A Policlínica Coronel Mota deu início, nesta terça-feira, dia 7, à Semana de Enfermagem. A programação é uma iniciativa do setor de enfermagem e se estenderá até sexta-feira, dia 10.
Com o tema “Cuidando do Cuidador”, a ação reforça a importância da saúde mental e do bem-estar dos servidores da unidade, por meio de palestras de atualização sobre primeiros socorros, ações de saúde e serviços de cuidado e prevenção.
“Estamos tentando garantir um bom desempenho dele no ambiente de trabalho. Se eu cuido dele, ele vem trabalhar mais disposto, mais alegre, com mais proatividade. Quer queira ou não, nós ouvimos desabafos dos pacientes, e a enfermagem acaba absolvendo muito”, ressaltou a gerente de enfermagem do Cel. Mota, Vilane Tolentino.
A técnica de enfermagem Edilamar Duarte atua no setor de Eletrocardiograma. Ela destacou a importância do cuidado especial com os servidores.
“A Semana da Enfermagem agrega muito a participação dos funcionários, temos cursos de treinamento, e isso é bem importante para todos nós. Cuidar do cuidador motiva cada vez mais a nossa profissão, que às vezes nós nos sentimos desvalorizados, às vezes não temos nem tempo de cuidar de nós mesmos”, afirmou a servidora.
Ação conta com unidades móveis de saúde
A programação da Semana da Enfermagem também inclui serviços de saúde bucal e cuidados com a mulher, por meio do Consultório Odontológico Itinerante e da Unidade Móvel de Saúde da Mulher Itinerante.
Ambas as unidades móveis estão disponíveis para os servidores na entrada do Coronel Mota, localizado na rua Coronel Pinto, no Centro de Boa Vista.
No Consultório Odontológico Itinerante, estão sendo oferecidos serviços de limpeza, raspagem, extração, restauração e aplicação de flúor; enquanto a Unidade Móvel de Saúde da Mulher Itinerante ofertará os exames de mamografia, preventivo e atendimentos ginecológicos.
Para ter acesso aos atendimentos, é necessário apresentar os documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.
Confira a programação da semana:
08/05 – Atualização em Primeiros Socorros.
Horário: 14h
09/05 – Palestra com a Comissão de Ética, COREN (Conselho Regional de Enfermagem de Roraima), NEP (Núcleo de Ensino e Pesquisa) e CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
O Pronto Atendimento Cosme e Silva, situado na zona Oeste de Boa Vista, realizou 66.623 atendimentos nos quatro primeiros meses de 2024.
A unidade, que é uma das referências do Estado no atendimento inicial de urgência e emergência médica, acolhe a demanda de grande parte da população da Capital, com média de 600 atendimentos diários. E funciona 24 horas, de segunda a domingo.
“Nossa unidade atende mais de 600 pacientes por dia, e esse número continua a aumentar. Durante o período de janeiro a abril, observamos um aumento nos casos de pneumonia, bronquites e tuberculose diagnosticados”, ressaltou a diretora geral do PACS, Moema Gonçalves.
O período seco contribuiu significativamente para o aumento do volume de atendimentos na unidade, principalmente devido às demandas relacionadas às crises respiratórias.
“Esse foi o ano mais atípico, em comparação aos outros anos. Foi um período muito seco, com aumento na quantidade de queimadas, o que ocasionou muitos casos respiratórios, tanto gripes, quanto infecções de garganta, pela secura do ambiente, falta de umidade. As pessoas com asmas, rinites, bronquites também foram prejudicadas nesse período”, destacou Moema.
SERVIÇOS
Localizado na rua Delman Veras, no bairro Pintolândia, o Pronto Atendimento Cosme e Silva oferece uma série de serviços para a população, incluindo raio-x, eletrocardiograma, sala de vacinação, sala de sutura, sala de gesso com avaliação ortopédica e sala de tratamento de pacientes com malária para um diagnóstico mais preciso.
A unidade também dispõe de sala para o tratamento de pacientes com malária, onde é realizado o exame para um diagnóstico mais preciso da doença.
Além disso, a unidade dispõe de uma sala de estabilização, onde os pacientes podem permanecer em observação por até 24 horas antes de serem transferidos para um hospital de retaguarda, e uma sala de procedimentos onde são realizadas drenagens de abscessos.
É importante esclarecer ainda que a unidade não é responsável pelo serviço de curativos, uma função exclusiva das Unidades Básicas de Saúde. Contudo, o serviço foi implantado como uma maneira de suprir a carência dos usuários do SUS que buscam suporte para o alívio de dor.
ENTENDA O FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DO COSME E SILVA
Após o atendimento na recepção, o paciente é encaminhado para a sala de triagem, onde recebe uma classificação de prioridade com base na gravidade de seu estado.
