Neste domingo, dia 26, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, data que tem a finalidade de chamar a atenção da sociedade sobre a importância da identificação dos sinais e prevenção da doença.
Conforme a médica oftalmologista e atual representante da Sociedade Brasileira de Glaucoma em Roraima, Louise Gonçalves, a doença é atualmente no mundo a maior causadora de cegueira irreversível, e que por esse motivo é importante realizar o acompanhamento com um especialista.
“Aqui em Roraima, nós vemos uma prevalência do glaucoma semelhante às outras regiões do Brasil. No entanto, ainda nos deparamos com casos de diagnóstico tardio, com acometimento já muito avançado. O dia 26 de maio serve para nos lembrar da importância da realização do exame oftalmológico anual, principalmente nos pacientes que têm algum fator de risco”, destacou.
Em 2023, segundo dados da Sesau (Secretaria de Saúde), foram realizadas 12.055 consultas oftalmológicas na Policlínica Coronel Mota, enquanto 4.105 atendimentos foram contabilizados nos quatro primeiros meses de 2024.
“O glaucoma não tem cura, mas o tratamento é capaz de estabilizar a doença, evitando a perda visual e a cegueira, dando uma qualidade de vida ao paciente. Apenas o médico oftalmologista é habilitado para tratar diversas doenças do olho, incluindo o glaucoma”, ressaltou Louise.
A especialista destacou ainda que algumas pessoas têm propensão de adquirir a doença e que, diante disso, é necessário ficar atento a alguns fatores de risco.
“Pessoas que têm algum parente de primeiro grau portador de glaucoma, pessoas com mais de 40 anos, usuários crônicos de corticoide e afrodescendentes têm mais chance de desenvolver a doença”, pontuou.
É importante reforçar também que o glaucoma não apresenta sintomas prévios, e que ao notar os primeiros problemas, o paciente deve procurar um profissional de imediato, reduzindo os riscos de um diagnóstico tardio e garantindo um tratamento exitoso.
“O tratamento do glaucoma inclui laser, colírios ou cirurgia, isso vai depender do estágio da doença. Então, quanto mais cedo o glaucoma é diagnosticado mais fácil e melhor é o tratamento e o prognóstico desse paciente”, complementou.
Secretarias e autarquias que compõem o Governo de Roraima estarão neste sábado, dia 25, levando uma série de serviços para a Vila do Equador, em Rorainópolis, no sul do estado, por meio do programa Governo Presente.
A Sesau (Secretaria de Saúde) também confirmou presença, oferecendo atendimentos de saúde. A ação está prevista para iniciar às 9 horas, na Escola Estadual 1º de Maio.
De acordo com o diretor do Departamento de Política de Saúde Itinerante, Genival Ferreira, serão disponibilizadas consultas oftalmológicas, avaliações ortopédicas e atendimentos com Clínico Geral, além dos serviços da Unidade Móvel da Mulher Itinerante e do Consultório Odontológico Itinerante.
“Nossa unidade odontológica realizará limpeza, aplicação de flúor, restauração e extração, enquanto a unidade da mulher ofertará consulta ginecológica, mamografia e ultrassom pélvica, mamária e transvaginal”, completou Ferreira.
Na semana passada, o programa atendeu a população dos municípios de Caroebe, São João da Baliza e São Luiz.
Para ter acesso aos atendimentos disponibilizados pela Sesau, o interessado deve apresentar o RG, Cartão do SUS e um comprovante de residência.
“Sejam todos convidados para aproveitar nossa ação. É sempre uma honra levar saúde até você”, concluiu Ferreira.
A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da Ouvidoria Geral do Sistema Único de Saúde em Roraima, deu início neste mês ao processo de implantação de Ouvidorias em unidades de saúde situadas na região Sul do Estado.
As Ouvidorias são instâncias que têm como foco a aproximação do paciente e a gestão dos estabelecimentos de saúde, fortalecendo assim o acesso ao atendimento de qualidade.
Na semana passada, a Ouvidoria Geral do SUS-RR e a Coordenadoria da Comissão Permanente de Sindicância e Processos Administrativos da Sesau visitou a Unidade Mista de São João da Baliza e a Unidade Básica de Saúde do município de São Luiz para verificar o funcionamento das Ouvidorias de ambos os locais.
