Dando continuidade às ações de controle das arboviroses em Roraima, a Sesau (Secretaria de Saúde) estará auxiliando no combate à dengue, zika e chikungunya no município de São João da Baliza.
Por meio da CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde) foram disponibilizados cinco veículos equipados com nebulizadores, 105 litros de inseticida e 13 técnicos para reforçar as estratégias de bloqueio da transmissão da doença.
O município registrou um aumento nos casos de dengue, especialmente com a circulação do sorotipo 3, exigindo uma resposta imediata para conter a propagação do vírus.
Segundo a gerente do Núcleo Estadual de Controle da Febre Amarela e Dengue, Rosângela Santos, a situação demandou um esforço conjunto entre estado e município.
“Todas as atividades precisavam ser realizadas imediatamente para bloquear a transmissão da doença. A gestão municipal seguiu as orientações do estado, promovendo limpeza urbana e eliminando criadouros do mosquito”, destacou.
As ações envolveram diversas frentes, desde o atendimento aos pacientes e diagnóstico da doença até o controle do vetor. “O trabalho vai desde a vigilância epidemiológica, passando pela assistência ao paciente, até a visita domiciliar dos agentes de endemias. O Estado complementa esse esforço com o uso dos carros fumacê”, explicou Rosângela.
O reforço nas medidas já apresenta resultados positivos, com uma redução no número de casos na região. No entanto, além das intervenções diretas, a mobilização social foi um dos pilares do combate à doença.
“O mais importante foi a conscientização da população sobre sua responsabilidade no controle das arboviroses. Esse esforço coletivo é essencial para evitar novos surtos”, ressaltou Rosângela.
A atuação integrada entre estado e município reforça a importância da prevenção e do engajamento da comunidade no combate ao mosquito Aedes aegypti, garantindo mais segurança à população de São João da Baliza.
Nesta terça-feira, 25, a CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde) iniciou um treinamento voltado para profissionais de saúde que atuam no diagnóstico e tratamento da malária. Os municípios estão recebendo uma capacitação sobre a testagem de G6PD (deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase) para a implementação do medicamento tafenoquina (cura radical) para a malária do tipo vivax.
O treinamento está ocorrendo no auditório da CGVS e segue até quarta-feira, 26.
A malária continua sendo um grande desafio de saúde pública no Brasil, concentrando 99% dos casos nos nove estados da Amazônia Legal, com Roraima ocupando a segunda posição em número de casos, atrás apenas do Amazonas.
Segundo o gerente do Núcleo de Controle da Malária, Gerson Castro, a tafenoquina é uma das estratégias do MS (Ministério da Saúde) para eliminação no Brasil até 2035.
“Nos municípios de Caroebe, Rorainópolis, Canta e Caracaraí, quase 100% da malária é do tipo vivax. A tafenoquina é um tratamento mais rápido, de dose única, e já foi testada pela Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz] em 2021 e 2022 no Amazonas e em Rondônia”, afirmou.
A atualização dos profissionais ocorre em um momento estratégico, pois a partir de abril, a medicação tafenoquina será disponibilizada para os 15 municípios de Roraima.
“Roraima será o primeiro Estado do Brasil a implementar a tafenoquina em todo o seu território. Atualmente já fizemos essa implementação em 32 municípios e sete Distritos Sanitários Especiais Indígenas, mas essa é a primeira vez que levamos a medicação para um estado inteiro”, destacou o coordenador Nacional de Eliminação da Malária, Alexander Vargas.
A MEDICAÇÃO
A tafenoquina é considerada um avanço no tratamento da malária vivax, reduzindo o tempo de tratamento e aumentando a adesão dos pacientes.
“Antes, o tratamento durava sete dias. Agora, com a tafenoquina, é feito em dose única, junto com três dias de cloroquina, o que melhora a adesão e evita recaídas”, destacou Vargas.
Outro ponto essencial abordado na capacitação é a testagem para G6PD, um exame fundamental para garantir a segurança do uso da tafenoquina.
“O teste de G6PD é essencial porque algumas pessoas possuem uma deficiência dessa enzima e, nesses casos, o uso da tafenoquina pode causar complicações. Esse exame protege o paciente e garante um tratamento seguro”, explicou Vargas.
NO BRASIL
A malária é uma é uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo protozoário do gênero Plasmodium e transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles darlingi.
No Brasil, 99% dos casos de malária estão localizados nos nove Estados da Amazônia Legal. Roraima é o segundo em maior número de casos depois do Amazonas.
Em 2024 foram registrados no Brasil 141.301 casos de malária. Destes, 80% são do Plasmodium vivax. Nesse sentido, o Ministério da Saúde, por meio da Anvisa, incorporou em 2019 a medicação tafenoquina como cura radical para Malária do vivax em dose única.
Em 2023, primeiramente foi realizada a implantação para o Dsei-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami) em função da emergência na saúde do povo yanomami, e depois para o Dsei Leste.
A Sesau (Secretaria de Saúde) recebeu esta semana a Oficina do PlanificaSUS, voltada para os profissionais de saúde, com foco no pré-natal e na redução da mortalidade materno-infantil.