As cores verde e azul, por exemplo, são atribuídas para os casos de menor gravidade. O atendimento da demanda é realizado nas salas rápidas, locais que abrange os pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas, hemorragia controlada, asma não diagnosticada como quadro de crise, entre outros.
Já as cores amarela e laranja são dadas para os casos de urgência moderada. Recebem essa classificação o paciente que apresentar desmaio, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais e outros quadros clínicos.
Os casos mais graves ou com risco de morte são classificados pela cor vermelha. Isso significa que o paciente necessitará de atendimento imediato, como quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, dor no peito relacionada à falta de ar, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis e outros.
“Contamos com uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, médicos e odontologistas”, complementou a diretora.
Por meio de uma série de investimentos, o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) tem se firmado como um dos melhores hospitais do país no atendimento de pacientes acometidos por AVC. A prova disso é que a unidade de AVC alcançou o status Gold no Angels Awards, da Iniciativa Angels.
O Angels Award (Prêmio Angels) foi lançado para reconhecer e honrar o trabalho de profissionais e hospitais comprometidos em qualificar o atendimento ao AVC, estimulando o monitoramento de indicadores. O HGR é a única unidade de Roraima a possuir a certificação de qualificação do Projeto Angels.
Aqueles com melhores desempenhos são classificados em ouro, platina e diamante. Estes hospitais recebem certificados deste status e são reconhecidos em grandes congressos nacionais e internacionais.
O resultado conferido ao setor refere-se aos atendimentos realizados no primeiro trimestre de 2024. Ficou constatado que a unidade conseguiu nesse período trombolisar mais de 50% dos pacientes em menos de 1 hora.
Segundo a coordenadora de Enfermagem, Gorete Rocha, os pacientes que chegam até quatro horas e meia do início dos sintomas conseguem receber o tratamento chamado trombólise intravenosa, que é essencial para diminuir sequelas graves da doença.
“Nesse primeiro trimestre, dos 123 pacientes que foram internados, 8,24% foram trombolizados, a maioria sofreu AVC isquêmico. E para que ocorra a trombólise, o paciente precisa estar dentro de uma janela de tempo de 4h30 dos primeiros sintomas”, explicou a enfermeira.
O estudante Paulo Sérgio Pinho, de 19 anos, estava treinando futebol com seus colegas quando sentiu uma forte dor no peito seguida de uma dormência do lado esquerdo do corpo. No mesmo momento ele foi levado para o HGR, ato que auxiliou para que o paciente recebesse a trombólise dentro do tempo estipulado.
“O atendimento [na unidade] é bom, se não fosse assim acho que eu estaria pior. Todo mundo fala que aqui é a melhor parte do HGR”, ressaltou o paciente.
Para que esse feito fosse possível, a equipe do setor foi treinada para ser ágil no atendimento aos pacientes que dão entrada na unidade dentro do tempo, além de monitorar a qualidade desse atendimento.
“Ganhamos o prêmio de Gold Status pela melhoria e excelência dos nossos dados, e estamos aí para cada trimestre ser melhor, ter mais excelência nos dados e continuar sem perder a qualidade”, afirmou a neurologista Lívia Martins.
Com a confirmação de um caso importado de febre amarela vindo da Guiana e o registro de morte de macacos em Roraima, a Secretaria de Saúde, por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, emitiu ofício circular na sexta-feira, 3, para os 15 municípios do Estado orientando para a intensificação das ações de vacinação contra a doença. Os imunizantes estão disponíveis nos postos de saúde.
A orientação é que a estratégia de imunização inicie nesta segunda-feira, 6, e segue até o dia 15 de maio, executada pelas prefeituras por meio das secretarias municipais de saúde com o objetivo de prevenir a disseminação da doença no Estado.
As doses da vacina contra a febre amarela devem ser aplicadas em crianças de nove meses a menores de cinco anos, com dose de reforço aos quatro anos, e também na população de cinco a 59 anos de idade, em dose única.
Segundo a secretária de Saúde, Cecilia Lorenzon, a necessidade de intensificação da vacinação surgiu após a notificação de um caso grave de febre amarela em um paciente proveniente da Guiana, que foi internado no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) e tratado pela equipe médica da unidade.
Além disso, a morte de macacos na região de Alto Alegre aumentou a preocupação com a circulação do vírus em Roraima.
“Estamos alertando os municípios a intensificarem vacinação contra febre amarela pois a vacinação é a medida mais eficaz contra a doença, que é potencialmente letal, mas completamente evitável por meio da imunização”, explicou a secretária de Saúde, ao pontuar que é fundamental que todos os não vacinados procurem um posto de saúde durante o período da estratégia vacinal, a partir desta segunda-feira, 6, até 15 de maio.
ONDE SE VACINAR?