“A expansão da Ouvidoria em Roraima não se trata apenas só de um canal de atendimento, mas é uma estratégia de gestão que visa fortalecer a participação social e a construção de uma saúde melhor para o nosso estado”, afirmou a assessora Geral da Ouvidoria Geral do SUS-RR, Larissa Wandemberg.
No ano passado, o órgão recebeu 1.887 solicitações oriundas de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) acerca da prestação de serviços de saúde executados nas unidades da Rede Estadual.
É importante destacar ainda que as principais referências do Estado já contam com ouvidorias, sendo elas: Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, Policlínica Coronel Mota, Pronto Atendimento Cosme e Silva e Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco.
HABILITAÇÃO
Paralelo a implantação da ouvidoria no Sul do Estado, a Comissão Permanente de Sindicância e Processos Administrativos da Sesau realizou uma palestra para servidores do o Hospital Regional Sul Governador Ottomar De Souza Pinto, que fica em Rorainópolis.
Na ação, foram ministradas palestras sobre a instrução de processos sobre o abandono de cargo, acúmulo de cargo e de como fazer a correta denúncia em relação ao assédio moral.
“São importantes tópicos, visto a necessidade de capacitação dos servidores da saúde quanto a sistemas atuais, melhorando assim a qualidade da denúncia recebida pela Ouvidoria e consequentemente a apuração”, afirmou o coordenador da Comissão Permanente de Sindicância e Processos Administrativos da Sesau, Adriano Coelho.
SOBRE A OUVIDORIA
A Ouvidoria é um meio efetivo de participação cidadã, contribuindo para uma construção de um SUS mais eficiente e transparente.
Há diversas maneiras de conseguir entrar em contato com a Ouvidoria Geral do SUS de Roraima, de forma online através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e site https://falabr.cgu.gov.br, relatando sua situação. E também pelo Disk Saúde, pelo número 136.
Ou ainda de forma presencial na unidade de saúde ou no prédio da Ouvidoria Geral, que fica localizada na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1364, no Bairro dos Estados. Mais informações e outras dúvidas podem ser sanadas por meio do WhatsApp (95) 98410-6188.
Em alusão ao Dia Internacional da Luta Antimanicomial, o CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial Edna Macellaro Marques de Souza) realizou na tarde desta quinta-feira, dia 23, uma programação especial que envolveu servidores e pacientes da unidade.
Além de palestras, a ação contou com uma exposição de trabalhos artesanais feitos pelos próprios usuários durante as aulas de terapia ocupacional.
“A ação é justamente para falar sobre a importância de tratar as pessoas em liberdade, garantindo espaço de voz, de escuta, direito a um espaço, a ter o tratamento da sua saúde mental de uma forma respeitosa, acolhedora, cuidadosa”, afirmou o terapeuta ocupacional, Luiz Pascoal.
SOBRE A DATA
Celebrado anualmente no dia 18 de maio, a data é resultado do Movimento de Reforma Psiquiátrica que ocorreu no final da década de 70. Tal movimento resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, que estabeleceu o fechamento de hospitais psiquiátricos, possibilitando a abertura de novos serviços comunitários com participação social.
“Essa reforma psiquiátrica foi justamente para tirar as pessoas em tratamento de saúde mental, que viviam em situações de enclausuramento e aprisionadas naquela época. E hoje, com a reforma psiquiátrica, conseguimos trazer os pacientes e as pessoas para serem tratadas em espaço aberto”, explicou o servidor.
Roberto de Souza, de 43 anos, é paciente do CAPS III desde 2003. Para ele, a terapia ocupacional e o apoio dos profissionais o ajudaram a restabelecer sua saúde mental em sua totalidade.
“Falta 1% para melhorar, porque sempre tem uma recaída. O atendimento é ótimo demais, junto com os professores super bons, os funcionários super atenciosos. Eu só sei que eu tenho 99% de tratamento perfeito aqui no CAPS, eu só tenho a agradecer”, ressaltou o paciente.
Além do tratamento com medicamentos, a unidade realiza atendimentos com psicopedagogos, assistentes sociais e equipe de enfermagem, ampliando o suporte ao paciente de forma eficaz.
