A partir de agora, a coleta de sangue do tipo A+ será feita somente por meio de agendamento no Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima). O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 19, pela Secretaria de Saúde.
De acordo com a diretora Geral do Hemoraima, Patrícia Veríssimo, a medida busca assegurar o controle de doações desse tipo de fator [A+], evitando a perda de bolsas por vencimento de prazo.
"Diferente da situação das tipagens O+ e O-, cujo volume de bolsas encontra-se baixo, o nosso estoque de A+ está bem satisfatório. A gente até agradece ao comparecimento dos doadores, mas neste momento nós estamos focando na captação de O- e O+", explicou.
Atualmente, o prazo de validade do sangue armazenado varia de 35 a 42 dias. Nesse período, as bolsas ficam armazenadas em equipamentos que preservam a qualidade de hemoderivados e hemocomponentes.
Devido ao comparecimento expressivo de doadores do tipo A+, o Hemoraima havia adotado o remanejamento de bolsas para a Hemoam (Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas). No entanto, a unidade também vem enfrentando situação semelhante à de Roraima.
O AGENDAMENTO
Para realizar o agendamento, o doador poderá entrar em contato diretamente com o setor de Captação de Doadores, por meio do telefone (95) 98404-9593.
"A orientação para os doadores de A+ é que eles procurem o contato de telefone do setor de Captação, para fazer o agendamento de sua doação", reforçou Patrícia.
Vale lembrar que as demais tipagens seguem sendo coletadas da forma tradicional, com o doador voluntário comparecendo até a unidade.
O Hemoraima está localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, no bairro Aeroporto. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h.
Policiais penais que atuam na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) participam de um curso sobre Atendimento Pré-Hospitalar Tático. A ação, realizada pela Sejuc (Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania), conta com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde).
Conforme o gerente do Núcleo de Educação Permanente da Central de Regulação do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), enfermeiro Maurício Caldart, o treinamento dos agentes iniciou nesta terça-feira, 19, e segue até o dia 21, na sede do Grupamento de Intervenções Táticas.
“A importância do curso de treinamento de APH TÁTICO é tratar as principais causas de morte de policiais feridos por arma de fogo ou arma branca. Em torno de 90% dos casos de óbito, é a hemorragia massiva [perda rápida de grande quantidade de sangue], causando choque hipovolêmico, sendo causador das mortes", destacou.
A colaboração da Sesau com os órgãos de segurança pública do Estado é baseada na Portaria Nº 98/2022. O documento versa sobre a capacitação dos profissionais dessa área na correta execução dos cuidados táticos e procedimentos de manejo clínico emergencial de agentes e pessoas privadas de liberdade.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Capacitação Continuada da Sejuc, Paulina Magalhães, 38 policiais penais estão participando do curso.
“O operador irá sair do curso com nível básico em atendimento pré-hospitalar tático e poderá salvar sua própria vida, um colega de profissão ou de um familiar, ou um reeducando, caso ocorra um ferimento grave com risco de vida”, ressaltou.
Atuando na segurança pública há 10 anos, Karina Moura ressalta a importância do treinamento na rotina de trabalho dela e de seus colegas de farda.
“Em nosso ambiente de trabalho é essencial participar desse curso, pelo fato de que trabalhamos com arma de fogo e a qualquer momento podemos ser surpreendidos com uma situação de risco, como algum colega ferido ou nós mesmos”, pontuou a policial penal.
O QUE É APH-TÁTICO?
O APH-Tático consiste em conhecimentos técnicos de suporte de vida realizados por profissionais de segurança pública, visando ao socorro próprio ou de outro operador ferido no ambiente operacional, bem como em treinamentos, ou em localidades que inviabilizam ou dificultam demasiadamente o atendimento por profissionais de saúde em tempo hábil.
O Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) vem a público convocar o comparecimento de doadores voluntários de O+ e O-. Ambas as tipagens encontram-se atualmente em estoque crítico.
“Precisamos de bolsas de O- e O+ para atender os pacientes que necessitam de transfusão nesse período crítico, já que os nossos estoques estão em baixa para essas duas tipagens”, reforçou a assistente social do setor de Captação de Doadores da unidade, Rejane Dias.
Para ser um doador de sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto. Caso o interessado seja menor de 18 anos, o mesmo deve ter o consentimento formal dos pais ou de responsável legal.
Se encaixando nesses critérios, o doador é cadastrado e encaminhado para uma entrevista, para em seguida passar por uma triagem. Não havendo nenhum impedimento, ele é encaminhado para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
O horário de funcionamento do Hemoraima é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h. O nosso telefone de contato é o (95) 98404-9593. “Venham doar sangue O+ e O-”, reforçou Rejane.
Com o propósito de promover a atualização de servidores e melhorar o atendimento à população, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) promoveu nesta semana um treinamento sobre primeiros socorros.