A vacinação será disponibilizada gratuitamente em todas as unidades básicas e postos de saúde do Sistema Único de Saúde. É importante que pais de crianças menores cinco anos procurem um posto de saúde para a aplicação do imunizante.
Além das áreas urbanas, a campanha também abrangerá os Dseis (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) Leste e Yanomami, sob coordenação da Secretaria Especial de Saúde Indígena, com a finalidade de proteger as comunidades mais vulneráveis e remotas.
Cecilia Lorenzon reitera a importância de todas as pessoas dentro da faixa etária recomendada receberem a vacina, especialmente aqueles que nunca foram vacinados.
“O vírus da febre amarela é transmitido principalmente por mosquitos e pode resultar em casos graves e óbito. Com essa iniciativa, a Sesau espera não apenas proteger a população, mas também prevenir a propagação da febre amarela no estado e em regiões vizinhas”, enfatizou.
ENTENDA O QUE LEVOU AO ALERTA
A Secretaria de Saúde notificou um caso de Febre Amarela Silvestre em 2024. Foi um paciente do sexo masculino de 17 anos, residente da Guiana, infectado em uma região próxima de Lethem, cidade que faz fronteira com Brasil (Bonfim).
De acordo com a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde de Roraima, o paciente apresentou os primeiros sintomas da doença ainda na Guiana, onde buscou atendimento médico em um hospital de Lethem. Devido à gravidade do caso, o jovem foi transferido para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, em Boa Vista. Ele ficou internado por 19 dias, evoluindo bem, e recebeu alta médica por cura no dia 21 de março de 2024.
O último caso de paciente infectado por febre amarela em Roraima foi notificado em agosto de 2023, em um homem de 37 anos, que acabou evoluindo para óbito.
Atualmente, segundo o Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, não há registro de óbitos de pacientes por febre amarela em Roraima. No entanto, há o registro de três casos de epizootias (morte em primatas não humanos) sob investigação, com material biológico em análise no Instituto Evandro Chagas do Pará.
“Autoridades estaduais estão intensificando as ações de vigilância e monitorando constantemente os casos de epidemias. Estamos orientando os municípios sobre a importância da intensificação da vacinação contra a febre amarela, emitindo informativos para a população e capacitando profissionais dos quinze municípios do estado. Realizamos ainda, do dia 24 a 26 de abril de 2024 uma oficina Integrada de Vigilância para a febre amarela com o Ministério da Saúde e a participação dos quinze municípios, enfocando a vigilância da febre amarela, incluindo a vigilância Epidemiológica e Entomológica", ressaltou a coordenadora geral da CGVS, Valdirene Oliveira.
A CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde) deu início nesta quinta-feira, 2, à capacitação em Manejo Clínico de Arboviroses urbanas e silvestres para os profissionais médicos e enfermeiros da rede primária e rede especializada de Roraima.
O treinamento segue até sexta-feira, 3, no auditório da Uerr (Universidade Estadual de Roraima). O objetivo é preparar os profissionais para oferecer à população um atendimento seguro, o que reduzirá o risco de óbitos por dengue, chikungunya e zika.
"A importância dessa preparação para um possível cenário de aumento de casos das arboviroses é muito importante, o principal objetivo é que todos os profissionais estejam preparados para receber esse usuário", afirmou a coordenadora da CGVS, Valdirene Oliveira.
A capacitação aborda a organização do fluxo de atendimento do paciente suspeito de arboviroses dentro do posto de saúde, que vai desde a notificação, investigação, classificação de risco e a realização da prova do laço como medida fundamental para identificação de sinais de gravidade.
Além disso, ainda apresentará as estratégias de coleta de exames para o diagnóstico e para uma vigilância de alta qualidade, acompanhamento dos casos durante a visita domiciliar para identificação precoce do agravamento do caso e, da importância da vacinação contra a dengue na população de 10 a 14 anos.
Segundo a gerente do Núcleo de Controle de Febre Amarela, Dengue e outras Arboviroses, Rosângela Santos, a atualização é uma prevenção para o período de aumento de casos.
"Nós sabemos que o cenário epidemiológico do Brasil hoje é preocupante com relação a dengue, e Roraima está dentro desse cenário. Os nossos aumentos de casos acontecem de julho a setembro, então esse momento é de preparação casos graves e óbitos", ressaltou.
Para a enfermeira Cristina Bento, de 41 anos, preparar os profissionais poderá melhorar o fluxo dos pacientes e o correto manejo deles.
"A importância em atualizar os profissionais vem para que eles percebam que nós estamos num período sazonal. E temos que olhar com critério maior os sintomas que estão relacionados às arboviroses para poder intervir e cuidar do paciente o mais rápido possível", pontuou.
Posteriormente esta capacitação ocorrerá presencialmente nos 14 municípios do interior. A equipe da CGVS se deslocará para as sedes dos municípios para alcançar o maior número de profissionais.