A Policlínica Hospital Coronel Mota iniciou a programação do Setembro Amarelo na manhã desta quarta-feira, dia 06, com a realização de uma blitz informativa junto a motoristas que trafegam pela avenida Capitão Júlio Bezerra.
A ação tem como objetivo falar sobre os mitos e verdades relacionados ao suicídio. No Brasil, estima-se que o número de suicídios pode chegar a 14 mil, com média de 38 óbitos por dia.
“Nós sabemos que é um tabu ainda falar sobre o suicídio, as pessoas não gostam muito de falar sobre esse assunto. Na panfletagem, várias pessoas disseram estar passando por isso e agradeceram pelas mensagens de apoio”, afirmou o responsável do setor de Psicologia e Psiquiatria do Coronel Mota, Suely Melo.
A estudante Pietra Varela, de 22 anos, estava passando pelo local em direção a um compromisso quando foi surpreendida pela entrega de panfletos.
“Se você não tem [depressão] você conhece alguém que passa por isso, e é muito importante ter essa divulgação para as pessoas saberem que a vida delas importa e às vezes alguém está precisando de uma palavra de apoio e isso conta muito no dia de uma pessoa, achei muito interessante isso”, complementou a jovem.
A programação alusiva à campanha Setembro Amarelo se estenderá até o fim deste mês.
Confira a programação
06/09 - Ação distribuição de informativos sobre o tema e mensagens de autoestima aos motoristas
Local: Avenida Capitão Júlio Bezerra (em frente ao ambulatório de Psiquiatria)
Horário: Das 9h às 10h
15/09 - Live - Prevenção ao suicídio: “O Escutar como Caminho”
Palestrantes: Psicólogos Cassia Dias e Humberto Caldas
Horário: 10h
Plataforma: Instagram
22/09 - Distribuição de brinde aos servidores com mensagem de apoio.
Local: Avenida Capitão Júlio Bezerra (em frente ao ambulatório de Psiquiatria)
29/09 - Palestra para alunos da Escola Estadual São José
O setor de psicologia da Policlínica Coronel Mota dará início nesta quarta-feira, 06, a programação alusiva ao Setembro Amarelo, campanha que tem a como foco a prevenção do suicídio, sensibilizando a população sobre a depressão e outros transtornos psíquicos que afetam a vida das pessoas no mundo.
Conforme a responsável pelo setor, Suely Melo, a unidade realizará uma série de atividades ao longo do mês, entre elas panfletagem, entrega de mensagens positivas e orientação.
“É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está passando por esse problema e que está pensando em tirar a sua vida. Por isso, todos os anos fazemos essa programação do Setembro Amarelo com panfletagem, orientação e palestras”, reforçou.
Para se ter uma ideia da importância dos trabalhos de acolhimento desenvolvidos pela unidade, no período de janeiro a junho, o setor de Psicologia e Psiquiatria do Coronel Mota contabilizou 3.362 atendimentos com o psicólogo. Enquanto que consultas com o psiquiatra somaram 7.233 atendimentos.
“É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha. Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave”, destacou Suely.
SOBRE A CAMPANHA
Criada em 2014 por meio da parceria entre a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e CFM (Conselho Federal de Medicina), a campanha Setembro Amarelo promove uma série de ações para conscientizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio. A data mundial é celebrada anualmente no dia 10 de setembro.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 700 suicídios são registrados em todo mundo, mas esse número pode ser ainda maior, devido às subnotificações, podendo chegar a 1 milhão de casos.
No Brasil, estima-se que o número de mortos em decorrência do suicídio pode chegar a 14 mil, com média de 38 óbitos por dia. Por esse motivo é importante reforçar a necessidade de promover atividades que visem melhorar a saúde mental da população.
Confira a programação:
06/09 - Ação distribuição de informativos sobre o tema e mensagens de autoestima aos motoristas
Local: Avenida Capitão Júlio Bezerra (em frente ao ambulatório de Psiquiatria)
Horário: Das 9h às 10h
15/09 - Live - Prevenção ao suicídio: “O Escutar como Caminho”
Palestrantes: Psicólogos Cassia Dias e Humberto Caldas
Horário: 10h
Plataforma: Será informada posteriormente
22/09 - Distribuição de brinde aos servidores com mensagem de apoio.
Local: Avenida Capitão Júlio Bezerra (em frente ao ambulatório de Psiquiatria)
Horário: Será informado posteriormente
29/09 - Palestra para alunos da Escola Estadual São José
A Praça do Mirandinha, no bairro Caçari, foi o local escolhido para o encerramento da Campanha Agosto Dourado, com um piquenique Mamaço, que reuniu mais de 50 mães, no fim da tarde desse sábado, dia 26.
A cor dourada foi escolhida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para definir o leite materno como alimento padrão ouro para a saúde dos bebês e simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. É também uma maneira de reforçar a importância do aleitamento materno, alimento que concentra todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê.
