A Sesau (Secretaria de Saúde) recebeu esta semana a Oficina do PlanificaSUS, voltada para os profissionais de saúde, com foco no pré-natal e na redução da mortalidade materno-infantil.
O PlanificaSUS tem como objetivo principal apoiar secretarias de saúde estaduais e municipais na implantação da PAS (Planificação da Atenção à Saúde), fortalecendo o papel da APS (Atenção Primária à Saúde) e da AAE (Atenção Ambulatorial Especializada) na organização da Rede de Atenção à Saúde. Dentre as estratégias propostas para isso está a disponibilização de cursos de apoio.
A ação, que encerrou nesta quarta-feira, 26, integra o Ministério da Saúde e o Hospital Albert Einstein, visando melhorar a atenção à saúde nas unidades básicas e no Centro de Referência em Saúde da Mulher.
Durante a oficina, a equipe da Sesau e os profissionais dos municípios da região Centro-Norte estiveram reunidos para discutir a organização dos serviços de saúde e otimizar o atendimento das pacientes gestantes.
“A oficina tem como objetivo principal a organização dos processos de trabalho das equipes de saúde, tanto no ambulatório quanto nas unidades de saúde da mulher, para garantir uma melhor qualidade no atendimento das mulheres, especialmente das grávidas, com foco no pré-natal de risco habitual e de alto risco”, afirmou a coordenadora-geral de Atenção Básica da Sesau, Cinthia Brasil.
Para a diretora do Centro de Referência em Saúde da Mulher, Taynah Almeida, a oficina foi uma oportunidade importante para retomar o trabalho de planejamento com o objetivo de diminuir a mortalidade materna e infantil em Roraima. Desde outubro do ano passado o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth não registra mortalidade materna.
“O plano de cuidado é compartilhado entre a unidade básica e o Centro de Referência, garantindo que as gestantes continuem seu acompanhamento tanto no ambulatório quanto nas unidades de saúde. O compromisso com a saúde pública e com a melhoria do atendimento à gestante é fundamental para evitar que, ao chegar à maternidade, a gestante e o bebê estejam em uma situação de risco que poderia ter sido evitada com intervenções oportunas”, complementou.
A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), iniciou nesta quarta-feira, 26, uma Oficina sobre as Diretrizes para a Eliminação da Aids enquanto problema de Saúde Pública no Brasil até 2030.
A oficina faz parte do Programa Brasil Saudável: Unir para Cuidar, lançado pelo Governo Federal, que visa enfrentar problemas sociais e ambientais que afetam a saúde de pessoas em maior vulnerabilidade social.
O evento está ocorrendo até quinta-feira, 27, no Ceforr (Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação do Estado de Roraima), e recebeu representantes das Coordenações de Vigilância e Atenção Primária dos municípios de Roraima. Também participaram a Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), a Sejuc (Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania), a Operação Acolhida, organizações da sociedade civil e organismos internacionais.
“Para a construção do plano de enfrentamento e de eliminação do HIV é essencial a participação de todos esses profissionais, os próprios profissionais de saúde que elaboram seus planos de ação. A vigilância assume essa responsabilidade de finalizar juntamente com todos esses profissionais e representações, vamos apresentar para a secretária e começar a trabalhar com os municípios nesse propósito’, afirmou a coordenadora geral da CGVS, Valdirene Oliveira.
O Programa tem como meta a eliminação de 11 doenças e 5 infecções de transmissão vertical enquanto problemas de saúde pública. Em relação à epidemia de AIDS, a meta é ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, destas 95% em tratamento e das em tratamento, 95% com carga viral controlada
“Os profissionais de saúde têm um papel fundamental em todas as etapas, desde o diagnóstico, tratamento e condução do cuidado de saúde. Eles são responsáveis por elaborar o plano de cuidado para essas pessoas e, além disso, fazem o acompanhamento da adesão ao tratamento. Eles são essenciais, pois vivenciam tanto o diagnóstico quanto o tratamento e a prevenção, sendo, portanto, fundamentais para o sucesso dessa ação”, explicou a gerente do Núcleo de Controle das IST/AIDS, Jaqueline Voltolini.
O Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Família, em parceria com o Ministério da Saúde, deu início à Oficina de Apresentação e Manejo da Estratégia e-SUS APS (Atenção Primária à Saúde) versão 5.3 e suas novas funcionalidades.
A oficina ocorre nos dias 20 e 21, no IERR (Instituto de Ensino de Roraima), reunindo representantes dos 15 municípios do Estado, com o objetivo de aprimorar o uso do sistema, que tem sido cada vez mais essencial para a gestão da Atenção Primária à Saúde.
Segundo a gerente do Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Família, Bruna Silva, a iniciativa busca oferecer suporte técnico aos municípios e apresentar o sistema para os novos gestores.
“A tecnologia digital é um recurso estratégico para levar os serviços de saúde mais próximos dos cidadãos, além de promover a integralidade do cuidado e ampliar o acesso à assistência de qualidade. Então, o prontuário eletrônico veio para acabar com os papéis, que às vezes se perdiam, e agora ele fica salvo, não se perdendo mais informações sobre aquele paciente”, afirmou a gerente.
O e-SUS APS permite a informatização dos serviços, garantindo mais eficiência no registro e monitoramento dos atendimentos. Entre os avanços, o sistema possibilita a adoção do prontuário eletrônico, eliminando o uso excessivo de papel e facilitando o acesso às informações do paciente de qualquer local.
