Nesta terça-feira, 10, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma data importante que visa sensibilizar a população sobre importância de ações coletivas em prol da saúde mental.
Em Roraima, as unidades da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) intensificam uma série de atividades junto aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), destacando a presença do profissional de saúde no cuidado com as pessoas.
A psicóloga do setor de Psiquiatria e Psicologia da Policlínica Coronel Mota, Carime Lima, reforça que é preciso ficar atento quando alguém apresenta comportamento de isolamento, tais como tristeza profunda, perda ou excesso de apetite, dificuldade para lidar com problemas e crise de ansiedade.
“Esse mês de valorização da vida, preconizamos que as pessoas tenham autocuidado, procurem os profissionais corretos para começar o tratamento em saúde mental. Falamos que é muito melhor tratar de forma preventiva do que tratar quando a doença já está desenvolvida ou instalada”, afirmou.
A especialista ainda chama atenção para sintomas físicos que podem ser identificados, como taquicardia, sentir tremores, agonia, desespero e dores no peito.
“Você pode conversar, tentar falar que existe apoio e profissionais que podem estar manuseando tudo isso de uma forma melhor, com um entendimento melhor do assunto, para que a pessoa volte a ter uma vida saudável”, acrescentou Carime.
PROGRAMAÇÃO
Dando continuidade às ações da programação do Setembro Amarelo da Secretaria de Saúde, a Policlínica Coronel Mota realizou uma blitz nesta manhã em frente à Assembleia Legislativa de Roraima com entrega de mensagens de apoio para os motoristas.
“Fizemos a distribuição de panfletos, de doces, frases motivacionais, exatamente para as pessoas não desistirem e saberem que tem solução, tudo passa”, ressaltou a Daisy Moura, enfermeira do setor de psiquiatria e psicologia do Coronel Mota.
A Maria Aparecida Correia, de 57 anos, revela que já passou pela depressão e que aprecia a ação da equipe da unidade.
“Já passei pela situação de depressão, não é fácil, então essa ação que estão fazendo é muito importante para a população, para os jovens, para todos. E acreditar muito em Deus é o que faz a nossa cura”, disse.
Além disso, no CAPS III (Centro de Atendimento Psicossocial Edna Macellaro Marques de Souza) também realizaram uma atividade com os pacientes que fazem acompanhamento na unidade.
“Nós buscamos trazer essa promoção da vida e vamos aproveitar esse dia para comemorar o dia do aniversário dos pacientes que fazem acompanhamento aqui conosco. Tivemos karaokê, pintura e recital de frases que falam sobre as emoções da vida para que eles falem sobre o valor de viver”, ressaltou o terapeuta ocupacional do CAPS III, Luiz Pascoal.
Como funciona a rede?
A porta de acesso ao atendimento psiquiátrico em Roraima se dá de duas formas. A primeira delas por meio dos Postos de Saúde. Dependendo da situação, o paciente pode ser encaminhado para os demais pontos da Rede de Atenção Psicossocial.
A atenção básica, por exemplo, é responsável por realizar os atendimentos dos pacientes que apresentam grau de adoecimento mental leve, cujo tratamento é feito por meio de acompanhamento psicológico.
Já a rede estadual de saúde realiza o atendimento dos casos moderados, que têm como referência o ambulatório do Coronel Mota; e dos casos graves, cuja referência é o CAPS III.
Em casos de surtos psicóticos, tentativas de suicídio, crise por abstinência, é recomendado que o paciente seja encaminhado para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, que é a única no Estado que possui escala de 24h, com atendimento psiquiátrico.
É importante lembrar ainda os atendimentos dos CAPS de cada município; o CAPS II, unidade voltado para o atendimento infantil em Boa Vista; e o CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), que realiza o atendimento de pessoas com vício em álcool e drogas.
Finalizada pelo Governo de Roraima, a reconstrução do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth potencializará a humanização, modernização e qualidade no cuidado de gestantes e recém-nascidos, desde a estrutura até os atendimentos prestados pelos profissionais de saúde da unidade.
Referência do Estado na assistência de grávidas durante o período de recepção, pré-parto e puerpério, a Maternidade tem 41 anos de existência. Reinaugurado pelo Governo do Estado na noite de sexta-feira, 7, o hospital de grande porte atua com alto fluxo de atendimentos, internações e realização de procedimentos cirúrgicos (urgências, eletivos, curetagem e partos), e já é a maior unidade do tipo na Região Norte.
