“Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: A Gente que Faz o SUS Acontecer”. Esse é o tema da 1ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, evento do CES (Conselho Estadual de Saúde) que conta com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde) e UFRR (Universidade Federal de Roraima).
As atividades da conferência serão realizadas nesta quinta e sexta-feira, dias 26 e 27 de setembro, a partir das 8h, no Centro de Ciências e Saúde da UFRR, no Campus Paricarana, bairro Aeroporto.
A coordenadora Geral de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da Sesau, Johanne Pontes, ressalta a importância das discussões na construção de um sistema de saúde mais eficaz e com acesso a todas as pessoas.
“A conferência é um espaço de participação democrática, da qual trabalhadores da saúde, gestores, educadores e a sociedade poderão discutir, de forma geral, temas relacionados à construção da saúde. E o desdobramento dela será de extrema importância, pois tudo que for discutido vai compor um plano a nível nacional, determinando muito do que será aplicado na saúde em âmbito estadual e municipal”, afirmou.
Ao todo, segundo o secretário executivo do CES, Roberto Moraes, a conferência contará com a participação de 192 pessoas, dentre eles delegados eleitos nas conferências municipais.
“Receberemos delegados vindos dos municípios, onde eles passaram pelas etapas municipais e foram eleitos. E vão vir participar aqui na etapa estadual, para encaminhar para Brasília para defender as propostas do nosso Estado e também de âmbito nacional, que é de interesse da região amazônica”, afirmou.
O que será discutido na conferência
A 1ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde será palco de discussões prioritárias sobre as Políticas do SUS (Sistema Único de Saúde), reunindo representantes da Secretaria de Gestão e Trabalho e Educação na Saúde do MS (Ministério da Saúde), do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), de Conselhos Municipais, entre outros.
“A conferência tem um papel muito importante que é ouvir a população. O foco é a garantia da equidade, da universalidade, a democracia do sistema de saúde. É uma conferência que está buscando juntar a questão da saúde e educação dentro da gestão e do trabalho na saúde”, ressaltou Moraes.
É importante reforçar que os participantes irão eleger 24 delegados que irão defender as propostas de Roraima na Conferência Nacional que ocorrerá no fim deste ano em Brasília.
Profissionais que atuam na promoção de saúde bucal em territórios indígenas do Estado estão sendo contemplados com um treinamento sobre o combate à cárie na primeira infância. A iniciativa é da Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde.
Iniciada na terça-feira, 23, a atividade segue até a sexta-feira, 27, no auditório do ETSUS-RR (Escola Técnica do SUS em Roraima). A diretora da ETSUS-RR, D’Angela Kotinscki, enfatiza a importância do treinamento.
“A cárie na primeira infância é uma das doenças crônicas mais comuns entre crianças pequenas e tem grande importância por suas consequências a curto e a longo prazos. O impacto na saúde bucal, em geral, é a dor e o desconforto pode causar uma dor intensa, prejudicando a alimentação, o sono e o bem-estar da criança”, afirmou.
Ao todo, foram contemplados cerca de 100 profissionais, entre odontólogos e técnicos dos Distritos Sanitários Especiais do Leste e Yanomami, segundo informou a responsável técnica do programa de Saúde Bucal do DSEI-Y, Andréa Olívio.
“O intuito é de qualificar as nossas equipes para prestar atendimento odontológico nas comunidades dos nossos indígenas aldeados, auxiliando as nossas atividades dentro de área indígena”, destacou.
Profissionais que atuam nos municípios também estiveram na capacitação
A atividade também conta com profissionais dos 15 municípios do Estado, segundo reforçou a gerente do Núcleo de Ações Programáticas em Saúde Bucal da Sesau, Kerolaynne Magalhães.
“Através da capacitação os cirurgiões dentistas ficam cada vez mais seguros para fazer os atendimentos e de forma correta e atualizada para trazer benefícios para os atendimentos e nas comunidades indígenas e também para todos os municípios em que os DSEI tem abrangência”, informou.
Responsável pelo Polo Base Maraiuá, localizado no território Yanomami, a dentista Ana Paula Franco salientou que a atividade veio em boa hora, uma vez que há uma grande demanda de crianças que necessitam de atendimento odontológico de qualidade.
“Essa capacitação é bem importante para se atualizar. Têm dicas, têm situações que podem intervir, outras não. Apesar de os recursos e o local que estamos serem limitados, mas só o fato de sermos orientados, receber essa informação de como agir, de como intervir, já é o suficiente, já é uma base bem importante”, pontuou.
Neste sábado, dia 21, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea e, assim como a doação de sangue, esse tipo de ato de generosidade é responsável por salvar inúmeras vidas.
De acordo com dados do Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima), o estado possui atualmente 8.903 voluntários cadastrados como candidatos a doação de medula óssea, com 19 pessoas convocadas para confirmação de compatibilidade nacional e internacional.
“A medula óssea é conhecida popularmente por tutano do osso, que é aquele tecido líquido gelatinoso dentro dos ossos. Geralmente quem necessita desse tipo de doação são pessoas que não produzem as células sanguíneas de forma normal, como quem tem leucemia, e o primeiro passo é sempre procurar um doador compatível”, destacou a assistente social do setor de captação de doadores da unidade, Rafaella Pessoa.
Entre os vários voluntários que se cadastraram no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) está a servidora pública da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), Janira Costa.
