A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da Gerência do Núcleo de Vigilância de Desastres da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), realizou na manhã desta sexta-feira, 4, a primeira reunião do Comitê de Riscos Associados a Desastres de Roraima.
Instituído por meio da Portaria nº 2727, o grupo tem como finalidade discutir o enfrentamento das normalidades relacionadas a desastres naturais e antropogênicos, no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).
“A necessidade da instituição desse comitê é para os trabalhos coordenados, dentro das várias coordenadorias da Sesau e dos outros técnicos que também fazem parte do sistema organizacional da pasta”, afirmou o gerente do NVD (Núcleo de Vigilância de Desastres), Guaracy Cabral.
Além da Sesau, as reuniões do Comitê contam ainda com a participação da Defesa Civil Estadual, Femarh (Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima).
A participação dessas entidades, segundo Cabral, é essencial, uma vez que além de auxiliar no monitoramento climatológico dos municípios, ajudam na execução de ações, tanto de prevenção quanto de resposta a possíveis desastres nesses territórios.
“Com a constituição desse Comitê, nós vamos nortear essas ações de forma integrada dentro da Secretaria de Saúde com os demais órgãos do Estado, para que haja uma eficiente resposta para a população, ante aos desastres que forem ocasionados”, completou.
Além da questão da seca, a preocupação do Comitê também tem como preocupação os incêndios florestais. A intenção é evitar que Roraima passe pelos mesmos danos ambientais que têm afetado outros estados do Brasil.
“No momento, nós temos o nosso olhar para o período de seca e estiagem que, apesar das chuvas, ele ainda é latente dentro do Estado, e também dos incêndios florestais. Nós verificamos no restante do país um aumento significativo e histórico de incêndios e o setor de saúde também precisa se preparar para responder a esse evento dentro do Estado”, salientou.
Segundo ele, essa primeira reunião foi para apresentar a Portaria que instituiu o Comitê e, posteriormente, serão marcadas reuniões para a deliberação de construção do Plano de Contingência Estadual. “E esse Comitê não é só para lidar com essa questão de seca e estiagem, mas também para os outros eventos que podem acontecer em Roraima relacionados a esses desastres naturais antropogênicos”, complementou o gerente do NVD.
Durante a reunião, foram acertados os seguintes pontos:
1) Realização de oficina para construção do Plano de Contingência Estadual da Saúde ante aos Desastres de Seca, Estiagem e Incêndios Florestais;
2) Criação de grupo de trabalho para confecção e publicação de portaria para a questão de distribuição de água dentro do âmbito do Estado, tanto de uso de carros-pipa, quanto para a distribuição de água potável por meio de abertura de poços.
“Esse comitê não é só para lidar com essa questão de seca e estiagem, mas também para os outros eventos que podem acontecer em Roraima relacionados a esses desastres naturais antropogênicos”, concluiu o gerente do NVD.
A Ouvidoria Geral do SUS em Roraima implantou uma unidade no Centro de Referência em Saúde da Mulher Maria Luiza Perin Castro, situada no bairro Aparecida.
A iniciativa visa fortalecer e ampliar a atuação da rede de Ouvidorias de saúde em Roraima, ajudando na resolução de problemas complexos que as unidades espalhadas pelos municípios não conseguem resolver sozinhos, tendo amplo suporte da Sesau (Secretaria de Saúde).
“Estamos comprometidos em garantir que nenhum cidadão ou paciente fique desassistido. Estamos ampliando a nossa atuação em todo o Estado para apoiar quem precisa de orientações e esclarecimentos sobre o nosso sistema de saúde”, afirmou a assessora Geral da OGSUS-RR, Larissa Wandemberg.
A Ouvidoria do CRSM está funcionando, e toda a unidade participará de palestras de sensibilização, atendimento humanizado ao paciente e sobre o que é uma Ouvidoria.
A OUVIDORIA
A Ouvidoria é um meio efetivo de participação cidadã, que contribui para a construção de um SUS mais eficiente e transparente.
Há diversas maneiras de conseguir entrar em contato com a Ouvidoria Geral do SUS de Roraima, de forma online através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e site https://falabr.cgu.gov.br, relatando sua situação. E também pelo Disque Saúde, pelo número 136.
