doador de longa data graças à influência da filha. Ele tomou conhecimento da campanha pela sobrinha e não perdeu a oportunidade de marcar presença no evento.
“Já sou doador e achei bem legal ter uma unidade móvel, fiquei sabendo dessa campanha através da minha sobrinha que é acadêmica do curso de Medicina”, pontuou.
Dando continuidade às ações do Programa de Cirurgia Bariátrica, a Sesau (Secretaria de Saúde) realizou a aquisição de novos equipamentos cirúrgicos para o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), principal unidade hospitalar do Estado.
Ao todo, o valor investido na aquisição dos equipamentos é da ordem de R$3.395.695,22 oriundo de emenda parlamentar do ex-deputado federal Haroldo Cathedral. A iniciativa vai beneficiar os portadores de obesidade mórbida que se encontram na fila única do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Esses novos equipamentos visam garantir a promoção da saúde, prevenção de agravos e tratamento das pessoas com sobrepeso e obesidade. A meta é atender além da fila do SUS, que são mais de 300 pessoas”, destacou a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon.
Entre os mais de 6 mil materiais e equipamentos adquiridos estão: grampeadores, carga de endogrampeador, pinça seladora, trocater sem lâmina, sonda de faucher esofageal, agulha de veress para pneumiperitônio.
QUALIFICAÇÃO
A fim de melhor atender os pacientes que serão submetidos às cirurgias bariátricas, as equipes do centro cirúrgico do HGR (Hospital Geral de Roraima) passaram por um treinamento para o uso do novo material.
O treinamento iniciou na última quarta-feira, 24, e contou com a participação de mais de 300 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos e a equipe do CME (Central de Medicamentos e Esterilização). A atividade encerrou na tarde do dia 25.
“A qualificação das equipes é imprescindível, tanto para manter o bom funcionamento do material, do equipamento, como na celeridade durante as cirurgias”, afirmou a diretora de enfermagem do HGR, Joelma Rebouças.
O sócio diretor da Suprimed [distribuidora de produtos médicos, cirúrgicos e hospitalares], João Paulo Lino, conta que os equipamentos são os mais avançados da área e novidade no Estado.
“O intuito desse treinamento é apresentar os produtos que serão utilizados nesse projeto da bariátrica, tanto descartáveis como os permanentes, e fazer com que os colaboradores do HGR tenham conhecimento e possam fazer o melhor uso possível”, disse.
A técnica em enfermagem do CME, Claudenice da Silva Leite, trabalha na organização e limpeza. Ela destaca que o treinamento trará benefícios nas rotinas realizadas por todos os profissionais da unidade.
“Eu acredito que esse treinamento será muito importante no dia a dia das nossas atribuições no setor, como montar os materiais, o processo de esterilização também”, pontuou.
A Sesau (Secretaria de Saúde) foi uma das instituições que participaram da audiência pública “Cannabis Medicinal – Pela Garantia do Tratamento e Acesso a Medicamentos à Base de Canabidiol”, promovida nesta quinta-feira, 1º, pela ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima).
Proposta pela deputada Catarina Guerra, a iniciativa tratou de discutir os preconceitos relacionados ao tema, bem como enfatizar os benefícios de medicamentos que utilizam a substância o tratamento doenças, além da necessidade de assegurar a sua distribuição pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Esse assunto hoje é extremamente importante, uma vez que já há tratamentos que já são consolidados, principalmente doenças neurológicas, com o uso dessa substância”, afirmou o secretário-adjunto da Sesau, Edson Castro.
O uso do canabidiol para tratamento de patologias vem sendo fortemente discutido no país desde 2015, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação de produtos com a substância.
No fim do ano passado, o assunto voltou a ser debatido em âmbito nacional após o Governo de São Paulo sancionar uma lei que garante a distribuição de medicamentos à base de Cannabis na rede pública de Saúde.
De acordo com Edson, a Sesau já está com grupo de discussão para viabilizar o atendimento de pacientes do Estado, restando apenas acertar os protocolos que norteiam a questão.
“A Sesau havia se antecipado a esse assunto, já tem um grupo formado por farmacêuticos, médicos e técnicos, realizando estudos que viabilizem a aquisição de medicamentos com essa substância para uso pelo Sistema Único de Saúde. O governador Antonio Denarium está de acordo e não há nada que possa impedir o tratamento ou fornecimento desse tipo de medicação para a população”, disse.
Estudante de psicologia, Márcia Barbosa convive com as limitações causadas pela poliomielite desde os seis anos de idade. Hoje, com 54 anos, ela entende a importância da discussão não só para ela, mas também para outros pacientes que dependem do acesso a esse tipo de medicamento.
“Quando você começa a compreender como funciona o processo dessas substâncias no cérebro, isso daí já é uma derrubada de barreira surpreendente, e quanto ao SUS, essa questão de dar a oportunidade de acesso seguro e de qualidade a esse medicamento é muito importante”, declarou.
Com a finalidade de sensibilizar a sociedade em geral sobre a importância da doação de sangue, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) dará início às atividades da unidade móvel Expresso Coleta de Sangue.
