A Sesau (Secretaria de Saúde) realizou, na tarde desta quarta-feira, 31, no auditório do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, o encerramento das atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho.
Por meio da articulação com a Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), a programação contou com uma série de ações, desde rodas de conversa e seminários que abordaram o orgulho da negritude e latinidade, até palestras sobre a importância da prestação de serviços de saúde com equidade e igualdade, independentemente da cor, gênero ou etnia.
“Essa é a segunda fase de uma capacitação voltada para os servidores do HGR sobre equidade e igualdade no SUS. É importante a humanização do serviço, os profissionais precisam entender o que são as políticas públicas, pois muitas vezes temos a formação, mas não temos o conhecimento do porquê aquele paciente está recorrendo ao serviço”, destacou a gerente do Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Pessoa Negra da Sesau, Silvana Amorim.
A primeira parte da capacitação sobre equidade e igualdade no serviço de saúde foi realizada no dia 23 de julho, no turno matutino, trazendo aos participantes conhecimentos sobre os fenômenos sociais que ocorreram no mundo e como os profissionais podem melhorar a assistência ao paciente, levando em consideração as suas particularidades.
As atividades contaram ainda com a participação de acadêmicos convidados dos cursos voltados para as áreas de saúde, ciências sociais e serviço social da Universidade Federal de Roraima.
“Na saúde indígena, por exemplo, não é que o profissional de saúde queira maltratar o paciente, mas há um desconhecimento da política, da cultura, da língua [desse paciente], e como fazer um atendimento humanizado nessa situação? É por isso que a capacitação vem com esse propósito e elas serão permanentes. Hoje é aqui no HGR, mas vamos dar continuidade a essa mesma ação nas outras unidades da capital, e depois para o interior do Estado”, frisou.
Para a enfermeira da UTI do HGR, Clair Poerschke, a atividade será de grande ajuda na prestação de atendimentos ao paciente, tanto para ela quanto para cada profissional que doou seu tempo para aprender.
“Esses encontros são bastante válidos e seria melhor ainda ter mais dessas atividades, pois enriquece muito o nosso conhecimento, e o tempo que estou aqui, acompanhando essa atividade, será de grande aprendizado”.
Em funcionamento desde abril deste ano, a AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos), iniciativa do Conselho Nacional de Justiça e Sistema Nacional de Transplantes, é uma ferramenta que facilita a manifestação de doadores voluntários de órgãos, de maneira legal e segura.
A novidade começou a ser implantada de forma gradativa em todos os Estados, incluindo Roraima, que já começa a focar esforços em explicar como os interessados poderão formalizar o pedido.
“A autorização [eletrônica para doadores] já está disponível em todo o Brasil, e em Roraima não é diferente. Podemos acessar [a ferramenta] através do aplicativo e-notariado ou pelo site www.aedo.org.br, onde haverá a opção para preenchimento do passo a passo, de uma forma bem simples”, destacou a enfermeira da CET-RR (Central Estadual de Transplantes de Roraima), Márcia Alencar.
Criada por meio do Provimento nº 164, de 27 de março de 2024, a AEDO foi desenvolvida pelo CNB/CF (Colégio Notarial do Brasil/Conselho Federal), entidade que reúne os cartórios de notas de todo o país.
ENTENDA O PASSO A PASSO
O primeiro passo ao solicitar a AEDO é criar uma Assinatura Digital, permitindo assim o preenchimento da autorização. Até o momento, as assinaturas são feitas presencialmente, de forma gratuita, nos cartórios.
Entre os requisitos solicitados está a obrigatoriedade do doador voluntário ser maior de 18 anos e não possuir nenhum tipo de contraindicação médica.
Após isso, o interessado deve aguardar a avaliação do cartório, para em seguida realizar o agendamento de uma videoconferência.
“O site solicita que o voluntário escolha qual cartório direcionar o pedido, que vai entrar em contato para fazer uma videoconferência, onde vão confirmar a realização da solicitação. É a partir da assinatura digital preenchida que o interessado terá acesso à declaração que atesta que essa pessoa é uma doadora de órgãos”, explicou Márcia.
