O Ministério da Saúde deu início na manhã desta segunda-feira, dia 16, às atividades do Seminário sobre febre Oropouche do Brasil. O evento segue até esta terça-feira, 17, em Vitória, no Espírito Santo. O evento discute aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados à vigilância e assistência em saúde dos casos de infecção pelo vírus da doença.
“Dada a importância da doença no cenário nacional e a reemergência da Oropouche a partir de 2022, com os números [de casos] apresentando crescimento significativo, tanto na Região Amazônica, quanto em outros estados, várias ações foram realizadas ao longo de 2 anos. Roraima, assim como outros estados, foi convidado a participar do evento por apresentar resultados [positivos] relacionados à identificação de casos de Febre Oropouche”, afirmou a gerente do NFCAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela) e Dengue da Sesau (Secretaria de Saúde), Rosângela Santos.
Durante o evento serão abordados aspectos relacionados aos óbitos possivelmente associados ao vírus, com intuito de definir esclarecimentos que auxiliem na conclusão das investigações e classificação final dos casos.
“Temos a participação desses dois representantes, um destacando as ações da Vigilância Epidemiológica e controle de vetores do Estado, e a outra focará em absorver os conhecimentos relacionados à assistência do paciente com Oropouche”, pontuou Rosângela.
Representam o Estado de Roraima o técnico do NCFAD, Joel Lima, e a médica infectologista da Rede Estadual de Saúde, Dra. Alessandra Martins.
O Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), emitiu nessa quinta-feira, 12, nota técnica com definição de caso suspeito, procedimentos e fluxos referentes à meningite em Roraima.
A atualização das rotinas de controle da doença no Estado tem como principal finalidade atualizar e informar os profissionais de saúde que atuam em toda a rede SUS, seja ela unidade hospitalar ou unidade de atenção primária à saúde.
“A nota aborda a situação epidemiológica no Brasil e no estado de Roraima, a cobertura vacinal e traz a definição de casos suspeitos de meningite, a importância da notificação imediata, orientações da investigação e fluxo laboratorial, coleta e o envio de amostras aos laboratórios de referência, bem como a atualização da quimioprofilaxia para os casos indicados”, explicou a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde do Estado, Valdirene Oliveira,
De acordo com o documento, 26.132 casos de meningite foram notificados no Brasil no ano de 2023, dos quais 16.445 foram confirmados, representando 62,9% do total. Este ano, o número de notificações foi menor, com 15.580 casos, dos quais 8.357 foram confirmados, o que equivale a 53,6%.
Já em Roraima, entre 1º de janeiro de 2019 e 9 de dezembro deste ano, foram confirmados 195 casos da doença, com 50 confirmados para meningite bacteriana (25,6%).
No início deste mês, a Sesau emitiu alerta para que os 15 municípios reforcem as estratégias de vigilância e controle contra a meningite, após a notificação de três casos suspeitos.
As notificações ocorreram nos municípios de Rorainópolis, que notificou casos em um jovem de 18 anos e em uma criança de 10 anos; e Boa Vista, que confirmou o óbito de uma mulher de 52 anos.
Quanto à cobertura vacinal, segundo a CGVS, a meta de imunização preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%, não foi alcançada nos últimos cinco anos, aumentando os riscos de ocorrência da doença.
Em 2019, taxa de vacinação da Pentavalente foi de 64,39%, subindo para 77,23% em 2020; 52,08% em 2021; 60,61% em 2022; 71,88% em 2023; e 76,97% até o dia 9 de dezembro de 2024.
Entre os municípios, apenas Boa Vista, Iracema, Pacaraima e São João da Baliza alcançaram o percentual de imunização preconizado pelo Ministério da Saúde.
A Sesau (Secretaria de Saúde) foi uma das instituições parceiras do Incra Itinerante, evento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Roraima que levou uma série de serviços para o município de Cantá.
Iniciada na terça-feira, 10, a ação foi realizada na Escola Municipal Barbosa de Alencar, na Vila São José. O encerramento das ações do evento ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira, 11.
Pela Sesau, os moradores tiveram acesso à palestras sobre saúde da mulher, saúde mental e física, importância da realização de exames preventivos e as atribuições e serviços que são desenvolvidos pelas Atenção Primária e Atenção Especializada à Saúde, além de distribuição de autotestes para HIV e preservativos masculinos e femininos.
Ao todo, mais de 130 pessoas participaram das palestras e 68 autotestes de HIV foram distribuídos.
“Conjunto a isso, tiramos as dúvidas da população quanto à marcação de consultas e sobre os fluxos. Apresentamos os serviços online do site e WhatsApp da Ouvidoria do SUS, para que eles não precisem mais se deslocar até a Capital para tirar dúvidas. O resultado foi satisfatório para nós como saúde”, destacou o coordenador da Comissão Permanente de Sindicância e PAD, Adriano Coelho.
Responsável por atender as demandas por sangue de hospitais das redes pública e privada do Estado, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) recebeu na manhã desta sexta-feira, 13, a visita de estudantes do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Antônio Carlos da Silva Natalino, localizada no bairro Jóquei Clube.
Na ocasião, os jovens conheceram de perto o trabalho realizado pelo Hemoraima, por meio do projeto “Doar Sangue, Salva Vidas”, uma iniciativa que visa sensibilizar estudantes das escolas de Roraima para a importância da doação de sangue, reforçando a ideia de que uma única contribuição é capaz de salvar até quatro vidas.
