A constituição da Escola Estadual de Saúde Pública de Roraima foi tema de reunião entre Sesau (Secretaria de Saúde) e Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) realizada no dia 27 de setembro, na sede da pasta, no bairro Aeroporto.

O encontro contou com as presenças da secretária de Saúde, Cecilia Lorenzon, do técnico do Conass, Haroldo Pontes, e da Coordenadora Geral de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da Sesau, Johanne Pontes.

“A educação em saúde é um elemento fundamental e estruturante para o nosso sistema único de saúde. Nós ousamos em constituir um sistema de saúde com várias características, e para alcançar esses objetivos, temos apoiado a estruturação de escolas de saúde pública”, explicou Haroldo Pontes.

Atualmente, segundo o técnico do Conass, o Brasil dispõe de 21 escolas de saúde pública vinculadas às secretarias estaduais de saúde, sendo a de Minas Gerais a mais antiga de todas.

“São estruturas que fazem parte das secretarias de saúde e tem como objetivo atender com agilidade aquilo que o estado entende como prioridade de formação, baseado no método de trabalho pedagógico de educação permanente, cujas as secretarias têm obrigação de executar”, reforçou.  

Durante a reunião, foi definida agenda de oficinas, ainda em 2024, para a formalização da Escola.

“Serão duas oficinas que ocorrerão ainda este ano para a construção do projeto de transformação da ETSUS-RR [Escola Técnica do SUS em Roraima] em Escola de Saúde Pública. Elas contarão com a participação de profissionais de diversas áreas de atuação, com datas previstas para final de outubro e final de novembro, e o principal objetivo é construir e entregar um projeto que aproxime ensino, serviço e comunidade, beneficiando diretamente os trabalhadores do SUS e os usuários do SUS”, salientou Johanne Pontes.

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JORNALISTA: Leandro Freitas e Minervaldo Lopes

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau

Fundamental na detecção precoce de doenças, o teste do pezinho é instrumento indispensável para a sobrevivência de recém-nascidos. No entanto, esse importante exame está suspenso no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth desde o início de junho deste ano.

Segundo o Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Criança, departamento vinculado à Coordenadoria Geral de Atenção Básica da Sesau (Secretaria de Saúde), o repasse de amostras para o Laboratório Guthrie foi suspenso em razão da não renovação do contrato da empresa com a Prefeitura de Boa Vista, que é a responsável por encaminhar os insumos para as Unidades Básicas de Saúde e maternidade da rede estadual.

“Em decorrência da assinatura do Termo de Compromisso firmado com a Sesau e o Ministério Público, em maio de 2022, ficou definido que a oferta do insumo, a coleta e o encaminhamento dos exames  para o laboratório, seja das UBS ou da rede de saúde do Estado, é de responsabilidade do município de Boa Vista, e de julho até agora, temos encontrado várias instabilidades e relação a realização do teste, desde a suspensão do envio para o laboratório que faz as análises até a falta do insumo para a realização do teste na maternidade”, destacou a coordenadora da CGAB, Cinthia Brasil.

Além do primeiro termo de compromisso, Estado e município também firmaram acordo referente ao Programa Nacional de Triagem Neonatal, com vistas a garantir o acesso dos pacientes ao programa.

“Os resultados de exames para aqueles que já se submeteram ao teste não estão retornando, e isso nos preocupa muito, pois o teste do pezinho é muito importante para a saúde. É por meio dele que é possível diagnosticar e identificar várias doenças, que tratadas oportunamente garante qualidade de vida para essas crianças”, frisou

ALERTAS REITERADOS

Cinthia Brasil acrescentou ainda que alertou a Prefeitura de Boa Vista acerca dos impactos da suspensão do teste, por meio de um email encaminhado à SAE (Superintendência Atenção Especializada) do município. O mesmo pedido foi reiterado no mês seguinte, com envio de dois ofícios, mas não houve nenhuma manifestação por parte da Prefeitura de Boa Vista sobre o assunto.

Segundo ela, foi somente no dia 22 de agosto que a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a suspensão da realização do exame desde o dia 05 de julho, que o último envio de amostras ocorreu no dia 1º de julho, e que ainda tinham um passivo de 1.176 testes armazenados.

Tal situação ocasionou o acionamos o Ministério da Saúde, sendo realizada uma reunião de entendimentos para a mitigação do problema no dia 02 de setembro deste ano.

Para a coordenadora da CGAB, embora a Secretaria Municipal de Saúde tenha alegado insuficiência de recursos enviados pelo Ministério da Saúde para o custeio dos testes para garantir a cobertura de todos os municípios, nada justifica essa suspensão.

Ademais, segundo ela, a própria Secretaria informou que o laboratório iria analisar as amostras que estavam retidas, além de reforçar que estava negociando a retomada da testagem, ficando ciente apenas a abertura de um edital para credenciamento de um novo laboratório para prestar o serviço.

“Nesse momento, a Maternidade está sem insumos que são de responsabilidade do município de Boa Vista, a gente tem tentado diálogo nesses dias últimas semanas, por meio da nossa área técnica, mas não obtivemos retorno quanto a retomada do envio do material para a unidade”, completou.

TESTES REALIZADOS

É importante esclarecer ainda que os testes realizados na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, entre agosto e setembro, ocorreram graças a insumos remanejados de municípios do interior. Entretanto, já há uma preocupação sobre a indefinição de repasse por parte da Prefeitura, dada a grande demanda existente no Estado.