O PlanificaSUS tem como objetivo principal apoiar secretarias de saúde estaduais e municipais na implantação da PAS (Planificação da Atenção à Saúde), fortalecendo o papel da APS (Atenção Primária à Saúde) e da AAE (Atenção Ambulatorial Especializada) na organização da Rede de Atenção à Saúde. Dentre as estratégias propostas para isso está a disponibilização de cursos de apoio.
A ação, que encerrou nesta quarta-feira, 26, integra o Ministério da Saúde e o Hospital Albert Einstein, visando melhorar a atenção à saúde nas unidades básicas e no Centro de Referência em Saúde da Mulher.
Durante a oficina, a equipe da Sesau e os profissionais dos municípios da região Centro-Norte estiveram reunidos para discutir a organização dos serviços de saúde e otimizar o atendimento das pacientes gestantes.
“A oficina tem como objetivo principal a organização dos processos de trabalho das equipes de saúde, tanto no ambulatório quanto nas unidades de saúde da mulher, para garantir uma melhor qualidade no atendimento das mulheres, especialmente das grávidas, com foco no pré-natal de risco habitual e de alto risco”, afirmou a coordenadora-geral de Atenção Básica da Sesau, Cinthia Brasil.
Para a diretora do Centro de Referência em Saúde da Mulher, Taynah Almeida, a oficina foi uma oportunidade importante para retomar o trabalho de planejamento com o objetivo de diminuir a mortalidade materna e infantil em Roraima. Desde outubro do ano passado o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth não registra mortalidade materna.
“O plano de cuidado é compartilhado entre a unidade básica e o Centro de Referência, garantindo que as gestantes continuem seu acompanhamento tanto no ambulatório quanto nas unidades de saúde. O compromisso com a saúde pública e com a melhoria do atendimento à gestante é fundamental para evitar que, ao chegar à maternidade, a gestante e o bebê estejam em uma situação de risco que poderia ter sido evitada com intervenções oportunas”, complementou.
O Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) promoveu, nesta semana, um curso sobre Noções em Hemoterapia para qualificar os profissionais que atuarão no Hospital Universitário de Roraima.
O curso reuniu nove profissionais e abordou temas essenciais para a prática da hemoterapia, como o ciclo do sangue, hemovigilância e retrovigilância, reações transfusionais, boas práticas em agências transfusionais e os passos para a implantação do Comitê Transfusional.
Também foram discutidos assuntos como biossegurança, gestão de resíduos, imuno-hematologia laboratorial, qualidade nos serviços do Hemocentro e captação de doadores de sangue.
De acordo com Liliana Bezerra, responsável técnica pelo Núcleo de Educação Permanente do Hemoraima, o curso serve como 'um pontapé inicial' para "Posteriormente, iremos realizar outros treinamentos pontuais, de acordo com o setor ao qual o profissional será lotado. Ele proporciona uma base importante, especialmente para aqueles que irão trabalhar diretamente com agências transfusionais ou com hemovigilância", explicou.
A qualificação faz parte de uma estratégia contínua para treinar profissionais da saúde, visando melhorar a qualidade do atendimento e garantir maior segurança nos processos de hemoterapia.
"Eu acho que isso fortalece o serviço. Um profissional capacitado é um profissional que executa suas atividades com mais qualidade. A população ganha, o Hemocentro ganha, pois será mais fácil acompanhar um profissional já afinado com os temas da hemoterapia", complementou Liliana.
A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), iniciou nesta quarta-feira, 26, uma Oficina sobre as Diretrizes para a Eliminação da Aids enquanto problema de Saúde Pública no Brasil até 2030.
A oficina faz parte do Programa Brasil Saudável: Unir para Cuidar, lançado pelo Governo Federal, que visa enfrentar problemas sociais e ambientais que afetam a saúde de pessoas em maior vulnerabilidade social.
O evento está ocorrendo até quinta-feira, 27, no Ceforr (Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação do Estado de Roraima), e recebeu representantes das Coordenações de Vigilância e Atenção Primária dos municípios de Roraima. Também participaram a Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), a Sejuc (Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania), a Operação Acolhida, organizações da sociedade civil e organismos internacionais.
“Para a construção do plano de enfrentamento e de eliminação do HIV é essencial a participação de todos esses profissionais, os próprios profissionais de saúde que elaboram seus planos de ação. A vigilância assume essa responsabilidade de finalizar juntamente com todos esses profissionais e representações, vamos apresentar para a secretária e começar a trabalhar com os municípios nesse propósito’, afirmou a coordenadora geral da CGVS, Valdirene Oliveira.
O Programa tem como meta a eliminação de 11 doenças e 5 infecções de transmissão vertical enquanto problemas de saúde pública. Em relação à epidemia de AIDS, a meta é ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, destas 95% em tratamento e das em tratamento, 95% com carga viral controlada
“Os profissionais de saúde têm um papel fundamental em todas as etapas, desde o diagnóstico, tratamento e condução do cuidado de saúde. Eles são responsáveis por elaborar o plano de cuidado para essas pessoas e, além disso, fazem o acompanhamento da adesão ao tratamento. Eles são essenciais, pois vivenciam tanto o diagnóstico quanto o tratamento e a prevenção, sendo, portanto, fundamentais para o sucesso dessa ação”, explicou a gerente do Núcleo de Controle das IST/AIDS, Jaqueline Voltolini.