O Governo de Roraima realizou na manhã desta terça-feira, 19, a segunda reunião com o Comitê Técnico de Riscos Associados a Desastres para a definição do plano de contingência para organizar a resposta a possíveis desastres.
O encontro ocorreu no auditório da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde) da Sesau (Secretaria de Saúde) e reuniu alguns setores da secretaria, além da Defesa Civil, Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima) e Dseis (Distrito Sanitário Estadual) Leste e Yanomâmi.
Segundo o gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres da CGVS, Guaracy Cabral, o comitê visa coordenar, integrar e normatizar as ações da saúde frente a desastres.
“Os planos de contingência são documentos importantes porque eles organizam as ações antes, durante e depois do evento. Então nós temos ações antes do evento como prevenção, mitigação, preparação, monitoramento e alerta”, afirmou.
Para a representante do Dsei Leste, Zenaide Perez, destacou a importância dos setores envolvidos no comitê.
“Viemos para uma mesa de diálogo, onde cada um coloca a sua necessidade, onde planejamos as ações e cada um tendo o seu ponto limite, eu creio que é de suma importância. Só temos a ganhar e a população agradece”, pontuou.
A partir do dia 1º de dezembro, os testes de triagem neonatal oferecidos no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth serão realizados somente para bebês internados na unidade até o quinto dia de vida.
Anteriormente, os testes do pezinho, orelhinha, olhinho, linguinha e coraçãozinho recebiam pacientes de todas as unidades do Estado, entre públicas e privadas.
As alterações foram feitas para garantir a continuidade do cuidado integral na atenção à saúde neonatal, alinhando o fluxo de triagem com as diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde) e assegurando que todos os recém-nascidos tenham acesso aos exames necessários para a detecção precoce de doenças.
Segundo o diretor geral da Maternidade, Manuel Roque, a implementação dessas mudanças é fundamental para melhorar a organização dos serviços de saúde e fortalecer a rede de apoio à saúde neonatal em Roraima.
“Isso já está preconizado pela Lei nº 12.303, que toda e qualquer unidade que realize parto tem o dever de cumprir com a assistência ao recém-nascido. Além de que as unidades particulares realizando os testes nas suas dependências diminui a circulação do bebê, que não está imunizado ainda e fica susceptível a pegar qualquer tipo de infecção”, afirmou o diretor.
ATENÇÃO BÁSICA
Com a mudança no fluxo, os bebês que tiverem alta antes do terceiro dia, vindos de hospitais privados ou nascidos em casa, deverão procurar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para realizar o exame.
Diante do aumento expressivo de casos de sífilis em Roraima, a Secretaria de Saúde, por meio da CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde), tem buscado fortalecer as práticas de diagnóstico, tratamento e notificação da doença.
Para isso, o Núcleo de IST/AIDS, em parceria com o Programa Nacional de IST/AIDS, iniciou a atualização dos profissionais de saúde focada no manejo clínico e na vigilância da Sífilis Adquirida, Gestacional e Congênita.
O evento está ocorrendo no Centro de Ciências da Saúde na UFRR (Universidade Federal de Roraima), nos dias 13 e 14, sendo voltada principalmente para médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que atuam diretamente no atendimento de pacientes com sífilis e na vigilância epidemiológica.
Dados epidemiológicos recentes apontam uma taxa de detecção de 150,93 casos por 100 mil habitantes em 2023, revelando a importância de uma resposta coordenada para combater a transmissão da doença, especialmente a sífilis congênita, que apresentou um aumento alarmante de 624% no estado entre 2014 e 2023.
Segundo a gerente do Núcleo, Jaqueline Voltolini, a atualização é voltada para todas as unidades que realizam o teste rápido de sífilis em Roraima, seja instituições privadas ou públicas.
“Precisamos fortalecer os nossos profissionais com qualidade de atendimento para melhorar esse diagnóstico e tratamento e conseguir a eliminação da sífilis congênita, porque é uma doença que se transmite de mãe para filho, e a nossa preocupação é ter crianças com sífilis congênita”, afirmou.
A programação inclui palestras e sessões práticas sobre diagnóstico e tratamento, além de estudo de casos clínicos e análise de indicadores de impacto.
Para a médica Melinda Matos, da Unidade Básica de Saúde Vanderly Nascimento de Souza, no bairro Jóquei Clube, está sendo ótimo se atualizar dentro da questão do atendimento de pacientes com sífilis.
