A Sesau (Secretaria de Saúde) reuniu órgãos públicos estaduais e federais nesta terça-feira, 18, para iniciar a primeira escuta dos indígenas que ocupam o espaço onde será feita a nova Maternidade. Localizado no bairro Dr. Silvio Botelho, o espaço hoje é um ginásio esportivo desativado desde 2016 e passou a ser uma ocupação de indígenas venezuelanos imigrantes que não são assistidos pela Operação Acolhida.
Nesse momento de escuta participaram também a Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Ministério Público Federal, Procuradoria Geral do Estado, Secretaria de Povos Indígenas, e ainda órgãos não governamentais, como a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
"Estamos aqui hoje realizando uma audiência para poder comunicar a eles dos projetos que a Sesau possui atualmente em andamento, que é a construção de uma futura maternidade, tentar sensibilizá-los da importância dessa obra e também construir algumas alternativas viáveis para a realocação dessa comunidade para algum outro espaço", explicou o coordenador de Assuntos Normativos da Sesau, Matheus Lima Melville.
A consulta faz parte de um compromisso legal para garantir que os povos indígenas sejam ouvidos antes da execução de projetos que possam impactar as famílias. O processo é assegurado por convenções e tratados, reforçando a necessidade de diálogo entre os órgãos públicos e a população indígena.
"A escuta da comunidade é muito importante, porque decorre de convenções, acordos e tratados internacionais relacionados aos povos indígenas, é um processo necessário e nós possibilitamos que eles apresentem, ao poder público, as demandas deles para que busquemos alternativas de atendê-los da melhor forma", complementou.
A nova estrutura será construída em uma área estratégica da Zona Oeste, facilitando o acesso da população aos serviços de saúde materno-infantil e beneficiando também a comunidade indígena.
"A localização é privilegiada, fica em um bairro muito populoso da Zona Oeste e que pode trazer uma oferta de serviços para as mãezinhas e os bebês dessa comunidade aqui, até mesmo atendendo aos indígenas", destacou Melville.
A CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde) deu início, nesta terça-feira, 18, à Oficina de Qualificação Técnica sobre a Construção do Plano de Contingência e Estrutura de Resposta. A atividade seguirá até quinta-feira, 20 e é voltada principalmente para profissionais das áreas de planejamento e resposta.
Estão participando representantes de instituições como a Sesau, o Conselho Estadual para a Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CEPDE/RR), o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Leste e Yanomami, a Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Secretaria Municipal de Saúde.
O objetivo da oficina é definir um plano que contemple as responsabilidades de cada organização, as prioridades e medidas iniciais a serem adotadas, além de detalhar a alocação de recursos para situações emergenciais em saúde pública. As principais prioridades serão: dengue, febre amarela, influenza e manejo de desastres naturais, como inundações e secas.
Segundo Valdirene Oliveira, coordenadora geral da CGVS, o plano busca organizar o processo de preparação, resposta e alerta em todas as áreas da saúde. "Nos permite nos preparar para agir em situações de urgência, emergência, surtos e epidemias de qualquer natureza", afirmou.
O gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres, Guaracy Cabral, ressaltou que o objetivo das reuniões é estruturar a resposta do setor de saúde em Roraima, em parceria com outras instituições, para enfrentar possíveis emergências em saúde pública.
"Já vivenciamos o cenário de uma pandemia de Covid-19, quando houve uma articulação similar entre as instituições. Agora, precisamos de um documento norteador, e o plano de contingência é essencial para que possamos planejar, responder e recuperar os territórios atingidos", explicou.
A Sesau (Secretaria de Saúde) recebeu nesta sexta-feira, 14, cinco novos sindicantes que irão compor a Comissão Permanente de Sindicância e PAD (Processo Administrativo Disciplinar).
A iniciativa busca garantir que os processos administrativos da Sesau ocorram de maneira transparente e reforça ainda o compromisso com a legalidade, a ética e a transparência nos processos internos, garantindo que os servidores tenham os direitos assegurados e que os serviços públicos sejam prestados com qualidade e responsabilidade.
“Isso dá mais segurança para o servidor devido ao processo legal, que se trata do servidor responder e ter direito, tanto ao contraditório quanto à defesa. Para nós é muito importante que não atuemos como um setor punitivo, mas sim como setor de segurança e transparência”, afirmou o coordenador do setor de Sindicância da Sesau, Adriano Coelho.
Para os novos sindicantes, essa experiência representa um desafio significativo e uma oportunidade de contribuir para a melhoria dos serviços prestados à população.
“Minha expectativa realmente é enfrentar esse novo desafio, desafio esse que tem que ser superado porque é para um bem maior, é para a melhoria do serviço no Estado. Então, todo o processo de reciclagem, de cursos, de aprendizado é importante porque o final é o que realmente importa, é continuar o serviço de saúde com a excelência do Estado”, afirmou a fisioterapeuta Pédira Lima de Albuquerque.
Março é um mês de celebração para as mulheres e reforça a necessidade de cuidados com a saúde feminina. A endometriose é uma das doenças que mais afeta o público feminino, atingindo uma a cada 10 mulheres.
Segundo a ginecologista Vanessa Gama Cavalcante, especialista no tratamento da endometriose no Centro de Referência em Saúde da Mulher Maria Luiza Castro Perin, o diagnóstico pode levar até uma década para ser identificado corretamente, e isso se deve, muitas vezes, à normatização dos sintomas.