“O Governo de Roraima realizou o maior investimento de infraestrutura já feito na nossa Maternidade, que agora conta com mais de 300 leitos. A Nova Maternidade conta com laboratório, raio-X, ultrassom, ressonância, mamografia, tomografia, Banco de Leite e 16 blocos para atender melhor as mãezinhas e cerca de mil bebês que nascem por mês em Boa Vista”, ressaltou o governador Antonio Denarium, durante a solenidade de inauguração do HMI.
“E esta entrega é só o começo de um projeto maior. No terreno anexo da Maternidade será construído mais um bloco de dois andares que vai contar com mais 200 leitos em uma área total de 4 mil metros quadrados”, completou.
Nova estrutura e processo de reconstrução da Maternidade
Toda a rede hidráulica, elétrica, piso e revestimento cerâmico, forro e telhado do HMI foram substituídos. Na parte elétrica foram utilizados aproximadamente 120 mil metros de cabo linear. Para reconstruir os pisos e demais partes de alvenaria e urbanização, foram utilizadas cerca de 331 toneladas de cimento.
Para o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Edilson Damião, a obra foi uma verdadeira operação e um desafio da engenharia roraimense. “Foi tudo reconstruído e instalado novo nesse espaço de 14 mil metros quadrados. Só na parte elétrica foram utilizados 120 mil metros de cabo linear. Para mensurar a extensão desses cabos, é como se fôssemos de Boa Vista até Bonfim. Um investimento necessário para entregarmos uma maternidade moderna e completa”, ressaltou.
Na infraestrutura anterior da Maternidade, a demanda elétrica era de 1,3 MW (megawatts) de potência. Com as ampliações e melhorias, a capacidade agora é de 3,5 MW de potência. Os quatro transformadores e quatro grupos geradores da Nova Maternidade são equivalentes à capacidade de atendimento diário do município do Cantá. Caso falte energia, a rede automática também é capaz de manter em funcionamento todo o complexo do HMI.
Concluída a obra, a Nova Maternidade tem 294 leitos de enfermaria, 68 leitos de UTI Neonatal e 5 de UTI Materna, em 13 blocos e três anexos. Mais de 350 empregos diretos e indiretos foram gerados, incluídos operários, equipe de engenharia e outras áreas.
A secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, explicou que o momento é de grande importância e pontuou os avanços na nova estrutura, dentre eles os cinco leitos de UTI Materna, que antes não tinha e, quando uma mãe precisava de UTI, era transferida para o HGR (Hospital Geral de Roraima) Rubens de Souza Bento.
“Temos 68 leitos de UTI Neonatal e cinco de UTI Materna, o que vai permitir que mães com complicações fiquem internadas na unidade, perto de seus bebês, além de outras modernidades especialmente na área da média e alta complexidade, que é o perfil da nossa Maternidade, com a oferta de exames laboratoriais e de imagem como ressonância, que antes não existiam”, afirmou. O novo complexo conta ainda com outras novidades, como a Casa da Gestante, capela e Bloco da Nutrição.
PLANO DE MUDANÇA
Para que ocorra uma mudança segura da unidade provisória do bairro 13 de Setembro para a Nova Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a Sesau (Secretaria de Saúde) vai executar um plano de transferência minucioso, dentro das normas da Resolução RDC 50 do Ministério da Saúde.
Neste sábado, 7, será feita uma nova higienização em todo o prédio do HMI, após o grande fluxo de pessoas nas dependências internas da nova unidade durante a inauguração, o que gerou o aumento do risco de contaminação e infecções e pode comprometer a segurança hospitalar, primordial para a proteção dos pacientes.
Dessa forma, a transferência de pacientes e início de atendimentos de urgência e emergência ocorrem somente após o término da limpeza e higienização geral da unidade, a fim de descartar riscos de infecções hospitalares para bebês, pacientes e profissionais.
“Essa transferência planejada de todos os nossos pacientes, sejam eles as mães, os acompanhantes e os recém nascidos é uma medida que respeita as normas de vigilância e atende ao que preconiza o SUS para que não tenha nenhum problema nesse processo”, explicou o diretor administrativo do HMI, Edgar Hoover.