A primeira atividade do novo serviço será realizada em parceria com a Liga Acadêmica da Clínica Médica e Semiologia da UFRR (Universidade Federal de Roraima), em evento programado para acontecer na próxima semana, no bloco de medicina que fica no Campus Paricarana.
“Nós estaremos na UFRR, nos dias 6 e 7, pela manhã e tarde, para realizar esse evento de coleta de sangue. É uma iniciativa em parceria com o curso de Medicina e a Liga de Semiologia, e estaremos presentes com nossa equipe para realizar 80 coletas nesses dois dias de ação”, explicou a enfermeira da captação de doadores da unidade, Liliana Bezerra.
Ela ressaltou ainda que qualquer pessoa que esteja acompanhando a ação, mesmo não sendo estudante de medicina, pode estar contribuindo com o reforço no estoque de sangue, que atualmente encontra-se em baixa devido a queda no comparecimento de doadores.
“O evento está sendo realizado em parceria com o curso de medicina, mas também está aberto a todos os outros cursos que queiram participar”, completou.
QUEM PODE DOAR?
Para ser um doador de sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto.
“Os doadores entre 16 e 17 precisam ter autorização legal de um responsável legal. Também é importante estar bem descansado, ter dormido bem, não ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior, não ter fumado nas duas horas antes que antecedem a doação de sangue”, reforçou a enfermeira.
Se encaixando nesses critérios, o doador é cadastrado e encaminhado para uma entrevista, para em seguida passar por uma triagem. Não havendo nenhum impedimento, ele é encaminhado para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
DOAÇÃO DE MEDULA
Além da questão da doação de sangue, a equipe do Hemoraima também fará a captação de voluntários para o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
Para se tornar um doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, além de não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
O interessado preenche um formulário de cadastro que será inserido no Redome, depois é feito coleta de uma amostra de sangue de 5 ml que será enviado para um laboratório de análise. Caso seu sangue seja compatível com algum paciente, o paciente será chamado para fazer a coleta de uma segunda amostra, que ocorrerá em outra cidade. Todas as despesas da viagem são custeadas pelo SUS, com direito a um acompanhante.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Início das atividades do Expresso Coleta de Sangue do Hemoraima
Datas: 06 e 07 de junho de 2023;
Horário: Das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h;
Local: Bloco de Medicina da UFRR;
Endereço: Campus Paricarana, avenida Ene Garcez, 2413, bairro Aeroporto.
O estado de Roraima apresenta um cenário de alerta para risco de epidemia de Dengue e Chikunguya. É o que aponta os resultados do mais recente Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti realizado nos 15 municípios.
Conforme o NCFAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), nove cidades roraimenses apresentaram alto risco para uma epidemia relacionada às arboviroses, que é quando atingem índice de infestação igual ou acima de 4%, sendo elas: Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Mucajaí, Rorainópolis e São João da Baliza.
“Muito embora os casos prováveis dessas arboviroses estejam dentro do limite esperado, o LIRAa realizado no período de 08 a 12 de maio apresentou um resultado de risco para a transmissão dessas doenças para um cenário de epidemia”, explicou a gerente do núcleo, Rosângela Santos.
Ainda segundo o levantamento, os municípios Amajari, Iracema, Normandia, Pacaraima, São Luiz e Uiramutã apresentaram médio risco para arboviroses, obtendo índice de infestação entre 1 a 3,9%.
Segundo Rosângela, parte dos focos encontrados no levantamento foram classificados como D2, que são os depósitos passíveis de remoção. Isso reforça ainda mais a necessidade de um cuidado maior por parte da população e do serviço de limpeza dos municípios na destinação do lixo doméstico.
“Mesmo que as equipes de endemias dos municípios estejam em visitas constantes, é fundamental a participação da população na luta contra essas doenças, já que temos um período chuvoso que facilita a proliferação do mosquito. Além disso, os gestores municipais precisam oferecer efetivamente uma coleta regular de lixo, facilitando a vida da população quando a destinação desses [itens] inservíveis”, salientou.
REFORÇANDO CUIDADOS
Paralelo a isso, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), tem realizado uma série de ações com foco no fortalecimento de estratégias contra as arboviroses nos municípios, como a oferta de capacitações para os agentes que atuam na saúde.
Nesta quarta-feira, 31, o NCFAD está promovendo uma capacitação em manejo clínico para os municípios da região Sul. A ideia é fortalecer a atenção aos pacientes que entram nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) e urgência e emergência dos hospitais roraimenses.
“Essas capacitações estarão se estendendo a todos os outros municípios, numa programação que será colocada para divulgação e que visam fortalecer as equipes tanto da assistência ao paciente, quanto as equipes do controle de vetores. Os técnicos do NCFAD estão indo in loco, avaliando as condições desses municípios, orientando as equipes de endemias municipais para as ações estratégicas de controle do Aedes, com o objetivo de diminuir a infestação desses mosquitos e evitar que as pessoas adoeçam por dengue, Zika e chikungunya", concluiu.