Doadora desde 2011, ela conta que a primeira vez que teve a confirmação que sua medula era compatível com outro paciente foi em 2015, realizando a coleta na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
“Era uma paciente da Eslováquia e tudo foi custeado pelo Redome. Não gastei nenhum centavo e tive inclusive o direito de levar um acompanhante. É uma experiência única na vida que vale muito a pena, pois você vê que tem a chance de um e um milhão de ser compatível com alguém. Sempre conto como testemunho, pois é muito gratificante mesmo”, afirmou.
META ATINGIDA
Ano a ano, os hemocentros de todo o país realizam ações para assegurar o cadastro de novos doadores de medula óssea, por meio do Redome. Roraima já atingiu a sua meta em 2024, com 464 novos voluntários.
Devido ao alcance da meta anual, os novos cadastros serão retomados em janeiro de 2025.
“Essa é uma data que tem como objetivo agradecer todas as pessoas que se inscrevem no banco de dados para se tornarem doadores de medula óssea e todas aquelas pessoas que também já doaram a medula óssea”, reforçou Rafaella.
CRITÉRIOS
O transplante de medula pode ser indicado para tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças, incluindo a maioria dos tipos de leucemias.
Atualmente, existem duas formas de doação, sendo elas a de punção com agulha no osso da bacia, por meio da qual o médico tira o tutano desse osso; e a de braço por meio de aférese, em que a máquina vai filtrar somente as células tronco da corrente sanguínea do doador.
É importante reforçar que o voluntário precisa se encaixar em alguns critérios, como ter entre 18 e 35 anos de idade e estar saudável. Ao chegar à unidade, é preciso apresentar um documento oficial com foto e manifestar o desejo em se cadastrar.
Após isso, o candidato preencherá uma ficha com dados pessoais e será coletado um tubo de sangue de aproximadamente 10 ml. No seu sangue será feito o exame de HLA, que mostrará o tipo de medula que ele possui.
Devidamente cadastrado, o sistema informatizado irá comparar seus resultados aos de pacientes que esperam por transplante. Sendo compatível, você será chamado para exames confirmatórios e depois passará por uma avaliação médica.
ENDEREÇO
O Hemoraima fica localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3418, bairro Aeroporto, ao lado do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento).
O horário de funcionamento da unidade é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h. Outras informações podem ser obtidas por meio do número (95) 98404-9593.
Em alusão ao Setembro Verde Esperança, campanha que tem como foco o alerta sobre a asfixia perinatal, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, deu início nesta quarta-feira, 25, ao curso de atualização no manejo da asfixia perinatal.
A atividade, que conta com a parceria da PBSF (Protecting Brains & Saving Futures), segue até a quinta-feira, 26, contemplando aproximadamente 70 profissionais que atuam na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) da unidade.
“A asfixia perinatal não é somente a morte, mas também envolve as questões relacionadas às sequelas que ela pode causar na sobrevida desses recém-nascidos. Essa é uma preocupação da Sesau [Secretaria de Saúde] em treinar esses profissionais, para que eles possam prestar um melhor atendimento para a nossa população”, destacou a médica neonatologista e atual responsável técnica da UTIN, Patrícia Cavalcante.
Todas as orientações estão sendo realizadas por médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Entre os temas abordados na atividade estão a identificação de pacientes elegíveis para hipotermia terapêutica, últimas atualizações sobre convulsão neonatal e monitoramento neurológico.
Diretora médica da PBSF, Rafaela Fabri ressalta a importância dos profissionais em um treinamento com temática importante.
"A asfixia perinatal é a terceira maior causa de morte em recém-nascidos no mundo, ou seja, não é um problema que ocorre só no Brasil. É algo que a gente precisa saber tratar, e nós estamos aqui justamente para ofertar esse treinamento, uma vez que a PBSF já atua nessa questão de neuroproteção cerebral, e agora a gente vem para implantar o tratamento da hipotermia terapêutica nesses recém-nascidos ", completou.
Enfermeiros da Policlínica Coronel Mota e socorristas que atuam no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) do município de Alto Alegre participaram na tarde desta quinta-feira, 19, do curso de Suporte Básico de Vida.
Realizada pela Secretaria de Saúde, a atividade segue nesta sexta-feira, 20, na Escola, com aulas teóricas e práticas na Etsus-RR (Escola Técnica do SUS em Roraima), que fica na Rua Uraricoera, nº 1346, bairro São Vicente.
Além de dar maior eficiência aos serviços prestados, a atividade visa oferecer maior segurança aos pacientes que, porventura, necessitem de socorro de urgência.
“A escola vem promovendo capacitações para aprimorar e agregar conhecimento aos servidores que trabalham nas unidades de saúde do Estado. Estamos trabalhando para que todos os servidores da saúde possam receber capacitação, reciclagem e educação continuada”, afirmou a vice-diretora da Etsus-RR, Neiziane Araújo.
Segundo o instrutor de primeiros socorros do Corpo de Bombeiros Civil, Valdemir Silva, os participantes terão a oportunidade de vivenciar abordagens de situações reais, como casos de engasgos, parada cardiorrespiratória, parada cardíaca, entre outros.
“Esses profissionais, ao se depararem com essas situações, deverão resolver de forma rápida e enérgica, auxiliando a vítima que está necessitando”, destacou.
O técnico de enfermagem do Samu de Alto Alegre, Janderson Araújo, de 25 anos, residente na Vila do Taiano, afirmou que vê no curso a oportunidade de se tornar um grande profissional, ajudando a resguardar a saúde dos moradores de seu município.
“Está sendo bem proveitoso com o aprendizado, muitas coisas que eu não sabia, não tinha noção e não conhecia na prática”, pontuou.