BLOCOS
O Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth possui diversos segmentos separados por situações, como o Bloco Margaridas, onde são alojadas as pacientes com patologias ginecológicas, principalmente sangramentos transvaginais, que necessitam de cirurgias.
No Bloco Orquídeas ficam as gestantes em trabalho de parto, enquanto que no Bloco Girassóis as gestantes de alto risco ficam em observação, enquanto as pacientes em puerpério e seus recém-nascidos devem aguardar a alta no Bloco Rosas.
O Bloco Azaleias realiza as internações pré e pós-cirurgia, além dos setores de UTI Neonatal e Materna. Há ainda o Bloco de Atendimento de Urgência e Emergência, a Casa da Gestante para mães que querem ficar perto de seus bebês internados, o Banco de Leite Humano e o laboratório de análises clínicas.
O HMI dispõe de Cartório de Registro, Programa Qualineo, vacinas especiais e testes de triagem (pezinho, orelhinha, olhinho, coraçãozinho). Além disso, a unidade conta ainda com os serviços do Projeto Colo de Mãe, odontologia, vacina, psicologia, serviço social, Unidade de Vigilância Epidemiológica, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Núcleo da Qualidade e Segurança do Paciente e saúde indígena.
Outra questão que torna o HMI valioso para a saúde da população feminina é o apoio e o diagnóstico terapêutico, oferecendo audiometria, ultrassonografia, raio-X, eletrocardiograma, agência transfusional e laboratorial, além dos exames de alta complexidade, como a ressonância magnética e tomografia computadorizada.
OBRA DE AMPLIAÇÃO
Na próxima etapa serão iniciados os serviços da obra de ampliação. Serão dois pavimentos com total de 4 mil metros quadrados. Esse bloco vai contar com novas enfermarias, salas de repouso e uma nova e ampla recepção. Um investimento de R$ 22 milhões que vai aumentar a capacidade de atendimento para mais 200 leitos, o que tornará o HMI uma das maiores unidades do tipo no País.
A doação de aférese faz toda a diferença na vida de muitas pessoas que fazem tratamento hemoterápico pelo Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima). No entanto, o aumento da demanda e a ausência de voluntários têm preocupado cada vez mais a unidade.
“Estamos com baixíssimo estoque e precisamos continuar salvando vidas. Estamos com muita demanda de solicitação de bolsas de hemocomponentes, como plaquetas e hemácias. Nós temos muitas pessoas necessitando dentro das unidades hospitalares, por isso contamos com você”, alertou a assistente social do setor de captação, Hellen Bessa.
Aférese é a separação dos componentes do sangue por centrifugação, feito por equipamento automatizado. O sangue do doador é captado e a máquina separa apenas as plaquetas e depois retornado ao organismo do doador.
Nesse tipo de procedimento, a quantidade de plaquetas coletadas equivale a 8 doações tradicionais de sangue. A plaqueta é essencial na coagulação de sangue, sendo extremamente importante no tratamento de pacientes com câncer.
“Esse tipo de doação nos ajuda a salvar vidas de pessoas que necessitam de forma específica, somente de plaquetas e de hemácias. Se você quer contribuir nessa corrente do bem procure a nossa instituição para fazer uma avaliação para ver se você tem o perfil para ser doador”, destacou Hellen.
Para se qualificar como um doador de aférese, é preciso pesar acima de 70 quilos, ter um histórico regular de doação de sangue, estar saudável e preferencialmente ter veias calibrosas (que se destacam na pele).
Vale ressaltar que, enquanto o sangue tem a validade de até 30 dias, as plaquetas duram apenas cinco dias. Por essa razão, não é possível captar, processar e armazenar plaquetas em grandes quantidades. Sendo assim, os doadores possuem um relacionamento de disponibilidade, doando quando solicitado pelo setor de captação.
O professor de matemática, de 51 anos, Edilberto Martins Pereira, é doador de aférese há 4 anos, desde que se sensibilizou com a condição de pacientes com leucemia ou câncer, assim como pessoas que passam por cirurgias cardíacas e vítimas de traumas.
