O Estado de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), recebeu do Ministério da Saúde, 10.400 doses da vacina contra a Covid-19, da farmacêutica americana Moderna. A expectativa é prevenir a população local contra a subvariante Ômicron XBB 1.5.
Conforme a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde, Valdirene Oliveira, as doses do imunizante entrarão na logística de distribuição de vacinas de rotina do Estado, com repasse ocorrendo de acordo com a necessidade de cada município.
“A disponibilização para os municípios será conforme solicitação das prefeituras. A indicação é de uma dose anual para pessoas de cinco anos ou mais com risco de desenvolver formas graves da doença, ou seja, população vulnerável, como idosos acima de 60 anos, gestantes e trabalhadores da saúde”, explicou.
Segundo o Painel de Monitoramento da CGVS, até o dia 20 de maio, o Estado contabilizou 189.842 casos confirmados de covid-19, além de 2.202 óbitos pela doença.
Prefeituras são responsáveis por executar campanhas de vacinação
Na ponta do sistema, os municípios são os responsáveis pela execução das campanhas junto ao público-alvo, cabendo aos gestores a adoção mais adequada de medidas que possibilitem atingir o maior número de pessoas possíveis.
A vacina continua a ser a principal arma de proteção das pessoas contra a Covid-19, estando o imunizante acessível em qualquer posto básico de saúde.
O primeiro quadrimestre deste ano ficou marcado com o nascimento de 1.775 bebês em Roraima. O dado compreende os nascimentos registrados tanto no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, como nos da Maternidade Thereza Monay Montessi, em Rorainópolis.
Em ambas as unidades, o recém-nascido já sai com a Certidão de Nascimento, RG e CPF em mãos, além dos testes de triagem neonatal (Olhinho, Pezinho e Coraçãozinho) e vacinas em dia.
“Os bebês já saem com o CPF, incluso na Certidão de Nascimento. É de extrema necessidade [a certidão] para a vida dos nossos filhos, porque se não registrar ele não é um cidadão declarado dentro do nosso país”, afirmou a responsável pela gerência de Administração e Serviço, Larissa Freitas.
A realização desse trabalho só é possível graças à união de vários setores, com destaque para a pactuação feita entre Sesau, Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social) e Secretaria de Promoção Humana, do Governo do Estado.
O autônomo Thiago Duarte, de 32 anos, é pai de primeira viagem e ao fazer os exames do pezinho e olhinho, viu que poderia registrar seu filho na própria unidade. Ele ficou impressionado com a agilidade da Maternidade no processo.
“Ele nasceu na quarta e eu vim fazer a Certidão aqui no Cartório da Maternidade na sexta, e na segunda-feira já estava pronta, é bem rápido e é uma novidade que eu não sabia. Já vem com o CPF do neném já, é menos algo que eu vou correr atrás para ele depois”, destacou o pai da criança registrada na Maternidade.
O cartório fica na parte central da Maternidade, em frente das salas dos exames do pezinho e olhinho.
“Isso facilita muito para nós pais, sair daqui [com o filho] registrado, não tem que se deslocar para o cartório mais próximo”, pontuou Thiago.
CASOS À PARTE
Larissa explica ainda que há uma diferença entre o número de nascidos e registrados. “Algumas mães não querem registrar ele como nascido em Boa Vista, preferem se registrar no município em que reside. Essa diferença é, às vezes, por falta de documentação exigida pelo cartório, e por sermos de fronteira têm alguns nomes que os estrangeiros querem colocar no RN e o cartório do Brasil não aceita”, ressaltou.
Na Maternidade, o setor atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30. E para fazer o registro é necessário a Declaração de Nascido Vivo e o RG do pai ou da mãe. Além da Certidão de Casamento, quando a mãe é casada e para indígenas a Certidão Indígena emitida pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
“O pai pode vir somente com o documento dele e da mãe e registrar, ou a mãe acima de 16 anos pode vir com o documento dela e registrar o bebê”, detalhou Larissa, ao acrescentar que as mães menores de 16 devem registrar o recém-nascido acompanhada de um responsável ou uma pessoa maior de idade.
