O Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), inaugurou na tarde dessa sexta-feira, 30 de junho, as novas instalações da Unidade Mista Irmã Camila, no município de Iracema. A obra é mais um passo para melhorar o atendimento da população que reside nas regiões Centro-Sul e Sul do Estado.
Localizada na Rua Elói Pereira, no Centro da sede municipal, a unidade passa a contar com uma nova sala de Raio-X, uma sala de parto e mais duas enfermarias.
“Isso é uma maneira de desafogar o atendimento na Maternidade de Boa Vista e no Hospital Geral de Roraima. É sempre bom ter novos espaços para que dê qualidade de atendimento e para os profissionais atenderem melhor”, afirmou o secretário adjunto da Saúde, Edson Castro.
A Unidade Mista Irmã Camila é um hospital que realiza atendimentos de emergência. Atualmente, estima-se que cerca de 500 pacientes são atendidos mensalmente no local.
Além de emergências médicas, a unidade realiza consultas com o odontologista, exames laboratoriais de sangue, urina e fezes, com média de 1.500 atendimentos mensais.
De acordo com o diretor da unidade, Marlison Gomes, a ampliação durou pouco mais de cinco anos, com parte desse tempo tendo sido impactado pela pandemia da covid-19.
“Nossa unidade foi contemplada com a reforma do antigo prédio e a população agradece esse apoio do Governo, por meio da Secretaria de Saúde. Fomos contemplados com equipamentos novos, possibilitando o melhor atendimento para os moradores do município que buscam por um atendimento com dignidade”, ressaltou.
A estudante de pedagogia Bruna Laís dos Santos, de 29 anos, veio de Caracaraí juntamente com o esposo e seus três filhos para o atendimento com o pediatra. Ela fica feliz com a ampliação e com novas especialidades mais perto dos moradores do Sul.
“É muito bom, tanto para população quanto para os funcionários, porque ampliando o ambiente de trabalho fica algo bem melhor para os profissionais e para os pacientes que precisam da unidade”, frisou a paciente.
MAIS SAÚDE
Aproveitando a inauguração, o programa Saúde Itinerante levou diversos especialistas para suprir a demanda da população local. Entre as especialidades ofertadas na ocasião estão oftalmologia, pediatria e cardiologia.
A Unidade Móvel do Saúde da Mulher Itinerante também esteve no município, oferecendo para as mulheres os serviços de ginecologia; mamografia; e ultrassom de mama, transvaginal e pélvica.
Também foram oferecidos os serviços de vacinas do Calendário Nacional de Vacinação Brasileira (tríplice viral, febre amarela, influenza e covid-19); entrega de preservativos e de autoteste de HIV; repasse de orientações referentes às doenças sexualmente transmissíveis; além de distribuição de hipoclorito de sódio para o tratamento da água e prevenção de doenças oriundas da água.
O Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) recebeu na manhã desta quarta-feira, 21, o apoio de militares da BABV (Base Aérea de Boa Vista). A visita fez parte de mais uma ação da campanha Junho Vermelho, que visa ressaltar a importância da doação de sangue.
“Hoje tivemos presente a Base Aérea, que está dando essa cooperação para o Hemoraima. Cada grupo que vem está ajudando a salvar vidas, fazendo esse ato de solidariedade e amor ao próximo”, ressaltou a assistente social voluntária, Terezinha de Jesus Khan.
Localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), o Hemoraima é a unidade responsável por atender as demandas de sangue da rede hospitalar pública e privada do Estado.
Rotineiramente, a equipe da captação realiza campanhas de incentivo a doação de sangue junto a entidades parceiras e a sociedade civil. Uma única doação é capaz de salvar até quatro vidas.
A assistente social da Base Aére, Neilza dos Santos Firmino, disse que todos os anos, alguns grupos da instituição se reúnem para ajudar no estoque do Hemoraima.
“Nós mobilizamos o máximo possível de militares para vir aqui fazer a doação, contribuir de alguma forma para salvar a vida de outras pessoas”, ressaltou.
O soldado Pedro Otávio Alves, de 24 anos, já é doador há pelo menos dois anos. Ele conta que o exemplo vem de sua própria casa, já que sua mãe atua profissionalmente como enfermeira.
“Eu sempre vi que havia uma escassez dos bancos de sangue do nosso estado, e mesmo meu tipo sanguíneo sendo o mais comum que existe eu venho aqui sempre quando eu posso fazer minha parte, doar sangue, porque não custa nada”, destacou o doador.
