Há três meses, a dona de casa Adriana Peixoto, de 49 anos, tem reclamado de dores intensas no joelho e por causa disso as atividades domésticas foram limitadas.
Ela teve a oportunidade de se consultar com um médico ortopedista na primeira edição do Governo Presente, com médicos da Sesau (Secretaria de Saúde), nesta sexta-feira, 19, no município de Cantá, a Leste do Estado.
“Eu estava precisando de uma consulta no ortopedista, o meu joelho estava há uns três meses doendo e quando vi essa ação de hoje resolvi procurar ver o que está acontecendo com esse joelho. Sempre o Governo do Estado faz essas ações que valorizam muito os munícipes”, destacou a paciente.
Até às 13 horas, a população teve acesso às especialidades de odontologia, ortopedia, cardiologia, pediatria e oftalmologia.
A ação, que ocorreu no Colégio Estadual Militarizado José Aureliano da Costa, promoveu mais de 600 atendimentos em saúde.
“A Sesau cumpre a sua missão de levar saúde com médicos especialistas para todos os cantos do Estado por meio do Programa Saúde Itinerante. E nessa primeira edição do ano do Governo Presente, realizamos mais de 600 atendimentos só numa manhã”, enfatizou a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon.
Além da saúde, o Governo Presente levou serviços de outras Secretarias e autarquias do Estado, tais como: emissão de RG, consulta de veículos e CNH, serviços jurídicos, parcelamento de contas de água, corte de cabelo, esmalteria, entre outros.
SOBRE A SAÚDE ITINERANTE
Criado pela Sesau com o propósito de aproximar a população dos serviços de saúde, o Saúde Itinerante é gerenciado pela Coordenadoria Geral de Assistência Especializada.
No ano passado, o programa realizou mais de 30 mil atendimentos, levando serviços de qualidade para a capital, municípios do interior e Dseis (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) do Estado.
“São serviços que tem como propósito desafogar as nossas unidades de saúde e valorizar as pessoas que buscam por nossas ações”, completou o diretor do Departamento de Políticas de Saúde Itinerante, Genival Ferreira.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Sesau (Secretaria de Saúde), iniciou nesta quinta-feira, 18, a oficina de elaboração do Programa Nacional de Saúde e Segurança dos Trabalhadores do SUS. A atividade segue até esta sexta-feira, 19.
Com foco na Atenção Integral à Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde, o evento está sendo realizado no auditório do Boa Vista Eco Hotel, situado no bairro Mecejana.
A secretária-adjunta da Sesau, Adilma Lucena, ressaltou a importância da atividade para o Estado.
“Acreditamos que essa oficina é muito importante, principalmente para os nossos RHs [recursos humanos], e efetivamente para que sejam criadas matrizes de documentos, para que possamos ter no âmbito de cada unidade de saúde o nosso Programa de Gerenciamento de Risco e o Programa de Saúde Operacional dos Trabalhadores”, ressaltou
De acordo com a coordenadora Geral de Gestão e Valorização do Trabalho na Saúde do Ministério da Saúde, Erica Bowes, o objetivo da oficina é promover um processo de prevenção dos riscos e agravos da saúde do trabalhador.
“Entendemos que essa articulação deve ser com toda a rede SUS, reconhecendo a participação dos entes federados nessa rede compartilhada. Com isso garantir que os trabalhadores possam ter condições, processos e relações de trabalho adequados, seguros, dignas e humanizadas”, ressaltou.
Além de representantes de unidades hospitalares de grande porte, a oficina conta ainda com a participação de membros do Conselho Estadual de Saúde de Roraima, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde e Vigilância em Saúde do Trabalhador.
“As políticas que serão desenvolvidas aqui permitirão que o trabalhador tenha acesso a uma saúde integral, um olhar humanizado. Então, esses dois dias vão ser de trabalho árduo, mas nós temos certeza que as matrizes, tudo que for construído, serão produtos muito importantes para a elaboração desse Programa”, destacou a coordenadora Geral de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da Sesau, Johanne Pontes.
O Governo de Roraima vem fortalecendo cada vez mais o cuidado e a prestação do serviço de saúde aos povos originários. As mudanças no fluxo de atendimento das unidades de referência da Rede Estadual de Saúde proporcionaram absorver uma demanda crescente.
Com a criação do Núcleo de Saúde Indígena, a Sesau (Secretaria de Saúde) conseguiu dar uma nova dinâmica aos atendimentos que são realizados no Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues e Pronto Atendimento Cosme e Silva, ambas situadas na zona Oeste de Boa Vista.
No caso do HC, unidade que oferece atendimentos de clínica médica por meio de leitos de retaguarda, os indígenas contam com ambientes que respeitam as tradições, independentemente do país de origem. São atendidos indígenas da Venezuela, por exemplo.
“Nós temos o redário, uma alimentação diferenciada voltada para a cultura indígena, temos também a identificação no leito específico com as figuras representando sua etnia”, explicou a enfermeira e coordenadora do Núcleo, Beatriz Gonçalves.
Em 2023, o HC recebeu 314 pacientes indígenas oriundos do Hospital Geral de Roraima e Pronto Atendimento Cosme e Silva; enquanto em 2024, até o dia 15 de abril, foram admitidos 118 pacientes.
“Todo o nosso trabalho é voltado para a cultura desses pacientes, tentando viabilizar [ao máximo] toda uma preocupação com a internação, respeitando suas culturas”, reforçou.
