O cuidado com o meio ambiente foi o tema principal de uma ação realizada na manhã desta quinta-feira, dia 06, no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento. A ação mobilizou pacientes, acompanhantes e servidores da unidade.
Com o tema “Adote um Copo”, a atividade foi organizada pela Gerência de Resíduos de Serviços de Saúde do HGR, sendo parte da campanha da Semana do Meio Ambiente, uma iniciativa criada por meio do Decreto nº 86.028, em 1981.
“Um copo descartável leva anos para se decompor, e para minimizar esse impacto estamos orientando as pessoas a adotarem um copo. Hoje, inclusive, fizemos uma distribuição de copos reutilizáveis para que as pessoas não usem copos descartáveis”, afirmou o gerente do setor, Paulo Marcos Ferreira.
A programação começou na segunda-feira, dia 03, com a realização de palestras que enfatizaram a importância do cuidado com o meio ambiente.
Para a coordenadora do Núcleo Interno de Regulação da unidade, Janaira Azevedo, a abordagem de temáticas como essa reforça a necessidade de cada cidadão cuidar do lugar onde vive, pensando também no bem das futuras gerações.
“A campanha nos lembra e ressignifica gestos simples do dia a dia, como adotar um copo. E também reforça a importância do descarte correto dos resíduos, principalmente dos resíduos hospitalares”, ressaltou.
Nesta quinta-feira, dia 06, é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data que ressalta a importância deste que é considerado um dos procedimentos vitais para a saúde de recém-nascidos.
O teste tem como finalidade prevenir complicações de saúde que podem se transformar em doenças graves, uma vez que muitos sintomas não se manifestam até o 28º dia de vida do bebê. Ele também pode ser feito até o 30º dia de vida da criança, em uma Unidade Básica de Saúde.
“É um exame de suma importância, pois com ele conseguimos detectar doenças congênitas que podem prejudicar o bebê futuramente”, afirmou a enfermeira e coordenadora da Sala de Teste do Pezinho do HMI, Luna Leite.
Em 2023, a unidade realizou 4.700 testes do pezinho e, somente este ano, até o dia 05 de junho, foram feitos 2.031 testes.
RASTREIO DE DOENÇAS
Realizado entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido, o teste consegue rastrear doenças congênitas que causam danos neurológicos que podem afetar gravemente a saúde da criança durante o desenvolvimento. A identificação é feita por meio da coleta de sangue do calcanhar do bebê.
Se identificadas a tempo, as chances de não deixar sequelas são grandes, melhorando a qualidade de vida dos casos confirmados e tratados.
“As principais doenças detectadas são a fenilcetonúria, hemoglobinopatia, hipotireoidismo congênito e fibrose cística. Essas doenças seriam prejudiciais ao desenvolvimento do bebê no futuro”, frisou Luna.
Outras doenças detectáveis pelo exame incluem a Toxoplasmose Imunoglobulina M Neonatal (infecção no sistema nervoso e tecidos muscular e conjuntivo), a Tripsina Imuno Reativa (possível fibrose cística), o Hormônio Tireoestimulante, a Fenilcetonúria (doença do metabolismo), as Hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue), a Dosagem de Fenilalanina (associada à deficiência enzimática), a 17 Alfa Hidroxi Progesterona Neonatal (doença genética autossômica) e a Deficiência de Biotinidase (doença metabólica hereditária).
“As coletas geralmente são realizadas de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e das 14h às 18h, aqui na Maternidade, necessitando apenas da documentação da mãe e dos dados de contato para o possível rastreio e entrega dos exames desses recém-nascidos”, detalhou Luna.
Em 2019, 28 obras de centros de radioterapia executadas pelo Ministério da Saúde foram embargadas por divergências no projeto arquitetônico. Roraima foi um dos Estados que sofreu com a medida.
Desde então, cerca de 140 pessoas imigrantes utilizaram o local no bairro Aeroporto como residência, construindo, inclusive, estruturas improvisadas como banheiros em situações precárias.
Para que a obra pudesse ser retomada, em janeiro de 2024, a Sesau (Secretaria de Saúde) ingressou na Justiça com uma ação de reintegração de posse.
“Trata-se de uma obra importante para o Estado de Roraima, que vai permitir que pacientes oncológicos continuem o tratamento aqui mesmo, sem a necessidade de deslocamento para outras unidades hospitalares. Por essa razão, buscamos a justiça”, esclareceu a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon.
No primeiro momento, o juiz concedeu liminar e solicitou a elaboração de um plano de desocupação. “A Sesau fez esse plano envolvendo a Setrabes [Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social], Seed [Secretaria de Educação e Desporto], Defesa Civil, Operação Acolhida e demais organismos ligados à causa da imigração e a Polícia Militar”, ressaltou o advogado da Coordenadoria Geral de Assuntos Normativos da Sesau, Matheus Melville.
Após a homologação do plano e a sinalização favorável do Ministério Público, iniciou-se a fase de notificação dos imigrantes para a desocupação voluntária.
“Essa medida foi necessária se não perderíamos o convênio e, com isso, a conclusão da obra que é importante para o Estado”, reforçou Melville.
Por 15 dias, a Sesau e os órgãos parceiros executaram o plano de desocupação humanizada, com a transferência dos imigrantes para abrigos da Operação Acolhida, e alguns conseguiram se encaixar no processo de interiorização, que permite ir para outro estado brasileiro por intermédio do Exército Brasileiro.