“A cólica, dor na hora da relação, aumento do volume do sangramento, muitas pessoas acham que isso é normal. Tanto pacientes quanto médicos normatizam isso, não investigam, e a mulher passa muito tempo sem o diagnóstico correto. Inclusive, pode ser assintomática; a pessoa pode ter endometriose e não apresentar nenhum sintoma”, afirmou a especialista.
Outros sintomas variam e podem incluir dores intensas, alterações intestinais no período menstrual e infertilidade. O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética.
O tratamento é realizado clinicamente, envolvendo mudanças no estilo de vida, como boa alimentação e atividade física, além do uso de medicações hormonais e suplementos para reduzir a inflamação. A cirurgia é indicada apenas em casos específicos.
“A grande maioria das mulheres consegue tratar clinicamente sem precisar de cirurgia. Na verdade, tentamos até evitar, porque pode acontecer de a paciente precisar de mais de uma cirurgia ao longo da vida”, explica a especialista.
A endometriose é uma doença que se desenvolve fora do útero, afetando outros órgãos da região pélvica e causando inflamações. Por isso, é importante destacar que, em casos de cirurgia, não se retira o útero, pois essa não é uma solução definitiva para a condição, já que os focos da doença podem continuar ativos em outras áreas. A cirurgia, quando necessária, tem o objetivo de remover as lesões.
“Essa cirurgia é para retirar os focos visíveis que estão crescendo fora do útero, mas não é sempre que a paciente precisa, e, na verdade, são casos específicos, uma minoria dos casos”, esclarece a médica.
FLUXO DE ATENDIMENTO
A ginecologista Vanessa reforça a importância de que as mulheres que suspeitam da doença busquem orientação médica e garantam um diagnóstico precoce, essencial para a qualidade de vida e o bem-estar.
“As pacientes que têm queixas de cólicas, que atrapalham sua vida, não devem acreditar que aquilo é normal na vida delas, então têm que procurar ajuda”, alertou.
A primeira etapa é buscar atendimento em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), onde a investigação pode ser iniciada e, se necessário, a paciente será encaminhada para um especialista.
“O médico do posto de saúde é habilitado a iniciar essa investigação, e, ao realizar o diagnóstico, pode encaminhar para um ginecologista fazer esse acompanhamento. O ginecologista pode ser do próprio município ou aqui no Centro de Referência, no ambulatório de ginecologia, onde também fazemos esse acompanhamento clínico da endometriose”, acrescentou.
O Centro de Referência de Saúde da Mulher Maria Luiza Castro Perin fica situado na Avenida Capitão Júlio Bezerra, 1632, bairro Aparecida. Para informações sobre consultas ambulatoriais, estão disponíveis os telefones (95) 98416-6166 e (95) 98410-2664.
Para melhorar a infraestrutura, o abastecimento e o atendimento nos hospitais do Estado, a Sesau (Secretaria de Saúde) realizou nesta quarta-feira, 12, a primeira visita do Gabinete Itinerante.
Duas semanas após assumir a gestão da Sesau, a secretária Adilma Lucena está colocando em prática o Gabinete Itinerante, que tem como objetivo aproximar a gestão estadual da rotina nas unidades hospitalares.
A iniciativa prevê visitas para verificar o abastecimento de insumos e medicamentos, além de ouvir diretamente os profissionais de saúde e os pacientes das unidades acerca de infraestrutura e atendimento.
A primeira edição ocorreu no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, a maior unidade hospitalar do Estado, e contou com a participação do governador Antonio Denarium.
A secretária e o governador não anunciavam precisamente a visita e percorreram diferentes setores do hospital, dialogando com equipes médicas, servidores e pacientes para entender as principais dificuldades, inclusive, toda a equipe almoçou no refeitório do HGR, momento em que foi anunciada a revitalização do espaço pelo governador.
“Estamos almoçando aqui no HGR para verificar a qualidade da comida e aproveito a oportunidade para anunciar a revitalização do refeitório do HGR”, disse Denarium, ao acrescentar que o local é destinado aos servidores que fazem as refeições fornecidas pelo HGR durante o plantão.
De acordo com Adilma, em alguns casos, por impossibilidade logística, a gestão superior não tem como verificar as informações que chegam, e é muito difícil para o profissional que está no serviço de plantão buscar a administração para resolver um problema.
“O Gabinete Itinerante busca tornar a gestão mais acessível e eficiente, garantindo que as demandas das unidades de saúde sejam atendidas com maior rapidez”, disse.
A diretora-geral do HGR, Patrícia Renovato, destacou a importância dessa aproximação da Secretaria de Saúde com as unidades hospitalares, e ressaltou que a presença da secretária facilita a resolução de problemas.
“Tratando diretamente com a secretária, ela vindo à unidade e conhecendo os problemas, conhecendo as melhorias, nós conseguimos evoluir mais, trazendo mais retorno e, consequentemente, melhor benefício aos pacientes”, afirmou.
A expectativa da diretora é que a iniciativa contribua para a modernização dos serviços e para a ampliação dos atendimentos oferecidos no HGR e em outras unidades hospitalares do Estado.
“A expectativa é que o hospital continue evoluindo, que tenha inovações. Tecnologia, saúde, que os serviços que ainda não existem no hospital venham a ser implementados e os que já existem, que sejam melhor estruturados e fiquem realmente efetivos, um exemplo são as cirurgias cardíacas”, acrescentou Patricia Renovato.