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JORNALISTAS: Leandro Freitas e Minervaldo Lopes

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau

O Ministério da Saúde e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Amazonas, com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde), deram início nesta terça-feira, 1º, ao treinamento sobre o uso da tafenoquina no tratamento de pacientes contra a malária.

Voltada para profissionais que atuam no atendimento a indígenas assistidos pelo DSEI Leste (Distrito Especial Sanitário Indígena do Leste), a atividade segue até a quinta-feira, 3, no auditório da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), no bairro São Francisco.

“Esse protocolo vem para facilitar o tratamento, principalmente da população indígena. Um primeiro treinamento já foi realizado com o DSEI Yanomami e agora essa ampliação com o DSEI Leste. Com essa nova rotina, teremos a possibilidade de tratar a malária de forma mais adequada, principalmente para esse público que é nômade, que é migrante, que não tem uma boa adesão a um tratamento mais longo”, afirmou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde da Sesau, Valdirene Oliveira.

A realização da ação vem de encontro com as necessidades de melhorar a proteção da população contra a doença, principalmente contra o tipo Vivax. Segundo o próprio MS, 99% dos casos de malária no Brasil estão concentrados nas unidades federativas que compõem a Amazônia Legal, com o Amazonas e Roraima apresentando as maiores incidências da doença.

“A estratégia que estamos trabalhando é uma inovação no tratamento da malária, que é a introdução da tafenoquina, que é feita em dose única, em associação com a cloroquina, que reduz o tempo de tratamento do tipo Vivax”, salientou a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da SVSA/MS (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde) Alda Cruz.

Os benefícios do uso da tafenoquina no tratamento da malária Vivax são inúmeros, mas o principal deles é a redução do tempo, que cai de 7 para apenas 3 dias, segundo informou o gerente do Núcleo de Controle da Malária em Roraima, Gerson Castro.

“A tafenoquina é um privilégio para o Brasil, pois ela não é usada nem na América Latina, nem na América Central. Então, nós da Amazônia somos privilegiados com o uso dessa medicação, iniciando pelo DSEI Yanonami, por conta da emergência em saúde, e agora nós passamos a fazer esse mesmo protocolo com o DSEI Leste, e vamos expandir esse protocolo para os municípios a partir de março do ano que vem”, frisou o gerente do Núcleo de Controle da Malária no Estado, Gerson Castro.

Ao todo, segundo a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena na Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Putira Sacoena, o treinamento conta com a participação 65 profissionais do DSEI Leste, e a intenção da parceria é ampliar esse número para 200 profissionais. 

“Para nós, enquanto saúde indígena, esse treinamento é muito importante, até porque a gente sai do DSEI Yanomami e vem para o DSEI Leste, que é uma outra realidade. Porém, juntamente com a SVSA [Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde] e Governo de Roraima, a gente consegue organizar toda uma logística e treinamento para melhorar a qualidade do atendimento nos territórios e diminuir a mortalidade por malária”, pontuou.

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JORNALISTA: Minervaldo Lopes

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau

Servidores do Pronto Atendimento Cosme e Silva foram contemplados nesta segunda-feira, 30, com uma programação especial voltada para celebrar os 28 anos de serviços prestados pela unidade em prol da população.

Inaugurado no dia 12 de setembro de 1996, por meio da Portaria Nº 1.346-E, a unidade é uma das principais referências do Estado no atendimento de urgência e emergência, tendo iniciado suas atividades como Centro de Saúde José Cosme e Silva.

De lá para cá muita coisa mudou, exceto o empenho dos profissionais em atender as demandas dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), sobretudo, os moradores da zona Oeste da Capital, Boa Vista.

“Comemoramos com um culto ecumênico para a família Cosme Silva e hinos para louvar e agradecer ao senhor Deus por mais um ano de Cosme Silva. Tivemos um café da manhã comunitário, então todo mundo confraternizou nesse momento especial”, destacou a diretora geral do Cosme Silva, Moema Gonçalves.

Situado na Rua Delman Veras, no bairro Pintolândia, o Cosme e Silva realiza, em média, mais de 600 atendimentos diários. Parte dessas demandas também é oriunda da população migrante e comunidades indígenas.

“Nós atendemos toda a demanda dessa área de Boa Vista, pacientes de muita gravidade que conseguimos solucionar, pacientes que não são atendidos na unidade básica e vem procurando atendimento”, ressaltou Moema.

Um dos clínicos gerais mais conhecidos do Estado, Ruben Valdivia faz parte da equipe do Cosme e Silva desde a inauguração. Ele lembra com orgulho das transformações que vivenciou ao longo dos anos.

“Antigamente aqui parecia um posto de saúde. [Depois] inauguramos com medicina, ginecologia, pediatria e odontologia. Esse bairro era bem pequenininho, não tinha nem asfalto, aí foi cada vez progredindo um pouco mais, aumentando as instalações, aumentando médicos, eu fui o primeiro plantonista aqui”, lembrou.

Outra servidora que se declarou contente por fazer parte da equipe do Cosme e Silva foi a auxiliar de enfermagem Ruth Rodrigues. Ela iniciou o trabalho na unidade há 27 anos, como auxiliar de farmácia, e em 2004 passou no concurso da saúde.

“A princípio era só esse pedaço, depois construíram mais esse aqui na frente, e assim ele foi crescendo aos pouquinhos e hoje está essa unidade de médio porte. Eu gosto muito da enfermagem, dos diretores que têm passado por aqui, inclusive agora a doutora Moema”, destacou.

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JORNALISTA: Suyanne Sá

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau