O teste do pezinho é um dos diversos exames que os recém-nascidos devem realizar nos primeiros dias de vida para garantir que tenham um desenvolvimento saudável.
Para sensibilizar as famílias sobre a importância desse exame, foi criado no dia 06 de junho de 2007 o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A data foi instituída por meio da Lei nº 11.605, dando origem à campanha Junho Lilás.
De janeiro a maio deste ano, 2.096 exames foram realizados em bebês nascidos no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, considerada como a principal referência no atendimento materno no Estado.
“O teste do pezinho faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal, sendo vital a sua realização para detectar várias patologias. Aqui no estado, o exame detecta até sete doenças que podem comprometer o crescimento de recém-nascidos”, destacou a técnica de enfermagem do HMI, Priscila Roland.
Com o primeiro filho no colo, a contadora Carla Mendonça, de 22 anos, revelou que dentro da unidade recebeu boas instruções, entre elas, a importância de levar o bebê para fazer o exame.
“Trouxemos o Theo [o bebê] logo para fazer o teste, que é muito importante nesse momento. Os médicos foram super atenciosos, explicaram tudo certinho e foi bem tranquilo”, ressaltou.
SOBRE O EXAME
O teste do pezinho deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido e é feito com sangue coletado do calcanhar do bebê. Permite identificar doenças graves metabólicas, enzimáticas e hereditárias, como o Hipertireoidismo Congênito, que é quando a glândula tireóide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônio.
Outras doenças detectáveis pelo exame incluem a Toxoplasmose Imunoglobulina M Neonatal (infecção no sistema nervoso e tecidos muscular e conjuntivo), a Tripsina Imuno Reativa (possível fibrose cística), o Hormônio Tireoestimulante e a Fenilcetonúria (doença do metabolismo).
Inclui também as Hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue), a Dosagem de Fenilalanina (associados a deficiência enzimática), 17 Alfa Hidroxi Progesterona Neonatal (doença genética autossômica) e a Deficiência Biotinidase (doença metabólica hereditária).
SERVIÇO
É importante lembrar que antes da alta hospitalar, as mães de recém-nascidos da Maternidade devem procurar a sala do teste do pezinho, que fica próxima a recepção. O teste também pode ser feito em qualquer posto de saúde do município.
Em alusão ao Junho Vermelho, mês que busca sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) deu início na manhã desta terça-feira, 06, à campanha “Super Doador”.
Realizada em parceria Liga Acadêmica de Semiologia e Clínica Médica da UFRR (Universidade Federal de Roraima), a iniciativa foi direcionada para a classe acadêmica e servidores que trabalham no Campus Paricarana. A ação se estenderá até a quarta-feira, dia 07.
“Estamos realizando esse evento, reativando a nossa unidade de coleta móvel. Estaremos aqui para captar pessoas tanto para a coleta quanto para doação de sangue e doadores de medula óssea”, explicou a enfermeira do setor de Captação de Doadores do Hemoraima, Liliana Bezerra.
Todo o processo de triagem de doadores está sendo realizado por meio da unidade móvel Expresso Coleta de Sangue do Hemoraima. A ideia é integrar a comunidade acadêmica no engajamento de ações que visem o bem-estar de pacientes que necessitam de sangue.
“A ideia da ação Super Doador surgiu da necessidade do abastecimento do banco de sangue, mas principalmente da consciência de que nós, enquanto acadêmicos de Medicina, temos a responsabilidade com a saúde da população”, ressaltou a presidente do Lasec/UFRR, Carol Maia.
Militar da Aeronáutica, Alexandre da Silveira já é doador de longa data graças à influência da filha. Ele tomou conhecimento da campanha pela sobrinha e não perdeu a oportunidade de marcar presença no evento.
“Já sou doador e achei bem legal ter uma unidade móvel, fiquei sabendo dessa campanha através da minha sobrinha que é acadêmica do curso de Medicina”, pontuou.
Com a finalidade de sensibilizar a sociedade em geral sobre a importância da doação de sangue, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) dará início às atividades da unidade móvel Expresso Coleta de Sangue.
A primeira atividade do novo serviço será realizada em parceria com a Liga Acadêmica da Clínica Médica e Semiologia da UFRR (Universidade Federal de Roraima), em evento programado para acontecer na próxima semana, no bloco de medicina que fica no Campus Paricarana.
“Nós estaremos na UFRR, nos dias 6 e 7, pela manhã e tarde, para realizar esse evento de coleta de sangue. É uma iniciativa em parceria com o curso de Medicina e a Liga de Semiologia, e estaremos presentes com nossa equipe para realizar 80 coletas nesses dois dias de ação”, explicou a enfermeira da captação de doadores da unidade, Liliana Bezerra.
Ela ressaltou ainda que qualquer pessoa que esteja acompanhando a ação, mesmo não sendo estudante de medicina, pode estar contribuindo com o reforço no estoque de sangue, que atualmente encontra-se em baixa devido a queda no comparecimento de doadores.
“O evento está sendo realizado em parceria com o curso de medicina, mas também está aberto a todos os outros cursos que queiram participar”, completou.
QUEM PODE DOAR?
Para ser um doador de sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto.
“Os doadores entre 16 e 17 precisam ter autorização legal de um responsável legal. Também é importante estar bem descansado, ter dormido bem, não ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior, não ter fumado nas duas horas antes que antecedem a doação de sangue”, reforçou a enfermeira.