Ou ainda de forma presencial na unidade de saúde ou no prédio da Ouvidoria Geral, que fica localizada na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1364, no Bairro dos Estados. Mais informações e outras dúvidas podem ser sanadas por meio do WhatsApp (95) 98410-6188.
A constituição da Escola Estadual de Saúde Pública de Roraima foi tema de reunião entre Sesau (Secretaria de Saúde) e Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) realizada no dia 27 de setembro, na sede da pasta, no bairro Aeroporto.
O encontro contou com as presenças da secretária de Saúde, Cecilia Lorenzon, do técnico do Conass, Haroldo Pontes, e da Coordenadora Geral de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da Sesau, Johanne Pontes.
“A educação em saúde é um elemento fundamental e estruturante para o nosso sistema único de saúde. Nós ousamos em constituir um sistema de saúde com várias características, e para alcançar esses objetivos, temos apoiado a estruturação de escolas de saúde pública”, explicou Haroldo Pontes.
Atualmente, segundo o técnico do Conass, o Brasil dispõe de 21 escolas de saúde pública vinculadas às secretarias estaduais de saúde, sendo a de Minas Gerais a mais antiga de todas.
“São estruturas que fazem parte das secretarias de saúde e tem como objetivo atender com agilidade aquilo que o estado entende como prioridade de formação, baseado no método de trabalho pedagógico de educação permanente, cujas as secretarias têm obrigação de executar”, reforçou.
Durante a reunião, foi definida agenda de oficinas, ainda em 2024, para a formalização da Escola.
“Serão duas oficinas que ocorrerão ainda este ano para a construção do projeto de transformação da ETSUS-RR [Escola Técnica do SUS em Roraima] em Escola de Saúde Pública. Elas contarão com a participação de profissionais de diversas áreas de atuação, com datas previstas para final de outubro e final de novembro, e o principal objetivo é construir e entregar um projeto que aproxime ensino, serviço e comunidade, beneficiando diretamente os trabalhadores do SUS e os usuários do SUS”, salientou Johanne Pontes.
A universalização do SUS (Sistema Único de Saúde) permite que o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), atenda a uma série de solicitações que visam assegurar a prestação de serviços de saúde no Hospital da Criança Santo Antônio, administrado pela prefeitura de Boa Vista.
De abril até dezembro de 2023, a Sesau enviou diversos equipamentos, como monitores multiparâmetros, bombas de seringas, oxímetro, fluxometros, ventiladores pulmonares, ventiladores de transporte, umidificadores aquecidos e kits de traqueia, que permitiram a ampliação da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade infantil que fica localizada no bairro Treze de Setembro.
Segundo o coordenador Geral de Urgência e Emergência da Sesau, Rafael Sena, as demandas nesse período foram oriundas do decreto municipal que instituiu situação de emergência em saúde pública no município, devido ao aumento de atendimentos médicos nas unidades de saúde e a alta taxa de ocupação de leitos da UTI pediátrica, trauma e dos leitos clínicos do Hospital da Criança.
“Esse apoio ocorreu em virtude do período em que houve o aumento de casos de crises respiratórias. Com isso, realizamos vários empréstimos para que o Hospital da Criança pudesse reforçar o aparato de UTI, e assim atender a demanda dos pacientes”, destacou, ao adiantar que todos os itens continuam sendo usados pelo Hospital da Criança.
Além dos equipamentos, o Governo do Estado, por meio da Sesau, tem feito o envio de insumos hospitalares, com vistas para a realização de cirurgias ortopédicas, fazendo com que o município reduzisse custos relacionados a Tratamento Fora de Domicílio.
VEJA AS DEMANDAS ATENDIDAS:
- Relacionado ao Ofício n° 16954/SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de fixador externo de 250 mm ou 300 mm, para serem utilizados em paciente diagnosticada com osteogênese imperfeito.
- Relacionado ao Ofício n° 21025/SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Doação ou empréstimo de equipamentos e materiais médico-hospitalares para atender as demandas da unidade (03 Monitores multiparâmetros 20 Bombas de Seringa, 10 Bombas de Infusão, 10 Poltronas Reclináveis para uso dos acompanhantes e 03 Ventiladores Mecânicos).
- Relacionado ao Ofício n° 21313 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de material ortopédico (Parafuso Canulado 7,0 com instrumental completo), em favor de paciente do sexo masculino, diagnosticado com Epifisiolise do Quadril D.
