A imunização contra a dengue em Roraima foi iniciada no fim de fevereiro deste ano e, mesmo com a recente orientação do Estado para a ampliação da faixa etária a ser vacinada, a adesão da população ainda é considerada baixa.
Conforme o Núcleo Estadual do PNI (Programa Nacional de Imunização), órgão subordinado à Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, apenas 7.027 doses foram aplicadas até o presente momento. O Estado recebeu 20.670 doses de imunizante do Ministério da Saúde.
“Essa ampliação de faixa etária visa otimizar as doses que já se encontram disponíveis. A princípio, a faixa etária atendida era de 10 a 14 anos, mas devido à baixa procura da população, o Estado ampliou esse público para até 59 anos”, destacou a apoiadora do PNI, Naiade Bezerra.
A vacinação é uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública para a promoção da saúde, controle e eliminação de doenças imunopreveníveis. Por esse motivo, é indispensável que as pessoas se conscientizem da importância de manter a cobertura vacinal contra a doença.
A otimização de doses é outro motivo para a ampliação do público-alvo, visto que algumas doses podem se perder por razão de vencimento.
“Além de proteger as pessoas, a vacina contribui para a proteção da saúde pública, reduzindo não só os riscos de internações graves, mas também os óbitos. O Aedes Aegypti é o transmissor da doença, nós estamos no período em que a proliferação desse mosquito é alta, e é por esses motivos que é necessário pensarmos em nos proteger contra isso”, completou Naiade.
A busca pela excelência no atendimento em saúde começa com profissionais preparados tecnicamente. E essa sempre foi uma preocupação da atual gestão da Sesau (Secretaria de Saúde).
Somente entre maio e junho deste ano, a Sesau promoveu 37 oficinas técnicas para profissionais de saúde que atuam na Policlínica Coronel Mota, sendo 20 atividades de atualização, 10 palestras e sete treinamentos.
“Nesses últimos dois meses conseguimos preparar mais de 50 profissionais. Mas a nossa meta é atingir a totalidade dos nossos servidores. Vamos assegurar que estão sempre se capacitando e preparados para oferecer o melhor atendimento, e que a sociedade também perceba a qualidade e a excelência do nosso serviço”, afirmou o gerente do Núcleo de Educação Permanente da unidade, Francisco Oliveira.
Todo esse trabalho contou ainda com o apoio da Comissão de Ética e Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do Coronel Mota.
Enfermeira do Bloco B, Nívia Ramos participou de algumas palestras e oficinas oferecidas pelo NEP. Ela destacou a importância das atividades para todo o corpo de trabalhadores da unidade.
“Moramos em um Estado que é distante do centro do Brasil, então a oportunidade que temos de ser qualificados, de melhorar o nosso atendimento, é de suma importância, não só para nós, mas para os pacientes também. Apesar de ter feito o treinamento na época de ser estudante da universidade, vamos perdendo o manejo”, ressaltou.
A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, iniciou nesta quarta-feira, dia 19, as ações da 1ª Oficina de Preparação para o Plano de Resposta aos Desastres relacionados ao Período Chuvoso em Roraima.
“É uma preparação do setor de saúde, principalmente nas áreas de vigilância, para responder às consequências que serão desencadeadas pelo período de chuvas”, destacou o gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres, Guaracy Cabral.
A atividade de hoje foi direcionada a representantes da saúde dos municípios de Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Normandia, Pacaraima e Uiramutã. O segundo dia será destinado a profissionais de Caracaraí, Caroebe, Iracema, Mucajaí, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz do Anauá.
O intuito da oficina é prevenir o aumento de casos de doenças e assegurar que a população não fique desassistida pelas equipes de saúde. Por isso, a parceria com a Defesa Civil e a vigilância municipais é de grande importância.
Para a coordenadora da Defesa Civil do município de Amajari, Francisca das Chagas Soares, é necessário que todos tenham o mínimo de conhecimento sobre desastres em saúde.
“Quando se fala de desastre, falamos muito de defesa civil de desastres, mas nunca de desastres em saúde. Então, para nós, isso é muito novo e abre um leque de informações que precisamos levar para dentro dos nossos municípios, e define como vamos proceder quando ocorre um desastre em saúde”, ressaltou.
O HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) iniciou no sábado, 22, o terceiro mutirão de cirurgias de artroplastia total de quadril. No período, que segue até o dia 30 de junho, serão operados 30 pacientes.
“Espero que ela melhore cada vez mais e que possa ter a mobilidade recuperada”, disse a servidora pública Natalie Rodrigues, que está acompanhando a paciente Juliana Karyne Rodrigues, que passou pelo procedimento.