Se encaixando nesses critérios, o doador é cadastrado e encaminhado para uma entrevista, para em seguida passar por uma triagem. Não havendo nenhum impedimento, ele é encaminhado para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
DOAÇÃO DE MEDULA
Além da questão da doação de sangue, a equipe do Hemoraima também fará a captação de voluntários para o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
Para se tornar um doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, além de não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
O interessado preenche um formulário de cadastro que será inserido no Redome, depois é feito coleta de uma amostra de sangue de 5 ml que será enviado para um laboratório de análise. Caso seu sangue seja compatível com algum paciente, o paciente será chamado para fazer a coleta de uma segunda amostra, que ocorrerá em outra cidade. Todas as despesas da viagem são custeadas pelo SUS, com direito a um acompanhante.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Início das atividades do Expresso Coleta de Sangue do Hemoraima
Datas: 06 e 07 de junho de 2023;
Horário: Das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h;
Local: Bloco de Medicina da UFRR;
Endereço: Campus Paricarana, avenida Ene Garcez, 2413, bairro Aeroporto.
Dando continuidade às ações do Programa de Cirurgia Bariátrica, a Sesau (Secretaria de Saúde) realizou a aquisição de novos equipamentos cirúrgicos para o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), principal unidade hospitalar do Estado.
Ao todo, o valor investido na aquisição dos equipamentos é da ordem de R$3.395.695,22 oriundo de emenda parlamentar do ex-deputado federal Haroldo Cathedral. A iniciativa vai beneficiar os portadores de obesidade mórbida que se encontram na fila única do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Esses novos equipamentos visam garantir a promoção da saúde, prevenção de agravos e tratamento das pessoas com sobrepeso e obesidade. A meta é atender além da fila do SUS, que são mais de 300 pessoas”, destacou a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon.
Entre os mais de 6 mil materiais e equipamentos adquiridos estão: grampeadores, carga de endogrampeador, pinça seladora, trocater sem lâmina, sonda de faucher esofageal, agulha de veress para pneumiperitônio.
QUALIFICAÇÃO
A fim de melhor atender os pacientes que serão submetidos às cirurgias bariátricas, as equipes do centro cirúrgico do HGR (Hospital Geral de Roraima) passaram por um treinamento para o uso do novo material.
O treinamento iniciou na última quarta-feira, 24, e contou com a participação de mais de 300 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos e a equipe do CME (Central de Medicamentos e Esterilização). A atividade encerrou na tarde do dia 25.
“A qualificação das equipes é imprescindível, tanto para manter o bom funcionamento do material, do equipamento, como na celeridade durante as cirurgias”, afirmou a diretora de enfermagem do HGR, Joelma Rebouças.
O sócio diretor da Suprimed [distribuidora de produtos médicos, cirúrgicos e hospitalares], João Paulo Lino, conta que os equipamentos são os mais avançados da área e novidade no Estado.
“O intuito desse treinamento é apresentar os produtos que serão utilizados nesse projeto da bariátrica, tanto descartáveis como os permanentes, e fazer com que os colaboradores do HGR tenham conhecimento e possam fazer o melhor uso possível”, disse.
A técnica em enfermagem do CME, Claudenice da Silva Leite, trabalha na organização e limpeza. Ela destaca que o treinamento trará benefícios nas rotinas realizadas por todos os profissionais da unidade.
“Eu acredito que esse treinamento será muito importante no dia a dia das nossas atribuições no setor, como montar os materiais, o processo de esterilização também”, pontuou.
A Sesau (Secretaria de Saúde) foi uma das instituições que participaram da audiência pública “Cannabis Medicinal – Pela Garantia do Tratamento e Acesso a Medicamentos à Base de Canabidiol”, promovida nesta quinta-feira, 1º, pela ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima).
Proposta pela deputada Catarina Guerra, a iniciativa tratou de discutir os preconceitos relacionados ao tema, bem como enfatizar os benefícios de medicamentos que utilizam a substância o tratamento doenças, além da necessidade de assegurar a sua distribuição pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Esse assunto hoje é extremamente importante, uma vez que já há tratamentos que já são consolidados, principalmente doenças neurológicas, com o uso dessa substância”, afirmou o secretário-adjunto da Sesau, Edson Castro.
O uso do canabidiol para tratamento de patologias vem sendo fortemente discutido no país desde 2015, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação de produtos com a substância.
No fim do ano passado, o assunto voltou a ser debatido em âmbito nacional após o Governo de São Paulo sancionar uma lei que garante a distribuição de medicamentos à base de Cannabis na rede pública de Saúde.
De acordo com Edson, a Sesau já está com grupo de discussão para viabilizar o atendimento de pacientes do Estado, restando apenas acertar os protocolos que norteiam a questão.
“A Sesau havia se antecipado a esse assunto, já tem um grupo formado por farmacêuticos, médicos e técnicos, realizando estudos que viabilizem a aquisição de medicamentos com essa substância para uso pelo Sistema Único de Saúde. O governador Antonio Denarium está de acordo e não há nada que possa impedir o tratamento ou fornecimento desse tipo de medicação para a população”, disse.
Estudante de psicologia, Márcia Barbosa convive com as limitações causadas pela poliomielite desde os seis anos de idade. Hoje, com 54 anos, ela entende a importância da discussão não só para ela, mas também para outros pacientes que dependem do acesso a esse tipo de medicamento.
“Quando você começa a compreender como funciona o processo dessas substâncias no cérebro, isso daí já é uma derrubada de barreira surpreendente, e quanto ao SUS, essa questão de dar a oportunidade de acesso seguro e de qualidade a esse medicamento é muito importante”, declarou.