SUL DO ESTADO
A Maternidade Thereza Monay Montessi foi inaugurada no dia 7 de maio de 2021, tendo como finalidade as pacientes que buscam serviços de saúde na rede estadual, sobretudo de Rorainópolis e municípios das regiões Centro-Sul e Sul do Estado.
A unidade conta com salas de acolhimento, pré-parto, parto, vacina, cartório, fonoaudiologia, pediatria, ginecologia e dois centros cirúrgicos.
Há ainda, sala de terapia de suporte com serviço de Assistência Social, Fonoaudiologia, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista.
“Funcionamos atendendo aos pais que desejam fazer o registro dos recém-nascidos na maternidade de Rorainópolis. Disponibilizamos uma sala ampla e com sistema apropriado para realizar o pedido do registro do recém-nascido”, afirmou a responsável pelo cartório da unidade, Ildete Evangelista.
Os documentos podem ser apresentados tanto pelo pai quanto pela mãe. A Certidão é solicitada e entregue no mesmo dia da solicitação juntamente com o CPF e o cartão do SUS do bebê.
O pedido do registro de nascimento do bebê poderá ser feito gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h.
O Banco de Leite Humano do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em parceria com o Ceterr (Centro de Educação Tecnológica e Especializada de Roraima), promoveu na manhã desta segunda-feira, dia 20, uma blitz sobre a importância da doação de leite materno.
Voltada às pacientes internadas na unidade, a ação foi realizada em alusão ao Dia Nacional da Doação de Leite Humano, celebrado anualmente em 19 de novembro.
“Nós temos essa parceria com o Ceterr, onde repassamos informações para as mães sobre a importância de doar leite materno e como fazer para doar. Temos também a parceria com o corpo de bombeiros, fundamental para o banco de leite humano coletar o leite de forma segura. O acionamento pode ser realizado via nosso WhatsApp”, informou a coordenadora do BLH, Sílvia Furlin.
A ação contou com a participação de mais de 30 alunos da instituição, divididos em turmas. Cada grupo visitou as alas da unidade para prestar esclarecimentos sobre o tema.
“Ontem tivemos o dia alusivo à data, e hoje estamos aqui para conscientizar as mães sobre a doação, uma vez que muitos recém-nascidos necessitam desse leite. Essa interação extra dos alunos é muito positiva, pois ajuda a mostrar como a unidade funciona e permite que eles repassem essas informações às pacientes, destacando a importância da doação”, explicou a enfermeira e professora do Ceterr, Ingrid Angelin.
SOBRE O BLH
Voltado para o atendimento de recém-nascidos internados na Utin (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Maternidade), o BLH possui certificado de excelência em Banco de Leite Humano, categoria ouro, do programa ibero-americano de bancos de leite humano.
Atualmente, conta com pouco mais de 60 doadoras ativas e um estoque de 19.800 litros de leite humano.
Para se tornar uma doadora de leite, a voluntária precisa ter excedente de leite, estar com boa saúde e não fazer uso de medicamentos contraindicados para a amamentação. A apresentação de exames pré-natal também é indispensável para o cadastro.
“Nossas voluntárias são doadoras externas, mães que possuem excedente de leite materno e que estão amamentando seus bebês. Elas entram em contato conosco, realizamos um pré-cadastro e verificamos uma série de exames. Se a mãe estiver saudável, ela entra para nosso quadro de doadoras ativas e recebe todas as orientações sobre como paramentar e higienizar as mamas, para que o leite chegue em segurança ao Banco de Leite”, explicou Sílvia.
Para a estudante Izabelly Pereira, a atividade é um incentivo para que as pessoas conheçam os serviços prestados pelo banco de leite e se engajem para aumentar o estoque da unidade.
“Esse não é um serviço complicado de ser acionado, uma vez que é dada toda a assistência para a doadora, que não precisa se preocupar com nada, pois a gente ajuda em tudo”, pontuou.
O BLH fica na maternidade, na avenida Brasil, ao lado da Superintendência Regional da PF (Polícia Federal), no bairro Treze de Setembro.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (95) 98414-0772.
A Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde, iniciou nesta segunda-feira, dia 20, uma programação especial voltada para o atendimento de indígenas assistidos pelos Distritos Sanitários Indígenas do Leste e Yanomami.