Juliana Karyne foi uma das participantes do mutirão de cirurgias de artroplastia total de quadril, um sonho de muitos pacientes da ortopedia que desejam alcançar qualidade de vida e mobilidade.
“Ela sentia muitas dores, a perna travava, estalava e fazia com que ela sentisse muitas dores”, relembrou a companheira de Juliana.
Há dois meses, a paciente deu entrada nos exames para passar pela cirurgia, procedimento que se tornou necessidade após ter a mobilidade comprometida por conta de um desgaste da cabeça do fêmur.
“A cirurgia foi bem sucedida, ela [Juliana] foi muito bem atendida pela equipe dos médicos e enfermeiros. Graças a Deus hoje está tendo alta e esperamos que ela melhore cada vez mais”, afirmou Natália.
SOBRE O PROCEDIMENTO
De acordo com o médico cirurgião, Pedro Ivo Ferreiro, a artroplastia total de quadril é um procedimento utilizado para corrigir a artrose de quadril, um problema físico caracterizado pelo desgaste da articulação do quadril.
Na grande maioria dos casos, o problema provoca intensa dor, limitando a movimentação do quadril.
“É uma cirurgia que coloca uma prótese de quadril em pacientes que têm um desgaste, chamado de artrose no quadril. São pacientes normalmente com uma situação clínica ruim, porque ele tem dor, ele tem limitação e é funcionalmente inativo”, completou Ferreiro, que destacou que mais 200 desses procedimentos foram realizados no HGR em menos de dois anos.
Para o médico, os mutirões são de grande importância, visto que estão dando mais celeridade às filas de cirurgias ortopédicas.
“[Antes], os pacientes precisavam entrar no Programa de TFD [Tratamento Fora do Domicílio], e ocorriam em outros Estados. Hoje, realizar essas cirurgias é um ganho, principalmente para o paciente, para a qualidade de reabilitação, qualidade de vida e para o resultado final, ao fazer a cirurgia no local que ele reside”, ressaltou o médico.
RESULTADOS POSITIVOS
Em um ano e seis meses, a Sesau (Secretaria de Saúde) realizou mais de 5 mil cirurgias ortopédicas, além de 17.563 atendimentos ambulatoriais.
“Estamos conseguindo, na parte da ortopedia, especificamente falando do quadril, praticamente zerar [a fila de cirurgias]. Hoje um paciente que dá entrada no serviço, ele passa por todo processo normal de atendimento, solicitação de cirurgia, autorização da secretaria e execução, está demorando em torno de dois, três meses”, destacou o ortopedista.
A Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com a Coordenação de Vigilância do Óbito e Nascimento do município de Boa Vista, promoveu nesta quarta-feira, dia 19, o curso de Investigação de Óbitos Maternos, Mulheres em Idade Fértil, Infantil e Fetal.
Voltado para técnicos de sistemas de informação e coordenadores de Vigilância Epidemiológica dos 15 municípios e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, a atividade foi realizada no auditório da CGVS, nos turnos matutino e vespertino.
A gerente do Núcleo dos Sistemas de Informações em Saúde e Vigilância do Óbito do Estado, Janete Xavier, destacou a Vigilância do Óbito como instrumento investigativo indispensável para fortalecer a aplicação de políticas públicas na saúde.
"Faz-se a investigação de óbito para fins epidemiológicos, para saber se essa morte poderia ou não ser evitada, ajudando na aplicação de políticas públicas. Ou seja, se a morte ocorreu por falta de assistência, se houve alguma negligência médica, podendo ter sido evitada", informou.
Fazem parte do monitoramento da Vigilância do Óbito Materno, Mulheres em Idade Fértil, Infantil e Fetal as mortes de recém-nascidos com menos de um ano, gestantes e mulheres com idades entre 9 a 49 anos.
"Todos os municípios têm Vigilância do Óbito. Nós temos os sistemas SIM [Sistema de Informação sobre Mortalidade] e Sinasc [Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos], e estamos aqui para reforçar, relembrar o que precisamos fazer continuamente, o que precisa ser mudado e como vamos fazer isso", destacou a enfermeira e membro da Coordenação de Vigilância do Óbito e Nascimento de Boa Vista, Samira Torres.
Outro benefício da atividade é a troca de conhecimentos que fortaleçam as atividades desempenhadas por cada responsável por alimentar os dados, visto que hoje há uma rotatividade dentro dos setores que operam os sistemas de informações do óbito.
"É através das educações permanentes que conseguimos abranger esses profissionais que estão chegando nos municípios há pouco tempo. Aqueles que estão há mais tempo vão compartilhando as experiências que já viveram dentro da Vigilância do Óbito e dos sistemas de informação", completou Samira.