"A importância da sensibilização é exatamente essa: trabalhar a perspectiva do por que você está ajudando o próximo. É compreender que quem precisa de sangue está buscando algo essencial e vital. Quando trabalhamos com esses alunos, estamos formando futuros doadores que vão compreender que a doação pode ser feita várias vezes ao longo do ano, e não apenas uma vez", destacou a assistência Social do setor de Captação de doadores do Hemoraima, Hellen Bessa.
A importância da sensibilização é justamente essa: fazer com que as pessoas reflitam sobre o motivo pelo qual estão ajudando o próximo. É. Ao trabalharmos com esses alunos, estamos formando futuros doadores que entenderão que a doação pode ser realizada várias vezes ao longo do ano, e não apenas uma única vez.
A visita ao Hemoraima também é parte de um esforço contínuo para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação regular de sangue.
De autoria da própria escola, o projeto “Doar Sangue, Salva Vidas” surgiu há três anos a partir de uma iniciativa da professora de Biologia, Nara Pereira, que ressalta a importância de trabalhar a temática junto à comunidade estudantil.
“Esses meninos estão doando de coração mesmo, não tem nada de pontinho não, é de coração mesmo, isso é muito lindo. Nós estamos aqui para servir e eu estou bem feliz e eu espero muito que eles adotem o hábito de doar sangue, a sementinha foi plantada”, reforçou.
Entre os estudantes, a empolgação e o aprendizado foram visíveis. Alana Pereira Lima, de 18 anos, foi uma das participantes que ficou encantada com a visita.
“É muito legal a parte onde eles dividem o sangue, eu não sabia que tinha essa divisão de sangue, pensava que era tudo junto. Meu maior intuito é ajudar pessoas, eu acho muito lindo quem doa sangue, então estou vindo aqui pela primeira vez doar e vou tentar ser uma doadora consecutiva”, pontuou.
Endereço e contato
O Hemoraima está localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3418, bairro Aeroporto, ao lado do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento. O horário de funcionamento da unidade é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h.
Para mais informações sobre doações de sangue, o telefone de contato é (95) 98404-9593.
O Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, referência no acolhimento de mães e recém-nascidos em Roraima, registrou avanços significativos na eficiência e segurança dos serviços após a execução do Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP), uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC).
Iniciado em abril de 2023, a iniciativa avaliou pontos essenciais para o bom funcionamento da Maternidade, sobretudo na ampliação da assistência e segurança do paciente durante o período de internação, auxiliando na otimização de leitos de internação, aumentando a oferta de vaga em unidade hospitalar para a população.
Nesta terça-feira, dia 10, uma cerimônia de conclusão das ações do projeto foi realizada em um hotel de Boa Vista, e marcou o fim de um ciclo de 21 meses de trabalho iniciado em abril de 2023. Durante esse período, foram realizadas ações de reestruturação dos processos hospitalares, focando na assistência e na segurança do paciente, o que resultou na otimização de leitos e no aumento da oferta de vagas na unidade hospitalar.
Os resultados do projeto demonstram uma evolução significativa na conformidade dos serviços prestados. A “Taxa de Conformidade Geral”, que mede a eficiência no atendimento ao paciente, passou de 15% para 58,9%, uma alta de 43,9 pontos percentuais entre a avaliação inicial (abril de 2023) e a final (novembro de 2024).
A gerente de Responsabilidade Social do HAOC, Nídia Souza, destacou o cenário inicial e a transformação ao longo do projeto. “Ao realizar o diagnóstico inicial, encontramos processos frágeis em termos de segurança do paciente. Agora, com as ações implementadas, estruturamos os processos junto à equipe da Maternidade para garantir partos mais seguros”, afirmou.
A infraestrutura também ganhou destaque. Quanto às unidades de internação, a taxa saiu de 6% em abril de 2023 para 96,8% em novembro de 2024. Da mesma forma houve um crescimento expressivo na taxa de conformidade sobre a UTI Neonatal, subindo de 25,8% para 90,7%. E o Centro Cirúrgico, por sua vez, estava com 23,4% e encerra o ano de 2024 com 78,7% de conformidade.
A secretária de Saúde, Cecilia Lorezon, também ressaltou os avanços obtidos. “Por meio do PROADI-SUS, realizamos a revisão de fluxos e protocolos, identificando nossas fragilidades. No início, o cenário era crítico, mas hoje estamos mais fortalecidos, com mais de 50% de conformidades nos processos”, declarou.
Em uma transmissão virtual, o secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Junior, disse que o RHP é essencial para o fortalecimento da saúde pública. “Estamos buscando a ampliação da atenção primária e a qualificação da atenção especializada. Projetos como este fortalecem o SUS em todo o Brasil, especialmente nas regiões de fronteira”, complementou.
Para o diretor Geral da Maternidade, Manuel Roque, o projeto RHP finalizou no papel, mas enquanto gestão hospitalar, haverá continuidade. “Vamos dar continuidade, visto que os ajustes realizados como fluxos e protocolos impactaram positivamente na Maternidade, fazendo nossos indicadores ficassem positivos. Essa é uma conquista da equipe do HMI”, reforçou.