“Geralmente quando o Hemoraima precisa dessa doação, alguém da captação faz o contato marcando o dia e horário que será feito, este processo que dura em torno de uma hora, mais ou menos, e sempre acompanhado de um profissional da saúde”, explicou o doador.
SEJA DOADOR
Para ser um doador de aférese, é preciso se encaixar em alguns critérios como, ter entre 18 e 60 anos de idade, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto.
O Hemoraima fica localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3418, bairro Aeroporto, ao lado do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento).
O horário de funcionamento da unidade é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h. Outras informações podem ser obtidas por meio do número (95) 98404-9593.
A Sesau (Secretaria de Saúde), por meio da Policlínica Coronel Mota, deu início nesta sexta-feira, 6, a programação alusiva ao Setembro Amarelo, campanha que visa promover a importância da saúde mental e prevenção ao suicídio.
A programação na unidade contou com a visita de servidores do setor de psicologia e psiquiatria da unidade em todos os pavimentos, desde a recepção até as salas administrativas e de atendimento.
“Nós estamos no Setembro Amarelo, que é o mês de valorização da vida, e a gente sempre abraça, não só neste mês, pois sabemos que temos que buscar essa autoajuda o ano todo, mas setembro é de fato o período que nós abraçamos e enfatizamos essas orientações, para que as pessoas possam identificar os sinais, já que a depressão ou outros tipos de patologias não se manifestam de imediato”, ressaltou a gerente do setor, Sueli Melo.
Além de panfletos com orientações, a programação contou com música e distribuição de bilhetes com frases motivacionais.
A nutricionista Liliane Junqueira parabenizou a iniciativa, pois para ela, a música traz uma ambiência de paz e amor para o ambiente de trabalho.
“É uma ação muito importante para que os servidores saibam que esse é um mês dedicado ao cuidado com a saúde emocional, que é algo indispensável para que possamos nos manter bem em nosso ambiente de trabalho, para que possamos prestar um serviço de qualidade e, principalmente, para a nossa própria qualidade de vida”, destacou a nutricionista do Coronel Mota, Liliane Junqueira.
Confira a programação:
10/09 – Blitz Educativa
Horário: 9h
Local: Setor de Saúde Mental do Coronel Mota
13/09 – Palestra sobre a Importância da Saúde Mental
Horário: 10h
Local: Setor de Psicologia e Psiquiatria do Coronel Mota
20/09 – Palestra sobre a Importância da Saúde Mental
Horário: 16h
Local: Setor de Psicologia e Psiquiatria do Coronel Mota
26/09 – Palestra sobre cuidados e auto ajuda para saúde mental
Analistas técnicos que compõem a Ouvidoria do SUS, do Ministério da Saúde, e membros da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) visitaram a estrutura do Novo Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, que será inaugurado nesta sexta-feira, 6.
A atividade encerra os trabalhos da 1ª Oficina de Educação Permanente em Saúde para Ouvidorias do SUS, ação que envolveu a participação de ouvidores dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Roraima.
A comitiva foi recebida pela secretária-adjunta da Sesau (Secretaria de Saúde), Adilma Lucena, que ressaltou a importância do comparecimento dos profissionais em um momento importante para o Estado.
“Eles aproveitaram o momento da atividade para concluir os trabalhos com a visita na nossa Maternidade, e eles ficaram encantados com a estrutura. A gente sabe que o índice populacional de indígenas é muito grande, mas a única maternidade na Região Norte que possui leitos totalmente adaptados para esse público, desde do cuidado alimentar, é o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, aqui em Roraima”, disse.
Além de elogiarem a estrutura de cada um dos blocos da unidade, a equipe também destacou a preocupação da atual gestão da Sesau manter a Casa da Gestante, um anexo voltado para o acolhimento de pacientes que estão com recém-nascidos internados na UTI Neonatal da unidade.
“Viemos conhecer as instalações da Maternidade, estamos encantados com tudo que vimos, pois a estrutura é moderna, acolhedora, ficamos impressionados com cada detalhe, as pinturas e a sala que vai acolher as mães indígenas. Então, nossa equipe está bem impressionada com o nível de atenção que a unidade acolherá as mães e os recém-nascidos”, pontuou a assessora Técnica da Ouvidoria do SUS, do Ministério da Saúde, Viviane Martins.