As obras do CER IV (Centro Especializado de Reabilitação Física, Auditiva, Intelectual e Visual), localizado ao lado do Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues, no bairro Sílvio Botelho, estão com 70% dos trabalhos concluídos.
Nesta quinta-feira, 4, membros do Coede-RR (Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência) visitaram a obra da Sesau (Secretaria de Saúde) para analisar as mudanças que asseguram a plena acessibilidade do local.
“Hoje no Estado temos dois tipos de reabilitação, que é a física e a intelectual. Esse prédio vai possibilitar a inclusão das outras duas modalidades, e é algo muito importante e valioso para as pessoas com deficiência, pois é a ampliação do serviço para esse público”, destacou a diretora do Departamento de Políticas de Reabilitação da Sesau, Maria Barroso.
Como presidente do Coede, Maria Cleomar dos Santos vê grande necessidade de realizar visitas técnicas em prédios públicos ainda durante o período de obras, quando é mais fácil para que ajustes sejam feitos.
Ela foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal, uma doença que deforma o corpo e limita os movimentos, e perdeu a mobilidade das pernas com apenas 12 anos. Hoje com 49 anos, ela se alegra com o prédio acessível.
“Acabamos de fazer a vistoria e estou me sentindo em casa, porque o prédio preenche todas as questões de acessibilidade. A questão que me chamou muita atenção foram os banheiros acessíveis para o público externo e servidores, sem falar na piscina totalmente acessível. A obra está de parabéns”, pontuou a conselheira.
Com a revisão do projeto original, a obra conseguiu progredir bastante. O edifício onde funcionará o CER IV contará com quatro blocos, divididos nas áreas terapêutica, de estimulação, de eletroterapia, piscina para o serviço de hidroterapia e ginásio.
“A unidade vai contemplar as quatro modalidades de reabilitação, que são a física, a intelectual, a auditiva e a visual, sendo a primeira do Estado. Prevemos a conclusão ainda para esse ano, e logo Roraima vai estar preparado para atender todas essas modalidades”, completou Maria Barroso.
A vacinação contra a dengue em Roraima iniciou no fim de fevereiro pelas prefeituras de 10 dos 15 municípios do Estado. No entanto, os percentuais de doses aplicadas contemplados pela estratégia de imunização do Ministério da Saúde têm ficado bem abaixo do preconizado.
Conforme os dados da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, órgão subordinado à Sesau (Secretaria de Saúde), das 20.670 doses de imunizantes recebidas pelo órgão ministerial e distribuídas de imediato para as prefeituras dos 10 municípios do Estado, apenas 2.167 foram aplicadas até o dia 25 de março, representando um percentual de 3,72% do de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Cabem às prefeituras a execução da estratégia de imunização com a devida aplicação das doses no público-alvo. A capital Boa Vista, que concentra 34.279 pessoas aptas a serem imunizadas contra a dengue, aplicou até o momento apenas 1.464 doses, o que representa somente 4,27% da meta estabelecida.
Os três municípios mais bem posicionados são Mucajaí, com 15,30%; Normandia, com 9,96%; e Iracema, com 5,26%. Enquanto a parte debaixo é composta por Uiramutã, com 0,72%; Cantá, com 1,07%; e Amajari, com 1,33%.
“É importante que os municípios, por meio das equipes de Saúde da Família, desenvolvam ações junto à população para melhorar a adesão da vacina, e busquem estratégias de oferta do imunobiológico em horários especiais e finais de semana nas Unidades Básicas de Saúde, uma vez que o Ministério da Saúde recomenda que a vacinação só ocorra dentro das unidades de saúde”, destacou o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Estado, José Vieira Filho.
Segundo ele, a vacinação é uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública para a promoção da saúde, controle e eliminação de doenças imunopreveníveis e Roraima precisa vacinar 58.213 pessoas que estão inseridas nesse grupo.
“Essa medida também vem de encontro a necessidade de se otimizar as doses de imunizantes que recebemos, visto que o prazo de vencimento do lote que recebemos ocorrerá no dia 30 de abril. Por esse motivo, é fundamental que cada prefeitura faça a sua parte”, completou Filho.