SEJA UM DOADOR
Para ser um doador de sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto. Caso o interessado seja menor de 18 anos, o mesmo deve ter o consentimento formal dos pais ou de responsável legal.
Se encaixando nesses critérios, o doador é cadastrado e encaminhado para uma entrevista, para em seguida passar por uma triagem. Não havendo nenhum impedimento, ele é encaminhado para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
O horário de funcionamento do Hemoraima é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h. Outras informações podem ser obtidas por meio do número (95) 98414-0726.
Pacientes do HGR (Hospital Geral de Roraima) foram contemplados com um mutirão de procedimentos para o tratamento de dor. A ação faz parte da programação “I Pain Summit Roraima 2023”, uma iniciativa do Sinpain Changing Lives, com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde), Uerr (Universidade Estadual de Roraima) e IFRR (Instituto Federal de Roraima).
A atividade desta quinta-feira, 22, foi executada por meio de membros do Voluntários da Dor, um grupo formado por médicos do país inteiro que realizam atendimento gratuito para pacientes pré-selecionados para tratamento definitivo, utilizando procedimentos de radiofrequência e crioablação.
“Esse tratamento de dor é para essas pessoas que precisam de uma intervenção, por que o remédio oral já não serve mais. Então é realizado um tratamento mais invasivo para a dor, evitando uma cirurgia de emergência, onde o paciente consegue ter uma vida longa mais tranquila”, explicou a diretora técnica do HGR, Juliana Gomes.
De acordo com os organizadores da ação, a unidade foi escolhida pelo projeto em razão de ser referência nos atendimentos de média e alta complexidade em Roraima, além de estar ampliando os serviços médicos.
CUIDANDO DA DOR
Em termos gerais, a dor crônica é caracterizada pelo surgimento de inflamações ou disfunções nos nervos do corpo humano, causando desconfortos que podem durar por uma semana ou até mesmo anos.
Alguns dos tipos de dores mais comuns são os provenientes de problemas de coluna cervical, lombar ou torácica que geram limitação de locomoção. Os incômodos são ainda piores para casos que envolvem pacientes em tratamento oncológico.
Médica anestesiologista com especialização em dor crônica, Iasmin Sindeaux é a idealizadora do projeto no Estado. Ela falou da importância de realizar o evento para os profissionais roraimenses.
“A forma que eu encontrei de trazer luz à sociedade em relação a esse tema da dor foi promover esse evento. São vinte médicos atendendo esses pacientes. Vamos promover melhora na qualidade de vida destes pacientes”, ressaltou a médica.
Anestesiologista com atuação em dor e voluntária no Rio de Janeiro, Raquel Schult trabalha com a medicina intervencionista. Ela revelou que sua motivação vem da satisfação em trazer alívio para a dor dos pacientes.
“Só quem tem dor sabe o quanto ruim é sentir dor. Se eu tenho a habilidade de conseguir melhorar a dor de alguém, não importa o lugar ou a pessoa, nós estaremos lá”, pontuou.
Entre os pacientes contemplados na ação está o paciente José Pinheiro Ramos, de 76 anos. Todo o procedimento foi acompanhado de perto pela neta, Francyellen Vivian Ramos.
“Durante esses oito anos, ele passou muito tempo sem dormir, e raramente ele conseguia passar uma noite inteira dormindo. Realizar esse procedimento foi um alívio para nós, e isso irá acabar com as dores do meu avô”, avaliou.
CONFERÊNCIA
A ação dos Voluntários da Dor é uma extensão do “I Pain Summit Roraima 2023 - Conferência Internacional Multidisciplinar de Dor”, iniciada nesta quinta-feira, 22, em parceria da Sinpain, Sesau e Uerr e IFRR.
A programação segue até este sábado, 24, no auditório da Uerr, no bairro Canarinho, com a realização de palestras que envolvem especialistas nacionais e internacionais. Os interessados também podem acompanhar as atividades no YouTube, através do canal Caminho sem Dor.
Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que Roraima foi um dos estados que mais receberam doações de sangue ao longo do ano de 2022. A informação foi revelada nessa quinta-feira, 22.
Conforme o órgão ministerial, foram contabilizadas 13.830 doações de sangue. Tal feito coloca o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) em posição de destaque entre os hemocentros espalhados pelo país.
