Como parte das ações da campanha Outubro Rosa em Roraima, a Sesau (Secretaria de Saúde) levará os atendimentos do Saúde Itinerante para o Centro de Referência de Saúde da Mulher Maria Luiza Castro Perin.
Voltada para o público em geral, a programação inicia na próxima segunda-feira, 21, estendendo-se até o dia 25. A unidade fica situada na avenida Capitão Júlio Bezerra, 1632, bairro Aparecida.
A ação tem como objetivo sensibilizar as mulheres quanto à importância de prevenir o câncer de mama e de colo do útero, conforme ressalta a diretora geral do CRSM, Taynah Barbosa.
“É importante que todas as mulheres realizem o autoexame. Detectou qualquer alteração, devem buscar o atendimento com mamografia a partir dos 40 anos, além dos exames ginecológicos como preventivo, ultrassom transvaginal, para qualquer detecção de doença prévia. Quanto antes detectar, melhor chance de cura, melhor prognóstico”, disse.
SERVIÇOS DISPONÍVEIS
No Consultório Odontológico Itinerante, a população terá acesso a serviços de limpeza, aplicação de flúor, restauração e extração dentária, enquanto a Unidade Móvel de Saúde da Mulher Itinerante oferece consultas ginecológicas, exames preventivos, mamografia e ultrassonografias mamária, pélvica e transvaginal.
“Buscamos melhorar o atendimento no Outubro Rosa com essa iniciativa e para tentar zerar a fila de mamografia. Atenderemos a demanda espontânea que dificulta o agendamento, e com a nossa unidade móvel na hora ela chega com seu documento e vai conseguir fazer esse atendimento”, reforçou o diretor do Departamento de Ações Programáticas de Saúde Itinerante da Sesau, Genival Ferreira.
Para ter acesso aos atendimentos, é necessário apresentar os documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.
AGENDA
Na última semana de outubro será a vez das unidades atenderem a população do bairro Calungá, onde os serviços ficarão disponíveis no pátio da Cerr (Companhia Energética de Roraima), na avenida Presidente Castelo Branco, 1163, bairro Calungá.
Assegurar saúde para toda a população, proporcionando a assistência adequada aos 15 municípios do Estado. Esse é o trabalho da Sesau (Secretaria de Saúde), por meio de investimentos em imunização.
De acordo com informações do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações, órgão subordinado à Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, a Sesau repassou 1.417.000 doses de imunobiológicos de rotina e imunobiológicos especiais para as prefeituras municipais e Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
“Temos o objetivo de eliminar, erradicar e controlar as doenças imunopreveníveis. É necessário que toda a população do nosso Estado busque o serviço mais próximo de sua residência. As vacinas são seguras, elas passam por todo o teste de segurança antes de ser aprovada para todo o público”, afirmou a enfermeira do NEPNI, Danyele Aparecida.
Além disso, segundo o NEPNI, foi realizada a supervisão pedagógica de todos os municípios de Roraima para atuação em salas de vacina e na rede de frios, melhorando o correto uso dos imunizantes.
“O Programa Nacional de Imunizações está implantando em todos os nossos municípios e investe para que esses imunobiológicos cheguem em qualidade aos usuários”, completou.
PREFEITURAS SÃO RESPONSÁVEIS PELA VACINAÇÃO
As prefeituras municipais são responsáveis pela execução das campanhas junto ao público-alvo, cabendo aos gestores a adoção mais adequada de medidas que possibilitem atingir o maior número de pessoas possíveis.
De janeiro a outubro deste ano, foram administradas cerca de 500.000 doses de imunobiológicos.
“As vacinas chegam do Ministério da Saúde para o nosso Estado e cabe a nós [Sesau] enviar e levar até os municípios todas as doses que a gente recebe do Ministério”, destacou Danyele.
É importante reforçar ainda que os pais de crianças menores cinco anos procurem uma Unidade Básica de Saúde (postos de saúde) para realizar a atualização do Cartão de Vacina.
ATUAÇÃO DO ESTADO
Cabe à Sesau realizar reunião com os municípios para apresentação das orientações técnicas e operacionais para o desenvolvimento da estratégia de vacinação em Roraima, como também o apoio técnico para o planejamento das atividades de vacinação, incluindo a construção de plano de ação municipal de estratégia de vacinação.