DOSES APLICADAS DE VACINAÇÃO CONTRA DENGUE POR MUNICÍPIO
MUNICÍPIOS
POP 10 A 14 ANOS
DOSES APLICADAS ATÉ 25/03/2024
% DE ALCANCE
Amajari
1.652
22
1,33%
Alto Alegre
2.424
48
1,98%
Boa Vista
34.279
1.464
4,27%
Bonfim
1.575
45
2,86%
Cantá
1.963
21
1,07%
Iracema
988
52
5,26%
Mucajaí
1.791
274
15,30%
Normandia
1.897
189
9,96%
Pacaraima
2.205
38
1,72%
Uiramutã
1.942
14
0,72%
Roraima
58.213
2.167
3,72%
ATUAÇÃO DO ESTADO
Diante do cenário das arboviroses no Estado, a Sesau, por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, está realizando várias ações junto aos municípios para melhorar o desempenho da vacinação contra a dengue.
Tais medidas incluem:
Reunião com os municípios para apresentação das orientações técnicas e operacionais para o desenvolvimento da estratégia de vacinação contra a dengue em Roraima;
Apoio técnico para o planejamento das atividades de vacinação, incluindo a construção de plano de ação municipal de estratégia de vacinação:
Orientação quanto a necessidade de identificação e notificação de Eventos Supostamente Atribuídos a Vacinação ou Imunização, pelos profissionais de saúde dos municípios;
Entrega do imunobiológico e insumos, para execução da vacinação no município;
Monitoramento semanal das doses aplicadas;
Orientações técnicas para os Coordenadores Municipais da Atenção Básica e responsáveis pela Imunização nos municípios para inserção de doses no sistema, correção de erros de registro e sugestão de atividades que possam melhorar a adesão da população à vacinação.
O Governo de Roraima estará presente no Saúde de Rua, uma iniciativa do Grupo Rede Amazônica e Sesi-RR (Serviço Social da Indústria). A ação, que será realizada neste sábado, 6, conta com os médicos especialistas da Sesau (Secretaria de Saúde).
Na ocasião, a população terá acesso a serviços médicos diversos, cuidados com a saúde da mulher por meio da Unidade Móvel de Saúde da Mulher Itinerante, e saúde bucal com o Consultório Odontológico Itinerante. Serão realizados 600 atendimentos.
“É com orgulho que a Sesau participa mais uma vez do Saúde de Rua trazendo ao público três médicos oftalmologistas, um cardiologista, um otorrinolaringologista e um ortopedista, além das unidades móveis Odontológica e de Saúde da Mulher”, disse o coordenador do Departamento de Políticas de Saúde Itinerante, Genival Ferreira.
A programação do Saúde de Rua 2024 será iniciada a partir das 8h, na sede do SESI-RR, que fica na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3786, bairro Aeroporto.
“Esses serviços vêm mais uma vez aproximar a Sesau da população, diminuindo as filas de espera nas unidades”, completou Ferreira, ao acrescentar que para ter acesso aos serviços, os interessados devem apresentar o RG, um comprovante de residência atualizado e o Cartão do SUS.
SAÚDE ITINERANTE
Criado com o propósito de aproximar a população dos serviços de saúde, o Saúde Itinerante é gerenciado pela Sesau, por meio da Coordenadoria Geral de Assistência Especializada.
Em 2023, o programa realizou mais de 30 mil atendimentos, levando serviços de qualidade para a capital, municípios do interior e Dsesi (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) do Estado.
Essencial para o funcionamento de qualquer unidade hospitalar, o setor farmacêutico é foco de uma capacitação em Roraima. A iniciativa é da Sesau (Secretaria de Saúde), com apoio dos conselhos Nacional e Regional de Farmácia.
Iniciada nesta quarta-feira, 3, a atividade segue até quinta-feira, 4, sendo inteiramente voltada para farmacêuticos e técnicos do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento e Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth.
“O Núcleo de Farmácia é um setor sensível e extremamente importante para dar continuidade ao serviço de saúde. Independentemente de estar na assistência hospitalar ou na logística de entrega de medicamento, é preciso saber se a dose do medicamento ou a dispensação de medicamento estão sendo feitas de maneira correta”, destacou o secretário adjunto da Sesau, Edson Castro.