Ainda segundo o MS, aproximadamente 1,4% da população do país realiza doação de sangue, o representa 14 voluntários para cada mil habitantes, e um total de 3.159.774 doações de sangue por ano.
“Nós comemoramos esse número, principalmente levando em consideração que depois de um surto pandêmico, o Estado realizou um planejamento para retomar a regularidade das doações de sangue. A nossa expectativa para este ano é aumentar ainda mais esses números”, destacou a diretora geral do Hemoraima, Patrícia Veríssimo.
A IMPORTÂNCIA DOS PARCERIAS
Para chegar a esse resultado, a equipe do Hemoraima realiza um trabalho conjunto para garantir a regularidade do estoque, principalmente no inverno, época que costuma impactar na presença de doadores voluntários.
Na manhã desta sexta-feira, 23, por exemplo, a unidade recebeu o apoio de militares da 1ª Bda Inf Sl (1ª Brigada de Infantaria de Selva) e da primeira turma de alunos da GCM (Guarda Civil Municipal) de Pacaraima.
“É muito importante para o Hemoraima a realização dessas campanhas, tendo em vista que isso ajuda a aumentar o nosso estoque. Estão acontecendo muitas cirurgias eletivas no HGR e essas parcerias estão nos ajudando bastante”, enfatizou a assistente social voluntária da unidade, Terezinha Khan.
Representando o 1º Pelotão de Comunicação de Selva, o 3º Sargento Caíque dos Santos, de 24 anos, ressaltou a importância de outros colegas no apoio das ações de doações de sangue.
“Nossa motivação é poder ajudar o próximo e temos essa consciência de que por mais estivermos bem, sempre tem pessoas que precisam da doação de sangue”, pontuou.
Além das Forças de Segurança, o Hemoraima também recebeu a visita de servidores do TCE-RR (Tribunal de Contas do Estado de Roraima), por meio da campanha “Não é à toa que São João rima com Doação!”.
A conselheira Simone Souza salientou que os estagiários e trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços para instituição também demonstraram interesse em ajudar na ação.
“Aderir a iniciativas como essa, chamando servidores, colaboradores e os nossos conselheiros, fazendo este ato de amor ao próximo. Fico muito feliz em contribuir com a doação e acredito que o mais importante é fazer a nossa parte, e incentivar a população a participar”, pontuou Simone.
SEJA UM PARCEIRO
As instituições interessadas em se tornar parceiras do Hemoraima devem procurar o setor de captação da unidade, que fica localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento).
O horário de funcionamento da unidade é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h. Outras informações podem ser obtidas por meio do número (95) 98404-9593.
Em alusão às festividades de São João, o Grupo de Apoio Psicossocial Girassol realizou um arraial na manhã desta segunda-feira, 19, para promover a integração e descontração entre pacientes que estão em tratamento contra o câncer. O coletivo é voltado para mulheres e estimula trocas de experiências.
Realizada no auditório do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), a festa também reuniu ex-pacientes e equipe da Unacon-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima).
“Foi ideia das mulheres realizarmos essa festinha junina, para acolher umas às outras”, afirmou uma das coordenadoras do grupo de apoio, Jéssica Pinheiro.
Participante do Girassol desde 2019, quando foi diagnosticada com câncer de ovário, a professora Maria Leilza Pires, de 55 anos, disse que fica feliz por integrar um grupo em que todas as participantes conseguem se comunicar com facilidade e empatia.
“[O arraial] é mais uma forma de nos reunirmos, e nesses momentos não vamos falar dos problemas voltados para as nossas doenças, mas sim um momento de descontração, comemoração e relaxamento”, relatou a paciente.
APOIO
Em atividade desde 2013, Grupo de Apoio Psicossocial Girassol presta apoio incondicional para pacientes oncológicas em tratamento na Unacon-RR, Além de rodas de conversas, o grupo desenvolve outros tipos de atividades com foco na orientação e melhora na qualidade de vida para as mulheres que enfrentam os mais diversos tipos de câncer.
Os encontros do grupo são semanais, fazendo com que as pacientes assistidas possam lidar com o tratamento de forma mais tranquila. O nome do grupo faz alusão ao girassol, uma flor que se move em função do sol, de cor vibrante e simbolismo de vitalidade e energias positivas.
Em tempos fechados, o girassol costuma se fechar para o ambiente, sempre se inclinando em direção para outra flor de sua espécie. O nome foi ideia de uma paciente que também passou por tratamento na unidade.