Em razão do aumento de casos relacionados ao ataque de cobras venenosas, a Sesau (Secretaria de Saúde), promove nesta sexta-feira, 19, no auditório do HGR (Hospital Geral de Roraima), uma palestra sobre o tema. A ação segue até o fim do dia,
Voltada a médicos e enfermeiros que atuam nos serviços de urgência e emergência do Pronto Socorro Francisco Elesbão e Pronto Socorro Airton Rocha, a atividade conta com parceria da UFRR (Universidade Federal de Roraima).
A professora de imunologia do curso de Medicina da UFRR, Manuela Pucca, é uma das palestrantes da ação. Ela contou um pouco dos trabalhos que desenvolveu ao longo dos anos sobre ofidismo, termo médico utilizado para descrever o envenenamento de pessoas por picada de cobra.
“Vamos ministrar um treinamento sobre diagnóstico e tratamento do ofidismo, que é um problema sério de saúde pública aqui em Roraima, estado com maior incidência de ofidismo do Brasil e a maior letalidade”, ressaltou.
A enfermeira do setor de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) do HGR, Carla Carvalho, de 36 anos, vê grande importância em aprender mais para melhorar o atendimento dos pacientes.
“É muito importante participarmos dessa palestra para atualização dos conhecimentos, ainda mais devido à grande demanda que estamos tendo nesse período chuvoso, por causa dos acidentes ofídios”, afirmou a participante.
A Sesau (Secretaria de Saúde) participou das discussões da audiência pública alusiva ao mês de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes promovido na quinta-feira, 18, pela CMBV (Câmara Municipal de Boa Vista).
No encontro foram discutidos vários assuntos, sendo o principal deles relacionado à necessidade de qualificar os profissionais de saúde do Estado e de municípios no acolhimento às vítimas, além de estabelecer as metas para este ano.
“Discutimos as necessidades e a importância de fortalecer a rede de apoio. Contribuíram também na discussão os líderes de classe da Escola Estadual Monteiro Lobato e do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Abuso, Exploração Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes de Roraima”, ressaltou o gerente do Núcleo de Ações Programáticas da Saúde da Criança da Sesau, Marcelo Silva.
IMPORTÂNCIA DO TEMA
O abuso e a exploração sexual de criança e adolescente são crimes no Brasil, e seu enfrentamento precisa ser uma prioridade para gestores e profissionais que compõem a Rede Estadual de Atenção às Crianças e Adolescentes.
Segundo dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravos e Notificações), no período de 2018 a 2022, foram registrados pelos serviços de saúde 984 casos violência sexual em menores de 13 anos de idade. Deste total, 63,3% das vítimas são residentes da capital de Boa Vista.
A lista dos cinco municípios com os maiores percentuais de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes é formada por Uiramutã (7,3%), Bonfim (5,99%), Cantá (5,18%) e Rorainópolis (4,77%).
“As ações integradas precisam ser fortalecidas e as políticas de saúde precisam dar respostas efetivas para garantir que as crianças e adolescentes, independente da porta de entrada, recebam um atendimento qualificado com o devido acompanhamento e encaminhamento”, concluiu Silva.
A fim de fortalecer a atuação de profissionais da vigilância em saúde, a Sesau (Secretaria de Saúde) vem promovendo desde o início da semana o 1° Encontro da Rede de Vigilância, Alerta e Resposta de Roraima. A ação encerrou nesta quarta-feira, 17, com a realização do I Simulado da Rede CIEVS Estadual.
A simulação torna possível a identificação de pontos fortes, desafios e oportunidades de melhoria da rede no Estado, conforme explica o gerente do CIEVS Estadual (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), Carlos Cley Alves.
“O simulado de emergência em saúde consiste em um treinamento prático, nisso os participantes terão a oportunidade de vivenciar as situações baseadas em casos fictícios e que servirão de modelo para que exerçam essas ferramentas de vigilância, alerta e resposta”, afirmou.