É na declaração que irão constar as informações sobre quais órgãos o voluntário deseja doar. O interessado também poderá realizar alterações no cadastro ou desistir da doação dentro da plataforma, no momento que achar oportuno.
“Apenas o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Nacional de Transplantes, tem o acesso ao cadastro, e o hospital só tem esse acesso após diagnosticada a morte encefálica [do voluntário, caso isso ocorra]”, destacou a enfermeira da CET-RR.
É importante que o voluntário demonstre o desejo de ser um doador de órgãos para a família após a conclusão do cadastro na AEDO.
SOBRE A CET-RR
Em funcionamento desde 2015, a CET-RR (Central Estadual de Transplantes de Roraima) está conectada às demais centrais de todo o país.
Como o Estado não realiza as cirurgias de transplantes, a unidade funciona como unidade de captação de possíveis doadores, a partir da autorização dos familiares.
Com o consentimento da família, uma equipe cirúrgica de outro Estado vai a Roraima para fazer a captação no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). Os órgãos são ofertados na Central Nacional, para que um receptor em qualquer estado brasileiro seja beneficiado.
Roraima realizou sete captações de órgãos
O estado de Roraima realizou, até o momento, sete procedimentos de captação de órgãos, sendo o último ocorrido em novembro de 2023, com um paciente do HGR.
“Desde 2018 nós conseguimos fazer as captações, no total já são sete. Pode parecer pouco, mas para nós é uma grande vitória. Encaminhamos para o Acre, para Brasília, para São Paulo, para a Bahia”, disse Márcia.
De 2010 a 2023, cerca de 457 pacientes de Roraima conseguiram passar pelo processo de transplante. Entre as especialidades estão cardiologia, nefrologia, oftalmologia e gastroenterologia.
O Poder Judiciário de Roraima, por meio do Comitê Estadual Interinstitucional de Monitoramento da Política Antimanicomial, realizou nesta segunda-feira, dia 29, um encontro para reforçar o compromisso das instituições no fortalecimento da política antimanicomial em Roraima.
Como parte integrante do grupo, a Sesau (Secretaria de Saúde) esteve presente no encontro. A diretora do Departamento de Políticas de Saúde Mental da pasta, Sofia Salomão, destacou a importância da discussão.
“A construção de uma sociedade justa, livre e solidária, conforme expressa nossa Constituição Federal, exige que compreendamos a garantia de direitos. A Resolução 487/2023, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), vem com a proposta de garantir a proteção e o direito das pessoas com transtornos mentais em conflitos com a lei e em privação de liberdade”, informou.
Além dela, o encontro contou com as presenças do diretor clínico do HGR (Hospital Geral de Roraima), Rubens de Souza Bento; e do gerente da Unidade de Saúde da PAMC (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), Jorge Luiz de Oliveira.
“Dentro dessa política [da resolução do CNJ], o Departamento de Políticas de Saúde Mental tem como papel garantir o cuidado e a liberdade [desses pacientes], por meio de articulações com os pontos de atenção da RAPS, que é a Rede de Apoio Psicossocial, contribuindo como componente do Grupo Estadual para a implantação da política antimanicomial referente ao Poder Judiciário, dentro do estado de Roraima”, pontuou Sofia.
A Sesau (Secretaria de Saúde) recebeu nesta terça-feira, dia 30, a doação de 10 mil fraldas descartáveis da Prematuridade.com, uma organização sem fins lucrativos que dedica ações para a prevenção do parto prematuro e garantia dos direitos de recém-nascidos e familiares.
A CGAF (Central de Abastecimento Farmacêutico do Estado), no bairro Santa Tereza, recebeu a doação, que será direcionada para atender as demandas do HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth).
Cada pacote contém 27 fraldas, quantidade que auxiliará os recém-nascidos, principalmente aqueles que se encontram internados na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) da Maternidade, devido ao tamanho específico de uso.
“A ONG entrou em contato conosco para falar que iria fazer uma doação de 10 mil pacotes de fraldas para prematuros. Essa quantidade vai beneficiar muito [os recém-nascidos], porque esse tipo de fralda é voltado para prematuros, atendendo os bebezinhos de até 2,7 kg”, destacou a enfermeira da UTIN da Maternidade, Cleide Albes.