Além disso, a orientação quanto à necessidade de identificação e notificação de Eventos Supostamente Atribuídos à Vacinação ou Imunização, pelos profissionais de saúde dos municípios, e, com isso, a entrega do imunobiológico e insumos, para execução da vacinação no município.
A Sesau também faz o monitoramento semanal das doses aplicadas pelos municípios e realiza orientações técnicas para os Coordenadores Municipais da Atenção Básica e responsáveis pela imunização nos municípios para inserção de doses no sistema, correção de erros de registro e sugestão de atividades que possam melhorar a adesão da população à vacinação.
DIA NACIONAL DA VACINAÇÃO
O Dia Nacional da Vacinação é uma data criada para promover a importância da imunização no controle de epidemias no Brasil, sendo celebrada anualmente no dia 17 de outubro.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, mais de 3 milhões de pessoas são salvas a cada ano, graças às vacinas. Elas evitam que várias doenças deixem de ser problemas de saúde pública.
Ao induzirem uma resposta do sistema imunológico o mais semelhante possível àquela que ocorreria em caso de infecção, as vacinas fazem com que o organismo reconheça e combata o agente infeccioso.
Além de proteger, as vacinas criam uma barreira entre as pessoas imunizadas que não deixam a doença se aproximar de indivíduos vulneráveis, que estão com a imunidade baixa, em tratamento de quimioterapia, por exemplo, ou bebês que ainda não têm idade para ser vacinados.
O Ministério da Saúde estabelece metas de vacinação, calculadas pela transmissibilidade da doença e a eficiência da vacina, entre outros fatores. Se essa quantidade for atingida, a população estará protegida contra as enfermidades imunopreveníveis.
Atualmente, 48 imunobiológicos são distribuídos anualmente pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), sendo parte delas disponibilizadas em salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde, com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Crianças nascidas no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, e Maternidade Thereza Monay Montessi, em Rorainópolis, poderão ser registradas na própria unidade, conforme o local de residência dos familiares.
Com isso, o Estado se torna o primeiro em todo o país a interligar os cartórios de todos os municípios. A iniciativa é fruto da união entre Sesau (Secretaria de Saúde), CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Anoreg (Associação dos Notários e Registradores do Estado de Roraima), Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social) e Seedis (Secretaria Extraordinária de Promoção, Desenvolvimento e Inclusão Social), além das comarcas do Poder Judiciário do Estado de Roraima.
“A Maternidade já conta há algum tempo com a unidade interligada dos cartórios. Temos o projeto Colo de Mãe, que faz todo o acolhimento às mães que já tiveram os bebês nos alojamentos conjuntos, incentivando, sensibilizando os paizinhos para que eles saiam já daqui com seus filhos registrados” afirmou o diretor Administrativo do HMI, Edgar Hoover.
Mais facilidade para registrar os recém-nascidos
Em ambas as unidades, o recém-nascido já sai com a Certidão de Nascimento, RG e CPF em mãos, além de teste de triagem neonatal (Olhinho, Pezinho e Coraçãozinho) e vacinas em dia.
Com o acréscimo do serviço, as mães podem escolher entre duas competências para o Registro Civil, local de nascimento ou local da residência da mãe.
“Às vezes a mãe não registra na Capital porque quer registrar na região próxima onde você mora, e acabava voltando para a sua região e não realizava o registro. Então começamos a perceber que havia essa discrepância, principalmente quando eram relacionadas a pessoas do interior do estado”, explicou a presidente da Anoreg, Kennya Távora.
Moradora do município de Caracaraí, na região Centro-Sul, Arlessa Oliveira veio de ambulância acompanhando sua filha para ser atendida na Maternidade de Boa Vista.
Por ser uma avó de sua primeira netinha, ela destaca a facilidade que a novidade trouxe para o registro de crianças no Estado.
“Eles passam para avisar nos blocos se queremos registrar na Maternidade, era só ir ao cartório da unidade. Onde eu moro tem cartório, mas têm muitos lugares que não têm, e vir aqui no cartório [da Maternidade] já facilita a vida de muita gente”, destacou a dona de casa.
No HMI, o setor de Registro de Nascimentos atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30. Para fazer o registro é necessário a Declaração de Nascido Vivo e o RG do pai ou da mãe, além da Certidão de Casamento quando a paciente é casada.