Como foco em práticas e teóricas sobre cálculos farmacêuticos, a primeira atividade da capacitação foi realizada no auditório do CRF-RR (Conselho Regional de Farmácia de Roraima), no bairro São Francisco.
A ideia é implementar a ferramenta nas principais unidades, a fim de que os medicamentos sejam administrados e manipulados com mais atenção e cuidado.
“O cálculo em medicamento é uma coisa que requer muita expertise e uma atenção muito especial, [no caso do HMI] por tratar de bebês prematuros de baixo peso. Era um anseio que nós tínhamos de estar capacitando esses profissionais”, pontuou o coordenador Geral de Assistência Farmacêutica da Sesau, Charles Gonçalves.
Para o segundo dia, a programação será realizada na Central de Abastecimento Farmacêutico do Estado, situada no bairro Santa Tereza.
“O evento tem como primordial apontar os pontos estratégicos de melhorias da saúde hospitalar do nosso Estado. A expectativa é começar a ter indicadores de melhorias, na verdade já temos alguns, tanto na maternidade como no HGR”, salientou a presidente do CRF-RR, Bianca Crispim.
O coordenador farmacêutico do HGR, Alan Frade, é um dos participantes da capacitação e apontou a importância de todas as unidades passarem por atualizações como essa.
“É de extrema importância os farmacêuticos se capacitarem, sempre há novidades para implantar e melhorar. Sempre tem um detalhe que aproveitamos, colocamos em prática e vamos caminhando passo a passo para entregar um serviço melhor”, ressaltou.
Confira a programação:
03/04
14h – Visita às unidades HMI, HGR e CGAF
04/04
08h – Aulas práticas e teóricas de cálculos farmacêuticos
12h – Almoço
14h – Aulas práticas e teóricas de cálculos farmacêuticos
A Maternidade está implantando a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), um mecanismo que tem como finalidade melhorar o cuidado prestado a gestantes e recém-nascidos que recorrem à unidade hospitalar.
O projeto piloto iniciou na Ala das Rosas. A novidade promete reforçar a prestação do serviço de saúde, uma vez que possibilita o acesso a dados organizados e fidedignos sobre a situação clínica de cada paciente.
A experiência da dona de casa Carla Betzabe Medonza foi de acolhimento. Venezuelana, mãe de quatro filhos, procurou a Maternidade para dar à luz ao quinto filho e o segundo nascido no Brasil.
“Sou mãe de quatro filhos e esse é o segundo nascido no Brasil. O atendimento foi muito bom; o acolhimento ao meu bebê foi rápido, com os testes e vacinas; e o tratamento às pacientes é bom, com aplicação de medicação e refeição na hora certa”, destacou.
A IMPLANTAÇÃO
A implantação da SAE se dará em cinco etapas, sendo a primeira delas com a implantação de uma planilha autoexplicativa que é alimentada pelo profissional de enfermagem com apenas um clique.
“É um processo que possui cinco etapas, porém, com inúmeras vantagens, como melhorar o cuidado individualizado ao paciente, qualidade na prestação do serviço de saúde, comunicação da equipe mais eficaz, reforço da segurança do paciente, e registro completo e organizado das informações de prontuário do paciente, além de ajudar no desenvolvimento profissional, pois é necessário conhecimento técnico e habilidades específicas de enfermagem”, destacou a coordenadora da Ala das Rosas, enfermeira Vívia Santana.
Segundo ela, essa planilha é autoexplicativa, de fácil entendimento e preenchimento. “Através de um clique em um ícone, ela direciona para a planilha do leito a ser preenchida com as informações colhidas. Essas informações são coletadas à beira leito, por meio de perguntas e realização de exames físicos que o paciente é submetido”, frisou.
A ferramenta ajuda a identificar, por exemplo, se a paciente está possui acompanhamento completo de pré-natal, serviço este que é de responsabilidade da Atenção Básica das prefeituras municipais.
“A OMS [Organização Mundial de Saúde] preconiza no mínimo seis consultas para considerar que o pré-natal foi realizado. No entanto, nossa realidade é outra, e a maioria das nossas pacientes realizaram em média duas consultas e não apresentam exames básicos durante a internação, dificultando um diagnóstico precoce de algumas patologias neonatais e gestacionais”, completou.