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Nesta sexta-feira, 25, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, e a Sesau (Secretaria de Saúde) lembra ações e avanços no combate da doença em Roraima, reforçando o compromisso com o Plano de Eliminação da Malária até 2035, da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Apesar de a malária ser uma realidade global, com 247 milhões de casos e mais de 619 mil mortes no mundo, o foco do combate à doença no Brasil está concentrado nos Estados da Amazônia Legal, onde ocorre 99% dos casos. Roraima está entre os três Estados com maior carga da doença, ao lado do Amazonas e Pará.
“Nós temos esse desafio de eliminar a malária do Plasmodium falciparum até 2030 e do Plasmodium vivax, até 2035. E, para isso, nós temos trabalhado de maneira bem intensificada, no sentido de trabalhar de forma organizada para que consigamos atingir essas metas”, destacou o gerente do Núcleo de Controle da Malária da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), Gerson Castro.
De janeiro a abril de 2025, o município de Uiramutã apresentou o maior aumento de casos, saltando de 15 registros em 2024 para 149 este ano. Já Mucajaí registrou o maior avanço no controle da doença, reduzindo de 409 para apenas 44 casos no mesmo período. A maior parte das notificações são concentradas em áreas indígenas, especialmente no território Yanomami, que responde por mais de 80% dos casos registrados no Estado.
A redução de casos nessa região foi possível graças à desintrusão dos garimpeiros ilegais, o que permitiu maior acesso das equipes de saúde e atuação contínua das forças locais e federais.
“Com a desintrusão dos garimpeiros, que diminuiu mais de 90%, em 2022 foram 13 mil casos, hoje não chega nem a 100 casos na área Yanomami. E com a implantação da tafenoquina, que nós estaremos implantando em maio, esperamos que diminua ainda mais os casos. Antes era um tratamento de sete dias e agora será em um dia, não haverá recaídas, que é a proposta do medicamento novo”, ressaltou o gerente.
Roraima também segue com capacitações técnicas contínuas, como oficinas de controle vetorial e treinamentos para uso de novos protocolos. A atuação do Estado envolve uma estrutura tripartite, com responsabilidades compartilhadas entre a Secretaria Estadual de Saúde, os municípios e os DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) Yanomami e Leste.
“Nós temos uma tipicidade que tem três entes que tomam de conta da malária, que é o DSEI Yanomami, o DSEI Leste e o Estado de Roraima, que toma conta dos não indígenas”, destacou Gerson.
Em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Originários, celebrado em 19 de abril, o HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth) e o PACS (Pronto Atendimento Cosme e Silva) promoveram uma programação especial voltada à valorização da cultura indígena. As atividades incluíram atendimentos específicos, ações de acolhimento, apresentações culturais e incentivo à medicina e alimentação tradicionais.
No HMI, a semana foi marcada por cuidados especiais com as mulheres indígenas, que muitas vezes permanecem internadas por longos períodos acompanhando os filhos em tratamento. A programação, que se encerrou na manhã desta quarta-feira, 23, contou com exposição de artesanato, pintura corporal, apresentações culturais e ações de valorização da medicina tradicional.
Desde o dia 17 de abril, a unidade intensificou os atendimentos odontológicos voltados aos pacientes indígenas e seus acompanhantes. Ao longo da semana, foram realizados mais de 40 atendimentos, com foco em ações preventivas e alívio da dor.
Além disso, refeições típicas foram incluídas no cardápio, fortalecendo a identidade alimentar indígena e proporcionando conforto cultural às pacientes internadas.
“A maioria dessas pacientes fica por muito tempo internada, às vezes acompanhando o bebê na UTI. Às vezes, passam meses aqui. Então queríamos fazer um evento para que elas se sentissem lembradas, se sentissem especiais — não só porque é o Dia dos Povos Originários, mas porque elas são importantes para a nossa unidade", afirmou Naiane Mota, coordenadora do Núcleo de Enfermagem da Saúde Indígena no HMI.
Somente em 2024, o HMI já atendeu cerca de 9.427 pacientes indígenas, incluindo consultas ambulatoriais, partos, exames, internações e testes neonatais. De 1º de janeiro a 23 de abril, 792 mães e bebês da população indígena foram atendidos na unidade.
Uma das participantes da programação foi Leideciane Castro, de 30 anos, da comunidade Morro, no município de Uiramutã. Após uma semana de internação por conta de uma infecção, ela aproveitou os últimos momentos antes da alta hospitalar para tratar uma dor de dente.
NO PACS
A programação também foi estendida ao Pronto Atendimento Cosme e Silva, onde o Núcleo de Saúde Indígena organizou uma ação especial no hall de entrada da unidade. A iniciativa incluiu uma exposição de fotos dos profissionais em atendimento à população indígena, além de artesanato e alimentos tradicionais.