A ação, que deu início às atividades, consiste na oferta do serviço de saúde bucal do Consultório Odontológico Itinerante, executado pelo programa Saúde Itinerante. Os atendimentos seguem até terça-feira, dia 21, na Casa de Saúde Indígena Yanomami, localizada na zona rural de Boa Vista, sentido norte do estado.
“Não estamos trazendo apenas saúde bucal para eles, mas também ensinando a maneira correta de fazer a higienização da boca, porque muitas vezes essa higienização é feita de maneira incorreta, deixando resíduos que podem causar cáries e outras lesões”, ressaltou a gerente de Odontologia Especializada da Sesau, Hadassa Silva.
A expectativa dos organizadores é atender 160 pacientes da Casai, além de 200 indígenas que residem na comunidade três corações, no município de Amajari. A programação se deslocará para essa localidade na quarta-feira, dia 22, permanecendo até sexta-feira, dia 24.
“Toda ação voltada para a saúde bucal é muito importante, principalmente para a nossa população Yanomami, que é de recente contato. Incentivar o autocuidado, as atividades de prevenção e a participação nas consultas odontológicas são essenciais”, destacou a responsável técnica pelo programa de Saúde Bucal do DSEI-Y, Andréa Olívio Silva.
Indígena da etnia Yanomami, Américo Yaipino, de 28 anos, está na Casai acompanhando alguns familiares. Ele aproveitou a ação para levar a sobrinha ao dentista e aprovou o atendimento realizado no local.
“Eu tenho meus parentes e meus povos aqui. Se eles precisarem, estou ajudando na tradução para eles. Eles querem logo os atendimentos para tirar o dente, porque na cidade às vezes demora”, pontuou.
Confira a programação:
Horário: 9h
22/05 – Palestra com entrega de kits de escovação
Horário: 10h30
22/05 – Triagem e aplicação de flúor
Horário: 11h
22/05 – Almoço
Horário: 12h
22/05 – Atendimento clínico-odontológico no ônibus da Sesau
Horário: 14h
23/05 – Atendimento clínico-odontológico no ônibus da Sesau
Horário: Das 8h às 18h
24/05 – Atendimento clínico-odontológico no ônibus da Sesau
Em celebração à campanha Maio Laranja, a Sesau (Secretaria de Saúde) e instituições parceiras promoveram na manhã desta sexta-feira, 17, no Centro de Boa Vista, uma blitz de sensibilização sobre a importância do combate ao abuso e exploração de crianças e adolescentes.
A ação faz parte das atividades do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, do qual a pasta faz parte. O ponto de concentração das equipes que participaram da blitz foi em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.
“O objetivo é principalmente sensibilizar e alertar a sociedade roraimense acerca da gravidade desse tipo de crime, que atinge inúmeras crianças e adolescentes no país. Queremos ainda que as instituições que compõem a rede acolham essas crianças, que as escolas falem sobre o assunto com elas e denunciem os casos”, afirmou a analista da área técnica da Saúde dos Povos Indígenas da Sesau, Maria Cruz.
De acordo com dados da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, o Estado notificou 884 casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, na faixa etária de 0 a 19 anos, no período de 2022 a 2023.
Além da Sesau, a mobilização contou com a presença de servidores da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), membros da Cáritas Diocesana de Roraima e estudantes da Escola Estadual Euclides da Cunha.
A gestora da Escola Euclides da Cunha, Juliana Bressani, ficou extremamente feliz em mobilizar os estudantes para a blitz e ver a animação de todos para fazer a diferença nesta sexta-feira.
“Para nós, participar de uma ação como essa é um grande presente, porque é uma maneira que temos de ajudar toda uma comunidade. O abuso infantil tem sido cada vez mais frequente, então ações como essa despertam a consciência e dão um sinal de alerta”, ressaltou a gestora.
Estudante do 9º ano do ensino fundamental, Jonata Araújo Almeida se divertiu com seus colegas entregando panfletos e sensibilizando as pessoas de que a violência não deve ser tolerada.
“Eu estou achando bastante gratificante, até porque não é um assunto que é tratado todo dia. Existem pessoas que escondem, que têm vergonha de falar sobre isso. Vindo para as ruas manifestar e falar sobre o assunto, cria coragem para que outras pessoas relatem o que aconteceu”, destacou o aluno.