Com o simulado, a Rede passa a ter maior clareza em identificar as capacidades básicas necessárias para manejar as possíveis emergências em saúde pública, além de ter maior êxito na realização de avaliações de risco de casos, estabelecimento de ações de comunicação de risco para cada situação, montar estratégias de contenção e investigação de contatos e comunicantes.
A coordenadora do CIEVS Boa Vista, Priscila Azarak, ressalta que o evento deve fortalecer as ações centros existentes no Estado, dando maior respostas nas emergências em saúde pública que possam acontecer.
“O simulado foi uma grande iniciativa da Secretaria de Saúde do Estado e é muito importante para capacitar os profissionais que atuam dentro da rede”, complementou.
O Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) realizou na manhã desta sexta-feira, 19, na recepção do HGR (Hospital Geral de Roraima), uma campanha para sensibilizar pacientes, visitantes e profissionais sobre a importância da doação de reposição.
A iniciativa ocorre em virtude do aumento de procedimentos eletivos no Estado, conforme explica a enfermeira do setor de captação de doadores da unidade, Liliana Bezerra.
“Em uma cirurgia eletiva é preciso da doação de pelo menos duas ou três pessoas para repor o sangue utilizado, por isso estamos aqui tentando mobilizar as pessoas para que as pessoas internadas no HGR precisando dessa doação consigam ter uma cirurgia tranquila”, disse
A doação de reposição é um procedimento voluntário direcionado para atender a um paciente internado ou que se submeterá a uma cirurgia eletiva. Só em 2022, foram contabilizadas 4.570 doações.
Esses doadores geralmente são amigos ou familiares vinculados a um paciente internado que necessitará de transfusão imediata.
A microempresária Roseane Alves, de 36 anos, está acompanhando sua mãe, que fará uma cirurgia no HGR. Ela conta que já era uma doadora de reposição, inclusive em prol de uma outra cirurgia de sua mãe.
“É muito importante a doação de sangue, por isso eu sempre dou é sempre levanto essa campanha porque é de suma importância manter o hemocentro bem abastecido”, disse.
O voluntário precisa direcionar a solicitação para a recepção do HGR. Após a doação, é necessário solicitar um atestado que deve ser entregue ao paciente internado na unidade hospitalar.
Doar sangue é um gesto que salva vidas, no entanto, o período de inverno tem causado grande impacto no comparecimento de doadores ao Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima), unidade responsável pelas demandas de sangue da rede hospitalar pública e privada do Estado.
Por conta do baixo estoque, a unidade vem reforçando a sensibilização da população no sentido de evitar um desabastecimento, principalmente para o atendimento das demandas mais urgentes.
“O número de voluntários tem diminuído por conta do período chuvoso, porque muitos doadores se tornam inaptos temporariamente por conta das gripes”, explicou a enfermeira da captação de doadores do Hemoraima, Liliana Bezerra.
Para ser doador é preciso ter a partir de 16 anos até os 69 anos, caso seja menor de idade será necessário estar acompanhado de seu tutor legal. Para pessoas acima dos 60 anos, é preciso ter um histórico de doação.
Além disso, é importante o voluntário estar saudável, não apresentar sintomas de gripe, ou alergia, nem ter ingerido bebida alcoólica a menos de 24h antes da doação.
Liliana ressalta ainda a importância de sensibilizar a população sobre a doação de reposição. O procedimento é feito em nome de paciente que passará por uma cirurgia de médio ou grande porte.
“[Em caso de complicações] Se não houver sangue suficiente no dia da cirurgia, o procedimento pode ser suspenso por questão de segurança para o próprio paciente. Por isso a importância de as pessoas se mobilizarem previamente para que a cirurgia aconteça sem maiores problemas”, completou a enfermeira.
O Hemoraima fica na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). O horário de funcionamento da unidade é de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h.
Mais informações podem ser obtidas pelo número (95) 98404-9593.