O Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) conclama novamente o comparecimento de doadores voluntários de fatores Rh negativos. O motivo é o baixo estoque existente hoje e a alta demanda de fornecimento de sangue para hospitais públicos e privados.
Conforme a assistente social do Setor de Captação de Doadores, Hellen Bessa, a unidade encontra-se atualmente com baixo estoque de bolsas de sangue A-, B-, AB- e O-.
“A doação de sangue é um ato altruísta, e quando você doa [sangue], você está mostrando empatia pelo outro e que se importa pelo outro”, destacou.
Para ser um doador de sangue é preciso se encaixar em alguns critérios como, ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é necessário apresentar um documento oficial com foto. Caso o interessado seja menor de 18 anos, o mesmo deve estar acompanhado pelos pais ou de seu responsável legal.
Ao se encaixar nesses critérios, a pessoa é cadastrada na recepção e encaminhada para uma entrevista na sala de triagem. Não havendo nenhum impedimento, segue para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
Hellen reforça ainda que com uma única doação, é possível salvar até quatro pessoas. “Vamos fazer com que essa corrente do bem fique mais fortalecida, a ponto de estabelecer um estoque adequado [de sangue] para continuar a salvar a vida das pessoas que estão nas unidades hospitalares”, completou.
ONDE ESTAMOS?
O Hemoraima está localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3418, bairro Aeroporto, ao lado do HGR. O horário de funcionamento da unidade é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30.
Outras informações podem ser obtidas por meio do número (95) 98404-9593.
Nesta terça-feira, 16, é celebrado o Dia Mundial e Nacional da Voz, data que tem como finalidade orientar sobre a importância da identificação dos sinais e sintomas de doenças que comprometem o aparelho fonador, como o câncer de laringe.
No Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, principal referência no atendimento de urgência e emergência do Estado, o setor de fonoaudiologia é responsável por trabalhar a reabilitação de pacientes que passaram por cirurgias delicadas na região da cabeça e pescoço.
Diariamente, os profissionais que atuam na unidade realizam uma série de exercícios para ajudar no estabelecimento da voz, conforme ressalta a coordenadora do setor, Manoela Gomes.
“Rouquidão, pigarro, sensação de bolo na garganta ou até mesmo afonia, que é a ausência da voz. Esses são sintomas bem comuns nesses pacientes que foram submetidos a um procedimento invasivo na região de cabeça e pescoço”, disse.
O setor tem especialistas em fonoaudiologia que se dividem em turnos, atendendo as Unidade de Terapia Intensiva e enfermarias de todo o complexo hospitalar do HGR.
Segundo Manoela, as demandas vão de pacientes com dificuldades para deglutir e falar, a pessoas que acabaram sendo submetidas a procedimentos delicados, como a intubação.
“A voz é mais do que apenas um canal de comunicação, ela é a expressão da própria identidade, transmitindo nossos sentimentos, emoções, ideias e a própria interação com o meio”, ressaltou.
Para a especialista, manter uma alimentação saudável, boa hidratação e evitar os excessos com o fumo e as bebidas alcoólicas ajudam a evitar os problemas que mais prejudicam o ato da fala, como a rouquidão persistente.
“Se a pessoa precisar falar por um longo tempo, é preciso realizar antes um aquecimento vocal para o preparo da musculatura, dormir bem e se continuar os sintomas deve-se procurar um fonoaudiólogo”, pontuou.
ATENÇÃO AO PACIENTE ONCOLÓGICO
Outro setor que também conta com a presença de especialistas da fonoaudiologia é Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima, voltada para pacientes oncológicos que passaram por cirurgias nas cordas vocais ou laringe.
Segundo a fonoaudióloga do setor, Fernanda Ross, as duas cirurgias que são mais comuns em pacientes que tiveram câncer de cabeça pescoço são a laringectomia total, em que é necessário a retirada da laringe [onde ficam as cordas vocais], e também a tireoidectomia [remoção cirúrgica da glândula da tireoide].
“A reabilitação vocal acontece muito frequentemente nesses casos e aí existem algumas possibilidades de reabilitação, nós realizamos exercícios, realizamos manipulação, mexemos nessa região do pescoço com as mãos, exercícios vocais para reabilitar e favorecer a comunicação”, disse.
Técnica de enfermagem do Ponto Atendimento Cosme e Silva, Eloilda Ferreira, de 57 anos, foi acometida em 2023 por um Carcinoma Papilífero, um dos cânceres mais comuns na região da tireoide.
Após passar por cirurgia, ela precisou do serviço de fonoaudiologia da unidade, obtendo bons resultados desde então.
“Depois da cirurgia eu fiquei sem voz, achava que não ia mais falar, me senti muito arrasada, mas logo coloquei Deus na frente de todos e de toda a situação. Foi quando procurei o serviço da Fono da Unacon-RR, que fez um brilhante acompanhamento e tive resposta positiva da minha voz”, salientou a paciente.
Além do trabalho de reabilitação, a Unacon-RR também adota outras estratégias para devolver a voz para os pacientes oncológicos, como a utilização de dispositivo de Laringe Eletrônica, disponibilizado pelo Estado.
Trata-se de um equipamento portátil que possibilita a emissão de uma onda sonora contínua, formando palavras através dos órgãos articuladores como lábios, língua e dentes.
“[O aparelho] serve para reabilitar esses pacientes que fizeram a laringectomia total e se adaptam a esse novo método, essa nova voz. Então, é um processo terapêutico que favorece a comunicação”, complementou Fernanda Ross.
Atenta à prestação de saúde pública segura e de qualidade, a Sesau (Secretaria de Saúde) iniciou nesta terça-feira, 16, ao curso “Cálculo, Dosagem e Administração Segura de Medicamentos para recém-nascidos”, destinado aos profissionais do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth.
Voltado para enfermeiros e técnicos de enfermagem, a atividade segue até esta quarta-feira, 17, no auditório da Maternidade, sendo dividida em quatro turmas. A ação é coordenada pela Direção de Ensino, Pesquisa e Divulgação.
Os trabalhos estão sendo conduzidos pelo enfermeiro Pedro Siqueira, e pela enfermeira especialista em urgência e emergência, Natália Jansen.
“É um dos pontos cruciais na segurança do paciente a questão de cálculos de medicamentos, como aplicar aos nossos pacientes de uma forma segura. Eles terão mais conhecimento na hora de administrar um medicamento, pois é preciso fazer um cálculo correto, precisa saber as regras básicas de segurança do paciente”, disse Natália.
O técnico de enfermagem Joselino Alves, de 43 anos, afirma que a temática é importante para ajudar a atualizar os conhecimentos de todos os profissionais que atuam na Maternidade.
“No meu ponto de vista é muito importante para o nosso aprendizado. Cada dia nós vamos aprendendo uma coisa nova e isso é muito importante, tanto para a segurança do servidor como dos nossos pacientes também, nós vamos fazer a administração com mais segurança”, ressaltou.
Responsável por atender as demandas dos 15 municípios do Estado, o Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth é hoje uma das unidades de maior excelência no cuidado com pacientes indígena.
Só em 2023, por exemplo, a unidade admitiu 2.621 gestantes oriundas de comunidades assistidas pelo Dsei-l (Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste) e Dsei-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami).
Graças à implantação da Assistência em Saúde aos Povos Originários, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), tem realizado uma série de ajustes para melhorar o atendimento a esse público, respeitando os costumes de cada etnia.
Além de garantir alimentação diferenciada, a unidade conta hoje com o suporte de redários (redes), fazendo com que as pacientes se sintam mais perto das tradições indígenas.
“Nós realizamos o acolhimento das pacientes gestantes que vêm de comunidades [indígenas] e a nossa unidade é diferenciada das demais, justamente por fornecer o redário para aquelas que têm o desejo de ficar em rede, alimentação diferenciada e a disponibilização da medicina tradicional quando solicitada por uma delas”, ressaltou o coordenador Atenção Indígena da Maternidade, Aharon Macuxi.
É importante lembrar ainda que além de as mulheres dos Dsei’s, a Maternidade também é responsável por realizar atendimento de forma espontânea, onde a paciente chega direto da comunidade sem o assessoramento de entidade ligada à causa indígena.
A saúde pública é um direito de todos os cidadãos. E essa missão da Secretaria de Saúde é reforçada diariamente com o compromisso em oferecer atenção em saúde de qualidade aos povos originários que são acolhidos pelo HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento).
A principal referência hospitalar de Roraima atende tanto à população local quanto cidadãos de outros países, e é o destino de pacientes indígenas que necessitam de assistência de urgência e emergência.
De 1º de janeiro até 12 de abril deste ano, o HGR recebeu cerca de 915 pacientes indígenas, aldeados e não aldeados. Enquanto que o resultado do ano anterior foi de 3.584 atendimentos (nos 12 meses).
Segundo a coordenadora de Atenção Indígena do HGR, Patrícia Araújo, os cuidados com os povos originários iniciam desde a escolha dos profissionais que fazem parte do setor até o respeito às especificidades de cada cultura.
“Um dos requisitos para esses profissionais virem para a condenação indígena é terem habilidade linguística e uma familiaridade com as culturas. Prezamos pelo respeito da identidade étnica desses povos nessa unidade, bem como os modos de se alimentar”, afirmou.
Além da atenção especial aos pacientes indígenas, os acompanhantes são recebidos de forma humanizada na sala da coordenação. “Eles saem de seus territórios para um local totalmente diferente do local que eles têm costume, então a Coordenação Indígena tenta trazer o mais próximo possível de seu habitat para esses pacientes e acompanhantes”, ressaltou a coordenadora.
O macuxi Aderaldo Constantino, de 70 anos, mora na comunidade Bem Viver no Uiramutã, na região Nordeste do Estado. Por conta da saúde fragilizada, tem recebido tratamento na CASAI (Casa de Saúde Indígena). Recentemente a esposa dele sofreu um grave derrame, resultando em uma internação com intubação no HGR.
Todos os dias, ele sai da CASAI com destino ao HGR para pegar o boletim médico de sua esposa. “Aqui na Coordenação [de Saúde Indígena] está nos acolhendo bem, tem alimentação, e estou aqui nessa rede, porque é cansativo estar sentado ali [na cadeira] e eu sou de idade, tenho 70 anos. Pensamos muito na família, aí tem televisão para assistir e tirar aquela tensão de pensar na paciente”, destacou Aderaldo.
HGR prepara comemoração para o Dia dos Povos Indígenas
Nesta sexta-feira, 19, o HGR realizará uma comemoração em alusão ao Dia Mundial dos Povos Originários.
O evento ocorrerá no Bloco E da unidade, a partir das 9h, e reunirá pacientes e profissionais para uma programação com purificação espiritual (pajelança), dança cultural, palestras sobre atendimento humanizado e intercultural aos pacientes indígenas.
Na ação, pajés serão homenageados e reconhecidos como “médicos da floresta no HGR”, e ainda o lançamento de uma cartilha informativa com a linguagem e rotina hospitalar destinada aos profissionais da unidade, como forma de facilitar a comunicação com os povos indígenas.