Indígena da etnia Macuxi, Arrison Raposo, de 34 anos, veio da comunidade Raposa Serra do Sol em razão de uma suspeita de Hepatite B, com quadro de febre. Ele avaliou o atendimento recebido pela equipe multiprofissional do HC como importante para a sua recuperação.
“Eu pedi o apoio do pessoal da Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena do Governo Federal] na minha comunidade. Fui para Normandia e depois me transferiram para Boa Vista. O atendimento aqui [no HC] é excelente, e estou sendo bem tratado, graças a Deus”, ressaltou.
A poucos metros do HC, o Pronto Atendimento Cosme e Silva é responsável por prestar serviços de urgência e emergência médica. Só em 2023, a unidade contabilizou 3.727 atendimentos a pacientes indígenas, entre aldeados e não aldeados; e 1.092 atendimentos de 1º de janeiro até o dia 15 de abril de 2024.
No Cosme e Silva o paciente indígena é atendido, estabilizado, alimentado e em seguida é transferido para a Casai onde segue o tratamento.
Mais de 150 pacientes foram operados no mutirão cirúrgico promovido pelo Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), no Hospital Regional Sul Ottomar de Sousa Pinto, em Rorainópolis.
Esses pacientes estavam na fila de espera das cirurgias eletivas há mais de um ano. O mutirão ocorreu no período de 10 a 16 de abril, contemplando as especialidades de cirurgia geral e cirurgia ginecológica.
“Eram procedimentos que estavam parados há mais de um ano. Foram mais de 150 procedimentos realizados, tanto da Cirurgia Geral quanto da Ginecologia. Foi muito gratificante realizar esses mutirões, tendo em vista que todas as cirurgias foram realizadas com 100% de sucesso, sem nenhum tipo de intercorrência, acabando com uma longa espera desses pacientes”, destacou a diretora geral da unidade, Rayane Phranklismar.
Moradora de Rorainópolis, Nilda Valente foi uma das pacientes contempladas no mutirão de cirurgia ginecológica. Ela agradeceu a acolhida que recebeu de toda a equipe da unidade.
“Graças a Deus fui muito bem acolhida, muito bem atendida pela equipe médica e estou muito agradecida por ter conseguido essa cirurgia, pois faz muito tempo que estava buscando por esse procedimento”, disse.
Para o paciente Antônio Araújo, a realização dos procedimentos demonstra a preocupação do Governo com o bem-estar da população.
“Sou morador de Rorainópolis também. Quero parabenizar a equipe de médicos e enfermeiros do hospital, e ao Governo por ter conseguido esse mutirão. Fui atendido graças a Deus”, pontuou.
PRÓXIMO MUTIRÃO
Rayane Phranklismar informou que a próxima etapa de mutirões cirúrgicos será realizada em maio, do dia 11 ao dia 16, com a expectativa de realização de 150 procedimentos.
“Será nos mesmos moldes da primeira etapa. Vamos atualizar os exames de alguns pacientes, auxiliando na emissão do risco cirúrgico, para que posteriormente eles passem pela avaliação médica, para assim entrar no mapa cirúrgico da unidade”, completou.
SOBRE O HOSPITAL
Inaugurado em março de 2014, Hospital Regional Sul Ottomar de Sousa Pinto é a principal referência no atendimento de urgência e emergência médica da região Sul do Estado, atendendo as demandas de Rorainópolis, dos municípios vizinhos e até mesmo da população de cidades amazonenses, já que o município faz divisa com o Amazonas.
O complexo hospitalar da unidade também dispõe dos serviços da Maternidade de Rorainópolis Thereza Monay Montessi e do Centro de Especialidades Médicas Dr. Alceste Madeira de Almeida.
As Doulas são mulheres experientes no parto e que proporcionam conforto emocional durante o nascimento do bebê. Por essa importância no processo de nascimento de uma criança, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth abriu nesta quarta-feira, 17, as inscrições de voluntárias para o programa Doulas Amigas. Serão disponibilizadas seis vagas.
A iniciativa está preconizada na Lei n° 1.009/2015, que permite a presença da doula e do acompanhante, mediante solicitação da mãe, durante a assistência pré-natal, nos hospitais e maternidades públicas ou privadas.
“As doulas nada mais são do que mulheres experientes em parto, proporcionando suporte físico e emocional [para as pacientes], além de oferecer informações de forma continuada às mães antes, durante e logo após o nascimento”, explicou a diretora do Departamento de Ensino, Pesquisa e Divulgação do HMI, Raissa Sampaio.
COMO PROCEDER?
Para se inscrever, a interessada deve entrar em contato no WhatsApp (95) 98416-5828, e enviar cópia do RG, CPF, comprovante de residência, cartão de vacina atualizado, seguro de vida e o certificado de formação em doula.
“Essa documentação passará por análise, e após isso elas irão ingressar na unidade, passarão por capacitação sobre normas de biossegurança e segurança do paciente, e orientações sobre as suas funções por meio do manual Doulas Amigas”, completou.
As voluntárias serão alocadas na Ala das Orquídeas, local que abriga o bloco de parto normal, distribuídas entre os turnos matutino, vespertino e noturno.
Raissa ressaltou ainda que a inserção de doulas no cenário da humanização do parto tende a deixar o parto mais natural, com estratégias não farmacológicas para o manejo da dor, evitando o uso de analgésicos e da cesariana eletiva, a fim de evitar expor a mulher e o bebê à riscos.