“Nós também trabalhamos com oficinas terapêuticas, pedagoga, artesã que faz trabalhos manuais com os pacientes, tem o terapeuta ocupacional e tem a profissional de educação física, pois a atividade física é muito importante para a pessoa com problemas de saúde mental”, pontuou Pascoal.
COMO FUNCIONA A REDE?
A porta de acesso ao atendimento psiquiátrico em Roraima se dá de duas formas, sendo a primeira delas por meio dos postos de saúde. Dependendo da situação, o paciente pode ser encaminhado para os demais pontos da rede de atenção psicossocial.
A atenção básica, por exemplo, é responsável por realizar os atendimentos dos pacientes que apresentam grau de adoecimento mental leve, cujo tratamento é feito por meio de acompanhamento psicológico.
Já a Rede Estadual de Saúde realiza o atendimento dos casos moderados, que têm como referência o ambulatório do Coronel Mota; e dos casos graves, cuja referência é o CAPS III.
Em casos de surtos psicóticos, tentativas de suicídio, crise por abstinência, é recomendado que o paciente seja encaminhado para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, que é a única no Estado que possui escala de 24h, com atendimento psiquiátrico.
É importante lembrar ainda os atendimentos dos CAPS de cada município; o CAPS II, unidade voltado para o atendimento infantil em Boa Vista; e o CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), que realiza o atendimento de pessoas com vício em álcool e drogas.
Dando continuidade às ações de saúde bucal para os indígenas do Estado, a Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde estiveram nesta quarta-feira, 22, na comunidade Três Corações, no município de Amajari, realizando atendimentos odontológicos.
A programação de hoje iniciou com palestras, entrega de kits, escovação e triagem para os alunos da Escola Estadual Indígena Santa Luzia. Os atendimentos odontológicos serão estendidos para a comunidade em geral nesta quinta-feira, dia 23.
Segundo a gerente de Odontologia Especializada da Sesau, Hadassa Silva, cerca de 500 alunos da escola participarão da dinâmica.
“Estamos levando diretamente à comunidade esses atendimentos odontológicos, falando sobre escovação para as pessoas que estão tendo esse contato pela primeira vez. Decidimos, dessa vez, vir in loco porque percebemos que a dificuldade de eles irem até nós era grande”, informou.
A comunidade possui 408 famílias, que juntas contabilizam cerca de 1.600 pessoas, entre adultos, crianças e idosos.
“A importância da saúde bucal dentro das nossas escolas, eu sei que não é igual em todas as escolas, mas é muito bem-vindo esse equipamento aqui com as nossas crianças. Até mesmo crianças que não têm o hábito de ir ao dentista, por não terem condições de pagar um dentista particular, então sempre é bem-vindo”, destacou a tuxaua da comunidade, Janaina Peixoto.
Representando o MS, a assessora técnica da saúde bucal, Joana Danielle Brandão Carneiro, disse que as ações fazem parte da Lei nº 14.572 de 2023, que decretou a saúde bucal como um serviço do Sistema Único de Saúde.
“É uma parceria que vai proporcionar o atendimento odontológico para aquelas pessoas que tiverem necessidades e que a promoção da saúde bucal não consiga contemplar. Por exemplo, a escovação dental supervisionada e a aplicação de flúor. Se elas não forem suficientes para suprir a demanda daquele determinado usuário, ele será contemplado com o atendimento no ônibus que ficará disponível em frente à escola”, ressaltou.
A pequena Melissa Soares, de 9 anos, disse que já cuidava muito bem dos seus dentes, mas agora, com a palestra, ela vai cuidar ainda mais para evitar cáries.
“Se não cuidar, fica com cárie, bicho e os dentes ficam furados. Da palestra, a parte mais interessante foi quando ela ensinou a limpar os dentes”, acrescentou.
OS SERVIÇOS
Durante o atendimento do ônibus odontológico itinerante, os dentistas realizam diversos procedimentos. Os mais comuns são a limpeza, raspagem e restauração dentária dos estudantes, além de procedimentos leves e moderados, como manutenção corretiva e preventiva.
Os casos mais complexos foram direcionados para tratamentos específicos.
“Além de ofertar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para os Yanomami, a programação também contempla a população indígena do DSEI Leste”, pontuou a assessora técnica da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Joana Brandão.