Conforme explica a responsável pelo Núcleo de Educação da unidade, Terli Ayres, a atividade foi dividida em dois dias, tendo o seu encerramento realizado na manhã desta terça-feira, dia 18.
“O treinamento é voltado para os servidores da coleta de sangue e a parte da Clínica que faz o atendimento aos pacientes com problemas de sangue. Eles estão se atualizando em primeiros socorros caso alguém passe mal ou aconteça alguma situação de emergência”, afirmou.
O atendimento pré-hospitalar de pacientes foi um dos assuntos abordados. O tema foi conduzido pelo 2º Sargento do CBM-RR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), Rayan Andrade, que destacou a relevância da ação.
Foram discutidos a importância do imediato atendimento a traumas em geral, como quedas, contusões, ferimentos cortantes ou perfurantes, mal súbito, ataques epiléticos, sangramento nasal, obstrução de vias aéreas, queimaduras e fraturas.
“Fizemos um treinamento de análise de vítimas, manobras de obstrução de vias aéreas, um pouquinho de reanimação cardiorrespiratória, e trouxemos os equipamentos para fazer uma demonstração prática de primeiros socorros”, ressaltou.
O enfermeiro do Hemoraima, Bruno Rodrigues, destacou a importância de se manter atualizado para melhor dar assistência para a população.
“A qualquer momento pode chegar situações aqui [no Hemoraima] em que podemos nos deparar e necessitar prestar os primeiros socorros, seja para um doador ou para alguém que sofreu algum acidente de trânsito aqui na frente [da unidade]”, frisou o servidor.
Paralelo a capacitação, uma equipe do setor de Capacitação de Doadores do Hemoraima esteve realizando visitas de sensibilização sobre doação de sangue e cadastro de voluntários de medula em unidades do Sesc (Serviço Social do Comércio) e Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem)
“O evento foi um sucesso, nós conseguimos muitos cadastros de voluntários para a doação de medula, e isso mostra a solidariedade das pessoas”, pontuou a enfermeira do setor, Liliana Bezerra.
A Sesau (Secretaria de Saúde) deu início nesta segunda-feira, dia 17, à reorganização do fluxo de atendimento a pacientes renais crônicos da Rede SUS (Sistema Único de Saúde). A medida foi anunciada na semana passada, após celebração do credenciamento de novas empresas do segmento.
O Centro de Hemodiálise Ari Gonçalves, por exemplo, realiza atendimento aos pacientes no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) e no HC (Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco). A expectativa é que sejam atendidos 300 pacientes por dia nas duas unidades hospitalares do Governo de Roraima.
“Inicialmente pedimos que todos os pacientes que faziam diálise na Clínica Renal de Roraima se dirijam ao HGR no horário que seria o tratamento, que faremos a triagem e depois será designado para a diálise no HGR ou HC”, afirmou o coordenador do setor de Nefrologia do HGR, Fabrício Lessa.
De acordo com o diretor do Centro de Hemodiálise, André Silva, o procedimento de terapia renal será realizado tanto para pacientes crônicos, como também para pessoas que se encontram internadas em UTI [Unidade de Terapia Intensiva].
“Nós contamos com toda a infraestrutura para oferecer o suporte aos pacientes, suporte a vida e a realização das sessões de hemodiálise sem comprometer absolutamente nada”, ressaltou o representante.
SOBRE O TRATAMENTO
A insuficiência renal crônica é uma doença que não tem cura, mas possui um tratamento para melhorar a qualidade de vida desse paciente.
Entre métodos está hemodiálise [procedimento em que uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho de um rim doente] ou diálise peritoneal [o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal], além do tratamento com medicamentos e uma dieta balanceada.
“O tratamento serve para limpar o sangue do paciente e fazer a substituição do rim que não está funcionando. Os pacientes precisam passar pela diálise para evitar que tenham intoxicações no sangue, porque o rim não tá eliminando as toxinas do corpo”, explicou Fabrício Lessa.
IMPACTOS DA MIGRAÇÃO
Desde o agravamento da crise migratória na Venezuela, diversos serviços do SUS no Estado têm enfrentado desafios para atender ao grande número de pacientes. Entre os setores mais impactados está a hemodiálise.
De acordo com um levantamento da própria Sesau, a média de atendimento realizados pela Clínica Renal de Roraima foi de 700 acompanhamentos em 2022. A unidade era a única a oferecer esse tipo de serviço no Estado.
Imigrante de nacionalidade venezuelana, Maria de Los Angeles, de 38 anos, está desempregada e há seis meses tem passado pelo tratamento de hemodiálise em Roraima.
"Espero que as coisas melhorem e nós [pacientes] consigamos continuar com a hemodiálise, porque precisamos disso para viver", contou a paciente.
Além do Centro de Hemodiálise Ari Gonçalves, a Sesau também firmou contrato com HME Soluções e Saúde LTDA, de São Paulo.