Por conta da quantidade de fraldas doadas, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica ficará responsável por acondicionar os pacotes e realizar a distribuição do material quando for solicitado pela Maternidade.
“Como a quantidade que chegou é volumosa e a unidade hospitalar não dispunha de espaço físico para armazenar tamanha quantidade, a coordenadoria se voluntariou para armazenar e distribuir esse volume”, afirmou o coordenador da CGAF, Charles Gonçalves.
Mãe de criança prematura e representante da ONG em Roraima, Jannyne Matos, afirmou entender a realidade situacional de mulheres que não possuem condições financeiras para comprar as fraldas de tamanho específico.
“São fraldas de um tamanho específico para atender a demanda que há na UTIN. Muitos pais não têm condições financeiras de comprar uma fralda pequena ajustável, então acabam comprando uma fralda maior, dificultando a manipulação do bebê, e isso influencia até no peso”, pontuou Jannyne.
O mês de agosto é marcado pela necessidade de sensibilizar as mães e a sociedade em geral sobre a importância da amamentação, e em Roraima, a programação da campanha Agosto Dourado, como é denominada essa ação, contará com uma extensa programação no HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth) e no Centro de Referência de Saúde da Mulher.
As atividades alusivas ao tema iniciam no dia 1° de agosto, com uma exposição fotográfica com o tema: “Reduzindo a Lacuna: Apoio à Amamentação para Todas”, na área comum dos testes de triagem, a partir das 08h30.
Ainda no dia 1º, haverá o minicurso de Manejo Clínico em Aleitamento Materno, no Centro de Referência de Saúde da Mulher. Além disso, haverá blitz educativa e palestras para ressaltar a relevância do assunto nos dias 06, 07, 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de agosto, nas alas Girassol e Rosas, na Maternidade.
“Durante o mês de agosto, serão realizadas várias ações, de palestras a blitze da amamentação, sensibilizando as nossas mães quanto a importância de amamentar seus bebês, e também os benefícios para elas e aos recém-nascidos”, destacou a coordenadora do Banco de Leite Humano do HMI, Sílvia Furlin.
ENTENDA O AGOSTO DOURADO
Instituída no Brasil por meio da Lei Federal 13.345/2017, o Agosto Dourado busca incentivar a doação de leite materno, alimento considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como o padrão-ouro para a saúde de recém-nascidos.
De acordo com Sílvia, a cor dourada foi escolhida para a campanha por representar a qualidade única do leite produzido pelas mães na gestação.
“O Agosto Dourado visa aumentar a conscientização e incentivar o aleitamento materno exclusivo até seis meses de vida do bebê e a sua continuidade até dois anos ou mais. A OMS considera o leite materno um alimento de ouro, ou seja, o padrão ouro, por isso a cor dourada está relacionada ao leite materno”, informou Sílvia.
SEJA UMA DOADORA
Voltado para o atendimento de recém-nascidos internados na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Maternidade), o BLH é uma unidade que possui certificado de excelência em Banco de Leite Humano, Categoria Ouro, do Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano.
Para as mãe interessada em doar, além de estar com boa saúde, é importante que tenha uma produção de leite maior do que a necessidade do próprio filho, e não fazer uso de medicamentos contraindicados para a amamentação.
“Toda mãe que tiver excedente de leite materno, pode estar entrando em contato com o Banco de Leite. Nós temos uma parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, por meio do projeto Bombeiros Amigos do Peito, onde eles [bombeiros] vão até à residência dessa mãe levar os frascos ideais e fazer a coleta desse leite, levando em segurança para que esses bebês sejam alimentados”, explicou a coordenadora.
Para ser uma doadora, a interessada não precisa sair de casa. Basta entrar em contato pelo número (95) 981171995 ou pelo linkhttps://bit.ly/37K9xon.
A apresentação de exames pré-natal é indispensável para a realização do cadastro. Mais informações por meio do telefone (95) 98414-0772.