- Relacionado ao Ofício n° 32870 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de e 04 parafusos canulados e 04 arruelas, em favor de paciente do sexo feminino, a fim de evitar despesas com TFD.
- Relacionado ao Ofício n° 43348 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de caixa de grande fragmento com placa DCP estreita de 8 furos com 8 parafusos, em favor de paciente do sexo masculino de 9 anos, diagnosticado com Pseidartrose de Tíbia Esquerda com indicação cirúrgica, em caráter de urgência.
- Relacionado ao Ofício n° 48677 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de caixa de grandes fragmentos e 2 parafusos canelados de 4,5 mm, em favor de paciente do sexo masculino, a fim de evitar despesas com TFD, em caráter de urgência.
- Relacionado ao Ofício n° 53492 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de kit de grandes fragmentos 4,5 (Placa DCP Estreita de 8 Orifícios e Parafusos Corticais), em favor de pacientes do sexo masculino, diagnosticado com Fratura Diafisária de Femur Direito Fechada, a fim de evitar despesas com TFD.
- Relacionado ao Ofício n° 57067 SMSA/HCSA/DIREÇÃO GERAL
Tipo de Solicitação: Empréstimo de materiais cirúrgicos para neurocirurgia, em favor de paciente do sexo masculino, a fim de evitar despesas com TFD (Perfurador, Broca Autobloqueante de Trepanação Pediátrico e DVP Adulto de média pressão).
O Ministério da Saúde e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Amazonas, com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde), deram início nesta terça-feira, 1º, ao treinamento sobre o uso da tafenoquina no tratamento de pacientes contra a malária.
Voltada para profissionais que atuam no atendimento a indígenas assistidos pelo DSEI Leste (Distrito Especial Sanitário Indígena do Leste), a atividade segue até a quinta-feira, 3, no auditório da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), no bairro São Francisco.
“Esse protocolo vem para facilitar o tratamento, principalmente da população indígena. Um primeiro treinamento já foi realizado com o DSEI Yanomami e agora essa ampliação com o DSEI Leste. Com essa nova rotina, teremos a possibilidade de tratar a malária de forma mais adequada, principalmente para esse público que é nômade, que é migrante, que não tem uma boa adesão a um tratamento mais longo”, afirmou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde da Sesau, Valdirene Oliveira.
A realização da ação vem de encontro com as necessidades de melhorar a proteção da população contra a doença, principalmente contra o tipo Vivax. Segundo o próprio MS, 99% dos casos de malária no Brasil estão concentrados nas unidades federativas que compõem a Amazônia Legal, com o Amazonas e Roraima apresentando as maiores incidências da doença.
“A estratégia que estamos trabalhando é uma inovação no tratamento da malária, que é a introdução da tafenoquina, que é feita em dose única, em associação com a cloroquina, que reduz o tempo de tratamento do tipo Vivax”, salientou a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da SVSA/MS (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde) Alda Cruz.
Os benefícios do uso da tafenoquina no tratamento da malária Vivax são inúmeros, mas o principal deles é a redução do tempo, que cai de 7 para apenas 3 dias, segundo informou o gerente do Núcleo de Controle da Malária em Roraima, Gerson Castro.
“A tafenoquina é um privilégio para o Brasil, pois ela não é usada nem na América Latina, nem na América Central. Então, nós da Amazônia somos privilegiados com o uso dessa medicação, iniciando pelo DSEI Yanonami, por conta da emergência em saúde, e agora nós passamos a fazer esse mesmo protocolo com o DSEI Leste, e vamos expandir esse protocolo para os municípios a partir de março do ano que vem”, frisou o gerente do Núcleo de Controle da Malária no Estado, Gerson Castro.
Ao todo, segundo a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena na Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Putira Sacoena, o treinamento conta com a participação 65 profissionais do DSEI Leste, e a intenção da parceria é ampliar esse número para 200 profissionais.
“Para nós, enquanto saúde indígena, esse treinamento é muito importante, até porque a gente sai do DSEI Yanomami e vem para o DSEI Leste, que é uma outra realidade. Porém, juntamente com a SVSA [Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde] e Governo de Roraima, a gente consegue organizar toda uma logística e treinamento para melhorar a qualidade do atendimento nos territórios e diminuir a mortalidade por malária”, pontuou.