A coordenadora do BLH (Banco de Leite do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth), Silvia Furlin, destacou a importância da campanha Agosto Dourado que tem o objetivo de incentivar as mães que amamentam e as que são doadoras.
“O leite materno é o padrão ouro de qualidade, é o melhor alimento e o mais completo. O Agosto Dourado vem justamente para a gente incentivar e apoiar as ações de aleitamento materno para todas as mães, sejam elas mães que amamentam e mães que doam leite. E o nosso piquenique Mamaço veio para gente fazer essa junção entre mães doadoras e mães prematuras, ou seja, aquelas mães que doam seu leite e as mães que recebem leite para seus bebês”, disse a coordenadora Silvia.
Ela ressaltou a importância do Banco de Leite que trabalha com uma equipe multidisciplinar e conta atualmente com 105 mães doadoras, além de identificar os motivos porque algumas mães não conseguem amamentar.
“Esse encontro é importante para que nossas ações de aleitamento materno cresçam e sejam cada vez mais incentivadas pela população. Não existe leite fraco. Isso é mito e toda mulher é capaz de produzir um leite completo nutricionalmente. A gente precisa identificar as causas do desmame precoce, porque essa mãe não está conseguindo amamentar. Temos uma equipe multidisciplinar que atende no nosso laboratório, de segunda a sexta-feira, e presta um serviço de apoio a todas as mulheres, inclusive às mães que têm dificuldade na amamentação”, explicou a coordenadora.
A deputada estadual Ângela Águida Portela é mãe, avó e apoiadora da ação. Ela falou que é uma satisfação poder contribuir com o Agosto Dourado que tem uma importância enorme.
“Há anos estamos acompanhando esse trabalho da Maternidade com o Banco de Leite. É um prazer e uma satisfação. Eu sou mãe, amamentei, já sou avó e incentivei o aleitamento para minha filha que amamentou meu netinho por um ano. Sabemos da importância do leite e do ato de amamentar, mas também o desprendimento da doação quando a mulher tem leite sobrando. Quero parabenizar o Governo do Estado, a diretora do Banco de Leite, Silvia, e toda a equipe envolvida e faço um apelo às mulheres, para que elas tenham essa empatia pela causa da doação de leite e participem desse ato de amor que é amamentar os seus bebês”.
Mães ressaltaram a importância da amamentação e o apoio do Banco de Leite
Taliane Batista, mãe de um bebê prematuro, contou que o filho teve que ficar três meses na incubadora na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, como ele não podia mamar, recebia o leite materno de mães doadoras o que foi fundamental para sua recuperação.
“O Ícaro nasceu prematuro, de baixo peso, e ficou muito tempo na incubadora na UTI. Como não podia mamar, ele foi agraciado com o leite de doadoras. A equipe do Banco de Leite dá todo amparo, mesmo que a gente não esteja amamentando, a equipe estimula com massagem para a gente ir guardando aquele pouco leitinho para doar para nossos próprios bebês”.
A mãe do Alexandre, de cinco meses, Maria Josiane disse que despertou para o ato de doar depois que viu a necessidade de leite para muitos bebês que estão na UTI. Ela lembrou que o seu filho é alimentado somente com o leite materno e, como ela produz muito leite, pode doar ao Banco de Leite e ajudar a alimentar outras crianças.
“Isso mesmo. Eu tenho muito leite e vi a necessidade de doar para as crianças que ficam na UTI. É uma satisfação. Toda semana uma equipe do Corpo de Bombeiros vai buscar na minha casa. É muito gratificante saber que estou ajudando a alimentar outros bebês com o que há de mais importante”.
Mãe de dois filhos, um de oito anos e uma bebê de 41 dias, Eliane dos Santos, falou da felicidade que é ter leite para a sua filha.
“Eu acho incrível, como mãe, poder prover o alimento para minha filha. É uma fonte de nutrição, de saúde para ela. Então, tudo que a gente ouve nas palestras, e a orientação que é recebida na Maternidade, eu vejo como a forma que eu tenho de cuidar da saúde dela. Eu vou amamentar até quando ela quiser. Para mim é maravilhoso e tranquilo. É um ato de amor e de troca”, frisou.
As mães e os bebês participaram de uma aula de ioga ministrada pela professora Levine Carvalho, que falou sobre os benefícios da ioga para as mães.
“A ioga traz concentração e tranquilidade para as mães. É um momento que elas têm e se permitem ficar bem com os bebês bem juntos. É muito importante. Fortalece o vínculo mãe e bebê, e as crianças adoraram. Foi muito boa a experiência. Eles se concentraram e ficaram bem tranquilos”, finalizou.
O HMI (Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth) tem investido cada vez mais em ações que visem garantir humanização para as gestantes e recém-nascidos atendidos na unidade.
Nas questões relacionadas à assistência em saúde aos povos originários, a atenção tem mais nuances, uma vez que é preciso respeitar as particularidades de cada etnia. Só este ano, a unidade realizou 1.311 partos de mulheres indígenas.