No caso de paciente indígena, é fundamental a apresentação de certidão emitida pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
“Se os pais forem casados, a mãe sozinha poderá registrar com o nome do pai apresentando a certidão de casamento. Se forem divorciados, a certidão de divórcio com averbação, se não são casados o pai deve estar presente para o registro”, acrescentou a presidente da Anoreg.
O estado de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), foi uma das unidades federativas da Região Norte que recebeu da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a certificação de metas atingidas nos OKRs (Objetivos e Resultados-chave, do inglês Objectives and Key Results).
Conforme a gerente do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar e Segurança do Paciente, Suelen Belo, a solenidade de certificação foi realizada no início de outubro em Brasília. A pactuação da iniciativa com os Estados do Norte ocorreu em outubro de 2023.
“No caso de segurança do paciente e controle de infecções foram elencados dois objetivos para cada região do Brasil. A Região Norte tinha os seus objetivos e Roraima recebeu os certificados neste ano, durante a reunião nacional, atestando que o Estado conseguiu alcançar as metas pactuadas no ano passado”, destacou.
O reconhecimento da Anvisa significa um marco para a saúde de Roraima, uma vez que reafirma que as unidades hospitalares do Estado estão empenhadas em desenvolver as melhores práticas de controle de infecções e em segurança do paciente, reforçando o engajamento da atual gestão da Sesau em alcançar as metas nacionais de vigilância sanitária.
“Toda assistência à saúde pode gerar uma infecção ou um dano. Isso é um fator inegociável, erros humanos podem acontecer e o que nós priorizamos é que isso não aconteça. Então, todas as formas de prevenção e controle são importantes para evitar que esses eventos aconteçam ou que sejam reduzidos ao mínimo possível. Por isso é importante reforçar as melhores práticas em segurança do paciente e controle de infecções”, frisou Suelen.
A organização de ações de controle da febre amarela na região de fronteira será tema de uma reunião entre técnicos da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde), membros da equipe técnica de Saúde do Município de Bonfim e autoridades da Guiana.
O encontro ocorre após o Estado confirmar o segundo caso do tipo silvestre em 2024, em um paciente de 13 anos, residente da comunidade de Awarewanau Village, no país vizinho.
Segundo informações do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, o paciente manifestou os primeiros sintomas compatíveis com a febre amarela no dia 30 de setembro, sendo transferido do Hospital de Lethem para o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), em Boa Vista.
A confirmação da doença pelo Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima) ocorreu no dia 11 deste mês. O paciente encontra-se em tratamento, com bom estado clínico, sob os cuidados da equipe de infectologia do HGR.
“A equipe de Infectologia do HGR prontamente organizou todo o protocolo de manejo deste paciente, incluindo a notificação e coleta de exames. Após isso, o paciente foi para a UTI e está respondendo bem ao tratamento”, ressaltou a gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, Rosângela Santos.
O primeiro caso de febre amarela silvestre deste ano foi identificado em março. O paciente, de 17 anos, morador de uma região próxima à cidade de Lethem, foi tratado e acompanhado pelos profissionais do HGR, seguindo todos os protocolos previstos pela CGVS, recebendo alta após cura.
VACINA É NECESSÁRIA
Diante da confirmação de mais um caso importado, a Sesau alerta a população sobre a necessidade de se vacinar contra a doença. O imunizante está disponível em qualquer Unidade Básica de Saúde.
“É importante informar para toda a população que a melhor e maior prevenção é a vacina. Neste período de compras, em que ocorre a caravana de todos os municípios, inclusive de outros estados para Lethem, é necessário que as pessoas tenham tomado a vacina contra a febre amarela pelo menos 15 dias antes de viajar”, explicou Rosângela.
A gerente informa ainda que a população pode ajudar a fortalecer a vigilância da febre amarela comunicando às autoridades sanitárias caso encontre animais (macacos ou bichos-preguiça). A vigilância de epizootias é essencial para evitar casos em humanos.
“Se você viu um macaco morto ou doente, avise as autoridades de endemias do seu município para que as medidas necessárias sejam providenciadas. Isso não significa que ele esteja transmitindo, mas ele é o nosso alerta de que o vírus da febre amarela está circulando”, ressaltou.