Hoje o paciente oncológico, quando precisa de sessões de radioterapia é encaminhado para outros Estados onde há a oferta do tratamento, gerando despesas excedentes e o desconforto de estar longe da família.
“Com a retomada e conclusão da obra, os pacientes terão o tratamento aqui no Estado, e também, quiçá, receber pacientes de outros estados e países”, afirmou Melville.
ENTENDA A OBRA
A obra é de responsabilidade total do Ministério da Saúde, e faz parte do Plano de Expansão de Radioterapia do SUS (Sistema Único de Saúde), lançado em 2012.
Somente sete anos depois foi assinada a Ordem de Serviço que permitiu o início da construção desses 28 Centros de Radioterapia, com investimento inicial de pouco mais de R$ 11 milhões.
Agora, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura da Ordem de Serviço ainda em junho, para a retomada da obra, que terá previsão de seis meses para conclusão.
A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul tem mobilizado uma onda de solidariedade em todo o país, e Roraima tem imenso orgulho de fazer parte dessa corrente do bem.
Em resposta ao chamado da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde), uma iniciativa do Ministério da Saúde, o Estado destinará um profissional da Rede Estadual de Saúde para integrar uma das várias missões humanitárias que estão oferecendo atendimento em saúde à população gaúcha.
Trata-se do enfermeiro intensivista, emergencista e especialista em resgate aeromédico, Jocerley Bazilo de Souza. Atualmente, ele exerce a função de coordenador do Núcleo de Segurança do Paciente do HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth), principal referência do Estado no cuidado de gestantes e recém-nascidos.
A ida dele ocorrerá na madrugada desta sexta-feira, dia 07, com conexão inicial em Brasília. De lá, ele embarca em um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) que pousará na cidade de Canoas (RS), onde haverá uma reunião para definir a distribuição dos profissionais para as áreas que mais necessitam de atenção.
“Para nós é uma honra poder colocar em prática o que aprendemos no nosso dia a dia. Eu tenho experiência de 8 anos no SAMU Boa Vista e mais 15 anos como enfermeiro, e conta muito saber que a gente pode levar um pouco do nosso conhecimento para pessoas que necessitam de apoio nesse momento difícil”, afirmou.
Essa é a segunda vez que J.C., como é conhecido no HMI, é convocado pela FNS para atuar em ações humanitárias. Em 2022, ele foi designado para auxiliar no socorro aos moradores de Macapá (AP), que à época enfrentavam um violento surto de gripe.
“Como tenho três especialidades, que acredito serem importantes para atender a população do Rio Grande do Sul, creio que possa ficar em uma delas [áreas]. Ou em uma UTI Intensiva, dando acolhimento a pessoas que estão internadas, ou no transporte aeromédico”, completou.
Para o diretor administrativo do HMI, Edgar Hoover, a ida do profissional reforça o protagonismo da saúde de Roraima para todo o país.
“Ele também é uma referência para o Estado como enfermeiro, atua há anos nessa profissão e também no SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], e também é uma honra para o Hospital Materno Infantil ter um enfermeiro de referência integrando essas ações de ajuda e de empatia ao próximo”, pontuou.
Com o propósito de melhorar o conhecimento de enfermeiros que atuam em unidades da Rede Estadual de Saúde, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), deu início na tarde desta segunda-feira, 03, ao treinamento sobre gasometria arterial, um processo que avalia o equilíbrio ácido-básico e a oxigenação do paciente.
A atividade segue até o dia 7, com cinco aulas teóricas até quarta-feira, 5, na ETSUS-RR (Escola Técnica do SUS em Roraima), no bairro São Vicente, e duas ações práticas no HC (Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues), no Silvio Botelho.
Essa é a primeira qualificação para a coleta e correto entendimento de resultados do exame de gasometria arterial que o Estado realiza, conforme informou a diretora da ETSUS-RR, D’angela Kotinski.
“Em pacientes críticos hospitalizados, a gasometria é uma aliada importante na realização de exames e no auxílio médico para proposição de diagnóstico rápido e seguro, possibilitando a tomada de decisão no tempo adequado e, em muitos casos, salvando vidas”, reforçou Kotinski.
Ao todo, foram convidados aproximadamente 30 profissionais de enfermagem, selecionados entre as seguintes unidades:
- Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento
- Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth
- Policlínica Coronel Mota
- Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues
- Pronto Atendimento Cosme e Silva
Segundo a diretora da ETSUS-RR, D’angela Kotinski, o objetivo da capacitação é fundamentar e fortalecer os conhecimentos dos profissionais da área da saúde para melhor atender seus pacientes.
SOBRE O PROCEDIMENTO
A gasometria arterial é um exame que coleta sangue diretamente da artéria, auxiliando o especialista a identificar se as funções pulmonares estão ocorrendo normalmente.
O procedimento é solicitado quando há problemas respiratórios, como falta de ar, alterações na frequência respiratória e distúrbios, sendo também requerido para avaliar e acompanhar pacientes em ventilação mecânica e em oxigenoterapia.
A enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Maternidade de Boa Vista, Luana de Assis Arruda, afirmou que participar do curso ajudará a melhorar o atendimento que realiza em prol dos pacientes da unidade.
“Em nossa área ocorre muita gasometria nos bebês, então esse curso é de grande valia. O diferencial é trazer mais conhecimento, mais prática, a prática correta para podermos oferecer o melhor para os bebês na maternidade”, pontuou Arruda.