Para garantir o conforto necessário para as mães indígenas, o Materno-Infantil passou a contar com redários para que elas se sintam mais perto de suas tradições.
De acordo com o coordenador da Saúde Indígena do HMI, Aharon Macuxi, a internação das mulheres indígenas era muitas vezes prolongada por causa de constantes dores lombares causadas pelo não costume de dormir em camas.
“Nosso objetivo é diminuir essa permanência das pacientes aqui na unidade, aumentar o conforto e bem-estar delas, porque é a cultura que elas vivenciam nas comunidades”, explicou.
As primeiras pacientes a usufruir dos redários são da etnia Yanomami e não falam português, mas em conversa com a técnica em enfermagem, Karolayne Martiles, as usuárias mostraram sua gratidão pelo ambiente mais acolhedor.
“As dores lombares eram algo que elas sempre colocavam em pauta e retardavam o tratamento delas. A mãe que está conosco alegou que agora está mais confortável, se sentindo amparada e em casa, elas gostaram tanto das redes que querem levar consigo para a Casai [Casa de Saúde Indígena]”, relatou a intérprete.
ATENÇÃO INDÍGENA
A coordenação de Saúde Indígena atua desde 2019 realizando o acolhimento de gestantes e puérperas dentro da Maternidade. O encaminhamento das pacientes ocorre tanto através do Dsei-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami) quanto pelo Dsei-L (Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste).
Além disso, há mulheres que procuram atendimento de forma espontânea, onde a paciente chega direto da comunidade sem o assessoramento de entidade ligada à causa indígena.
A unidade conta com uma equipe técnica em enfermagem com conhecimento básico da língua materna e que o mesmo cuidado se estende a alimentação das pacientes, respeitando a cultura de cada uma delas.
“Nós já conquistamos bastantes coisas [desde 2019], como a coordenação em si, temos um cantinho reservado para elas aguardarem o transporte da Casai. Temos servidores voltados para a visão da saúde indígena que somam na coordenação, além de uma alimentação voltada para a cultura delas”, destacou o coordenador.
A Sesau (Secretaria de Saúde) emitiu nesta semana um comunicado de risco para que autoridades dos municípios do Estado reforcem ações de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.
O alerta foi encaminhado às secretarias municipais de saúde após a confirmação de dois casos de Dengue Tipo 3 em Bonfim, cidade brasileira que faz fronteira com a Guiana.
“Estaremos em alerta máximo, intensificando o monitoramento e a articulação dos municípios com o objetivo de fortalecer a vigilância das arboviroses no nosso Estado”, destacou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde do Estado, Valdirene Oliveira.
Outro fator que fez com que a Sesau elevasse o alerta para todo o Estado foi a constatação de aumento de casos de arboviroses em praticamente todos os municípios.
Os dados do mais recente LIRAa Nacional (Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti) apontaram alto risco para arbovirose nos municípios de Alto Alegre (12,5%), Mucajaí (10,0%), Caracaraí (8,8%), Amajari (8,2%), Cantá (8,0%), Bonfim (7,4%), Rorainópolis (7,1%), Boa Vista (6,3%), São João da Baliza (5,7%), São Luiz (4,4%) e Caroebe (4,2%).
Apresentaram médio risco os municípios de Iracema (2,5%), Normandia (2,5%) e Uiramutã (1,6%), enquanto a única cidade classificada como baixo risco para arbovirose foi Pacaraima (0,8%).
Ainda segundo a CGVS, de janeiro a julho deste ano, já foram notificados 1.457 casos suspeitos de dengue e 283 de chikungunya, representando um aumento de 74% no número de casos de dengue quando comparado ao mesmo período de 2022; e de 101% no número de casos de chikungunya quando comparado com 2022.
“O percentual de LIRAa aqui no nosso Estado de Roraima foi de 6,6%, ou seja, alto risco, com 12 municípios suscetíveis a uma epidemia de Dengue. Vale destacar que o principal depósito favorável para a proliferação do Aedes Aegypti são aqueles passíveis de remoção, como lixo, depósitos de água, entre outros”, ressaltou Valdirene.
MEDIDAS EM EXECUÇÃO PELO ESTADO JUNTO AOS MUNICÍPIOS
- Implantação da vigilância de outras arboviroses em Roraima, com a identificação da circulação de outros vírus, como Febre Mayaro e Oropouche, uma vez que já foram identificados 44 casos de Oropouche e 02 de Mayaro.
- Fortalecimento da vigilância das arboviroses na fronteira de Bonfim e na cidade de Lethem na Guiana, ajudando a identificar o risco de ocorrência de casos de dengue em Roraima, devido a identificação de casos confirmados de Dengue (sorotipo DENV3), devido ao alto fluxo de pessoas para compras e turismo na cidade vizinha
- Capacitação das equipes de campo do município de Caracaraí
- Reunião técnica nos municípios de Iracema e Mucajaí.