“A ideia é qualificar a informação produzida pelas equipes e pelos profissionais, além de fortalecer a gestão da Atenção Primária, para que o Estado consiga analisar esses dados para qualificação e identificar o planejamento das ações no âmbito da saúde, em especial da atenção primária”, destacou a técnica do MS, Priscila Nunes.
Para os profissionais que atuam diretamente nos municípios, a atualização no manejo do sistema é essencial para esclarecer dúvidas sobre o uso do mesmo no dia a dia. O enfermeiro Cleudson dos Santos, coordenador da Atenção Básica de Mucajaí, enfatizou como a oficina auxilia na resolução de dificuldades práticas.
“A verdade, eu diria que é um dos temas mais importantes, porque o e-SUS é justamente o prontuário eletrônico, a ferramenta que nós, enfermeiros e técnicos, utilizamos todos os dias. A necessidade dessa capacitação é justamente para tirar algumas dúvidas do nosso dia a dia”, ressaltou.
Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, que será celebrado no dia 24 deste mês, a Secretaria de Saúde está intensificando as ações de combate à doença, incluindo qualificações, encontros estratégicos e mobilizações comunitárias.
Nesta quinta-feira, 20, a CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), por meio do Núcleo de Controle da Tuberculose, realizou um encontro com gestores municipais, representantes da Saúde Indígenas, Sistema Prisional e das unidades hospitalares, para discutir estratégias e atualizar os fluxos de atendimento da tuberculose no Estado.
Em Roraima, no ano de 2024 foram notificados 539 casos de tuberculose, sendo 481 casos novos. Este ano, de janeiro a fevereiro, 65 casos da doença foram notificados.
Segundo a gerente do Núcleo, Rosangela Santos, destacou a importância da mobilização social e do papel das equipes de saúde na identificação de casos suspeitos.
“Roraima é um dos Estados que tem a maior incidência para tuberculose, e nós temos alguns municípios que têm uma incidência bem maior do que a do Estado, como Amajari, Alto Alegre, Boa Vista, Normandia e Pacaraima. Essa incidência é influenciada por alguns fatores como a população indígena e imigrantes também”, afirmou a gerente.
Com um coeficiente de incidência superior à média nacional, o Estado tem adotado medidas para fortalecer a detecção precoce e o tratamento adequado, fundamentais para o controle da tuberculose.
A população também será envolvida nas ações de conscientização, que incluem a busca ativa de casos suspeitos pelas equipes de estratégia de saúde da Família em todos os municípios.
“Antes do paciente procurar o serviço, que o serviço procure esse paciente para fazer um diagnóstico da tuberculose. No programa de tuberculose nós trabalhamos com busca ativa, onde tenho que sair do da minha Unidade Básica de Saúde e ir buscar o caso suspeita, não posso ficar no meu centro de saúde esperando que esse caso suspeita apareça”, ressaltou Rosangela.
Sobre a doença
A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer também outros órgãos ou sistemas. A transmissão ocorre pelo ar, por meio da tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas sem tratamento.
Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa no final do dia, suor noturno, emagrecimento, cansaço e falta de apetite.
A Sesau reforça que a tuberculose tem cura e que a conscientização da população é essencial para reduzir a transmissão e garantir o controle da doença no Estado.
A melhor forma de prevenção é a vacina BCG, oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e aplicada logo após o nascimento, além de hábitos como manter ambientes ventilados, cobrir a boca ao tossir e seguir corretamente o tratamento, que dura seis meses.
O atendimento para diagnóstico e tratamento da tuberculose é disponível em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde). O tratamento é gratuito e essencial para a cura, sendo fundamental que o paciente siga todas as etapas, pois a interrupção da medicação pode tornar a bactéria resistente aos medicamentos.
O HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) reforça a importância do diagnóstico e tratamento precoce da disfagia, condição que afeta a deglutição e pode trazer sérios riscos à saúde, como desnutrição, desidratação e pneumonias recorrentes.
Na quinta-feira, 20, o setor de fonoaudiologia da unidade realizou uma panfletagem e um momento de sensibilização em alusão ao Dia Nacional de Atenção à Disfagia.
Segundo a coordenadora do setor, Emanoela Gomes, o tratamento adequado pode reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
“A disfagia é a dificuldade para deglutir alimentos líquidos, pastosos, sólidos ou até mesmo a saliva, nos casos mais graves. Alguns pacientes com sequelas neurológicas apresentam maior predisposição para desenvolver a disfagia”, afirmou a especialista.
Entre as principais causas estão sequelas de doenças neurológicas, tumores, traumas e complicações decorrentes de intubação prolongada ou do uso de sondas de alimentação. Os sintomas mais comuns incluem tosse ou engasgos durante as refeições, sensação de alimento preso na garganta, dor ao engolir e perda de peso.
O serviço de fonoaudiologia do HGR atua há mais de 15 anos, realizando cerca de 70 a 90 atendimentos mensais, totalizando aproximadamente 1.800 procedimentos anualmente.
Atualmente, o HGR conta com uma equipe de 10 profissionais fonoaudiólogos, que atendem pacientes nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e nas enfermarias do hospital. São acompanhadas pessoas que passaram por intubação, traqueostomia ou que necessitam de sonda alimentar, sendo submetidas a uma avaliação inicial para identificar a presença de disfagia. Caso a condição seja diagnosticada, é iniciado o acompanhamento terapêutico diário, conforme a necessidade de cada paciente.
“Existem vários recursos de tratamento disponíveis. O profissional avalia qual a melhor conduta para direcionar a terapia de cada paciente, para que ele possa retomar a alimentação via oral de forma segura, evitando episódios de pneumonia, broncoaspiração e outros problemas que podem prejudicar a saúde de forma geral”, explicou.