“É um assunto que não tem tantas atualizações, mas é sempre bom relembrar, porque apesar de ver no dia a dia, às vezes tem coisas que deixamos passar, um detalhe ou outro, e aqui acabamos vendo mais detalhes”, ressaltou a participante.
O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, teve ação conjunta em Roraima. Encabeçada pela Sesau (Secretaria de Saúde), a programação contou com blitz educativa nas ruas da capital e atendimentos de saúde ao longo do dia em uma faculdade privada localizada na zona oeste.
A ação “Diabetes e Bem-Estar” teve como finalidade a detecção precoce de diabetes, como também possíveis complicações causadas pela doença. “Disponibilizamos testes de glicemia [para detecção de diabetes], aferição de pressão arterial, como também orientações sobre cuidados, prevenção e tratamento da doença”, disse gerente de Saúde da Pessoa Idosa e do Homem da Sesau, Izabel Olivares, ao acrescentar que o diabetes é uma doença que chega silenciosa e vai se agravando aos poucos. “A prevenção é a melhor alternativa”.
Ao todo, 70 acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Paulista contribuíram para a ação de saúde realizando os atendimentos. A docente do curso, Christianny Filgueiras alerta para a prevenção. “Mais de 537 milhões de pessoas convivem com a doença e estima-se que até o ano de 2030, serão mais de 700 milhões de pessoas. Mas é uma doença crônica que pode ser prevenida com o controle adequado da alimentação, prática de atividades físicas, dentre outras”, disse.
A acadêmica de Enfermagem, Jaqueline Lima da Silva, participou da ação e considerou importante para a população. “É importante trabalhar na prevenção e como fazer isso: evitar açúcar, alimentos industrializados, ter uma boa alimentação, dormir bem e praticar atividades físicas”, enfatizou.
PARCERIAS
O Dia Mundial do Diabetes é uma campanha realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e IDF (International Diabetes Federation), e no Brasil pela Fenad (Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes) e Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde). Em Roraima, a ação é encabeçada pela Sesau e contou com a parceria com a Unip, Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e prefeituras municipais.
Órgãos governamentais da esfera estadual e federal se reuniram nesta terça-feira, 12, na Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) para a segunda reunião que visa definir os parâmetros de seca em Roraima. Essas diretrizes e informações são importantes para dar início às ações e à construção de um plano de contingência em diferentes níveis de resposta em um possível cenário de seca severa e estiagem instalados no Estado.
Em Roraima, a estação chuvosa é de abril a setembro. No segundo semestre de setembro começa a escassez de chuvas e a seca já começa a se instalar a partir da segunda quinzena de setembro e início de outubro, perdurando até meados de março, podendo ser alterados em ocorrências de instalação de fenômenos, como El Niño ou La Niña.
Já a redução na vazão de rios e igarapés é um indicativo de escassez de água, que pode afetar o abastecimento de água potável para consumo humano e a agricultura.
Participaram da reunião, representantes da Sesau, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Polícia Militar de Roraima, Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Secidades (Secretaria das Cidades, Desenvolvimento Urbano e Gestão de Convênios), UFRR (Universidade Federal de Roraima) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
O gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres Naturais da Sesau, Guaracy Lavor, explica que em um plano de contingência existem quatro níveis de resposta: verde, amarelo, laranja e vermelho. Nessa classificação, a cor verde é considerada o nível normal e a cor vermelha é o nível mais extremo.
“Para que esses parâmetros possam ser discutidos e definidos, a gente reuniu diversos órgãos federais e estaduais. Foram dados alguns encaminhamentos e propostas para a continuidade dos trabalhos, principalmente os trabalhos de estudo científico, que vão subsidiar essas definições por meio da Universidade Federal e da Embrapa, que são instituições com expertise no campo da pesquisa”, ressaltou.
A modernização da infraestrutura de distribuição de água, com a implantação de sistemas de saneamento mais eficazes, a conscientização sobre o uso racional da água e o fornecimento de cestas básicas para populações vulneráveis também são ações que fazem parte dos planos de contingência do governo do Estado.
A atuação de equipes de apoio técnico e voluntários tem sido essencial para garantir que as famílias que dependem da agricultura de subsistência ou da pecuária não sejam completamente afetadas pela falta de recursos hídricos.