“Colocamos no hall de entrada um painel com fotos dos profissionais atendendo pacientes indígenas, uma mesa com frutas e verduras, lembrando e valorizando a agricultura indígena, além de alguns artesanatos em exposição", explicou Beatriz Gonçalves, enfermeira e coordenadora do Núcleo.
Além da exposição, foi servido um cardápio especial tanto para os pacientes quanto para os colaboradores da unidade.
“Para os pacientes, foi servido um cardápio diferenciado com peixe assado e beiju. Para os profissionais, realizamos um lanche com mingau de banana", acrescentou.
Com o objetivo de reforçar a segurança no uso de medicamentos e atualizar os profissionais da saúde sobre novas técnicas e métodos de aplicação, principalmente via intramuscular, o Pronto Atendimento Cosme e Silva promoveu um treinamento especial voltado à equipe de enfermagem.
Atualmente, a unidade atende em média 600 pacientes por dia, o que reforça a necessidade de cursos constantes. A atividade integra as ações da terceira Meta de Segurança do Paciente, que trata da medicação sem danos, e busca padronizar condutas para garantir um atendimento mais seguro e eficaz.
O curso abordou desde atualizações sobre as medicações até boas práticas de aplicação, com foco em evitar danos e promover mais confiança entre os profissionais.
"Tivemos a iniciativa de trazer essa capacitação para os técnicos e enfermeiros da unidade para nos atualizarmos sobre as novas regras e técnicas, e tirar dúvidas sobre aplicação de medicação", afirmou a diretora geral da unidade, Moema Farias.
A capacitação foi conduzida pelo farmacêutico Jhonatan Calel, que destacou o alinhamento com protocolos internacionais de segurança.
"Estamos trabalhando com a capacitação voltada à aplicação de medicações intramusculares, que é o que eles trabalham de fato aqui com ênfase grande dentro do Cosme Silva. Trazemos atualizações, pontos positivos, uma conversa com os profissionais, para melhorarmos o atendimento ao público", destacou o palestrante.
Para o técnico em enfermagem Gessandro da Conceição Serra, destacou a importância da capacitação para a rotina de quem atua diretamente na linha de frente do atendimento. "Para mim, é de muitíssima importância que todos os funcionários deveriam até ter mais curso como esse com mais frequência, não só nesse tema, mas com outros temas também", ressaltou.
A Coordenação Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) promoveu nesta terça-feira, 22, um treinamento em Diagnóstico Clínico, Epidemiológico e Laboratorial da Febre Maculosa. A ação teve como objetivo preparar profissionais da saúde para identificar e responder com agilidade a possíveis casos da doença em Roraima.
O curso foi organizado para fortalecer a resposta rápida da rede pública de saúde em áreas consideradas de risco ou que já apresentaram casos suspeitos.
Segundo a gerente do Núcleo de Controle Estadual de Zoonoses, Ingrid Albuquerque Gomes, o treinamento foi fundamental para que os profissionais estejam prontos para atuar diante de qualquer cenário.
“Esse treinamento trata da parte do tratamento e diagnóstico, então serão treinados e capacitados os profissionais médicos, enfermeiros, vigilância epidemiológica, técnicos de laboratório e técnicos de entomologia”, afirmou a gerente.
De julho de 2024 até abril deste ano, Roraima apresentou 16 casos notificados, destes, oito foram descartados, um confirmado, um está em análise de resultados e seis seguem aguardando resultado laboratorial, mas com evolução de cura.
Entre os participantes, a enfermeira Taciane de Sousa, que atua na Atenção Básica do município de Bonfim, destacou o impacto da formação para a atuação nas comunidades indígenas.
“Essa capacitação é de suma importância, principalmente para nós, profissionais de saúde, que estamos na ponta, para trazer alguns esclarecimentos, dúvidas que a própria comunidade tem e vem até nós tirar essas dúvidas”, ressaltou.
Tassiane acrescentou que a comunidade indígena Alto Arraia, no município de Bonfim, apresenta maior prevalência de sintomas compatíveis com a febre maculosa, especialmente devido ao aumento de carrapatos nas áreas de moradia.
“Temos uma prevalência de ter essa febre maculosa devido a uma quantidade exacerbante de carrapatos nas comunidades indígenas, focando a comunidade indígena Alto Arraia, que é onde estamos com maior índice de pessoas com esses sintomas”, destacou a enfermeira.
A FEBRE
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitida principalmente pelo contato com carrapatos infectados.
A detecção precoce é essencial para evitar complicações graves e salvar vidas, tornando treinamentos como este fundamentais para a rede de saúde pública do Estado.