O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, teve ação conjunta em Roraima. Encabeçada pela Sesau (Secretaria de Saúde), a programação contou com blitz educativa nas ruas da capital e atendimentos de saúde ao longo do dia em uma faculdade privada localizada na zona oeste.
A ação “Diabetes e Bem-Estar” teve como finalidade a detecção precoce de diabetes, como também possíveis complicações causadas pela doença. “Disponibilizamos testes de glicemia [para detecção de diabetes], aferição de pressão arterial, como também orientações sobre cuidados, prevenção e tratamento da doença”, disse gerente de Saúde da Pessoa Idosa e do Homem da Sesau, Izabel Olivares, ao acrescentar que o diabetes é uma doença que chega silenciosa e vai se agravando aos poucos. “A prevenção é a melhor alternativa”.
Ao todo, 70 acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Paulista contribuíram para a ação de saúde realizando os atendimentos. A docente do curso, Christianny Filgueiras alerta para a prevenção. “Mais de 537 milhões de pessoas convivem com a doença e estima-se que até o ano de 2030, serão mais de 700 milhões de pessoas. Mas é uma doença crônica que pode ser prevenida com o controle adequado da alimentação, prática de atividades físicas, dentre outras”, disse.
A acadêmica de Enfermagem, Jaqueline Lima da Silva, participou da ação e considerou importante para a população. “É importante trabalhar na prevenção e como fazer isso: evitar açúcar, alimentos industrializados, ter uma boa alimentação, dormir bem e praticar atividades físicas”, enfatizou.
PARCERIAS
O Dia Mundial do Diabetes é uma campanha realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e IDF (International Diabetes Federation), e no Brasil pela Fenad (Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes) e Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde). Em Roraima, a ação é encabeçada pela Sesau e contou com a parceria com a Unip, Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e prefeituras municipais.
Diante do aumento expressivo de casos de sífilis em Roraima, a Secretaria de Saúde, por meio da CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde), tem buscado fortalecer as práticas de diagnóstico, tratamento e notificação da doença.
Para isso, o Núcleo de IST/AIDS, em parceria com o Programa Nacional de IST/AIDS, iniciou a atualização dos profissionais de saúde focada no manejo clínico e na vigilância da Sífilis Adquirida, Gestacional e Congênita.
O evento está ocorrendo no Centro de Ciências da Saúde na UFRR (Universidade Federal de Roraima), nos dias 13 e 14, sendo voltada principalmente para médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que atuam diretamente no atendimento de pacientes com sífilis e na vigilância epidemiológica.
Dados epidemiológicos recentes apontam uma taxa de detecção de 150,93 casos por 100 mil habitantes em 2023, revelando a importância de uma resposta coordenada para combater a transmissão da doença, especialmente a sífilis congênita, que apresentou um aumento alarmante de 624% no estado entre 2014 e 2023.
Segundo a gerente do Núcleo, Jaqueline Voltolini, a atualização é voltada para todas as unidades que realizam o teste rápido de sífilis em Roraima, seja instituições privadas ou públicas.
“Precisamos fortalecer os nossos profissionais com qualidade de atendimento para melhorar esse diagnóstico e tratamento e conseguir a eliminação da sífilis congênita, porque é uma doença que se transmite de mãe para filho, e a nossa preocupação é ter crianças com sífilis congênita”, afirmou.
A programação inclui palestras e sessões práticas sobre diagnóstico e tratamento, além de estudo de casos clínicos e análise de indicadores de impacto.
Para a médica Melinda Matos, da Unidade Básica de Saúde Vanderly Nascimento de Souza, no bairro Jóquei Clube, está sendo ótimo se atualizar dentro da questão do atendimento de pacientes com sífilis.
“É um assunto que não tem tantas atualizações, mas é sempre bom relembrar, porque apesar de ver no dia a dia, às vezes tem coisas que deixamos passar, um detalhe ou outro, e aqui acabamos vendo mais detalhes”, ressaltou a participante.
Para fortalecer o trabalho integrado entre as redes da atenção primária e especializada no Estado e garantir um atendimento de qualidade, a Sesau (Secretaria de Saúde), está realizando mais uma etapa do Projeto Planifica SUS em Roraima.
O encontro, que começou na segunda-feira, 11 e segue até quarta-feira, 13, na ETSUS-RR (Escola Técnica da Sistema Único de Saúde), reúne profissionais dos municípios de Uiramutã, Alo Alegre, Bonfim, Amajari, Mucajaí, Cantá e Iracema.
“Esse ciclo aborda muito a parte materno-infantil, onde temos a participação do Centro de Referência de Saúde da Mulher, juntamente com a Maternidade, com a planificação desses locais do Estado”, explicou a representante da Coordenadoria Geral de Atenção Básica, Izabel Olivares.
Segundo a consultora do Ministério da Saúde, Diana Martins, a linha de cuidado escolhida tem como objetivo reduzir a mortalidade materno-infantil.
“O Planifica SUS é um conjunto de oficinas em que trazemos aos municípios, junto com a Secretaria Estadual, com o objetivo de fortalecer o cuidado em rede entre esses serviços. Identificamos processos do dia a dia dessas equipes que precisam ser aprimorados, levando ferramentas para que eles tenham um trabalho mais condizente com esse modelo de redes”, ressaltou.
A psicóloga do Centro de Referência da Mulher, Sigrid Duarte, também exerce a função tutora do Panifica SUS, sendo responsável por participar de capacitações e replicando na unidade estadual.
“Poderemos operacionalizar o SUS com mais eficiência, com mais resolutividade e fortalecer a rede para que a rede possa se comunicar, rede municipal, rede estadual, e juntos traçar diretrizes para o melhor atendimento ao usuário”, pontuou a servidora.
Órgãos governamentais da esfera estadual e federal se reuniram nesta terça-feira, 12, na Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) para a segunda reunião que visa definir os parâmetros de seca em Roraima. Essas diretrizes e informações são importantes para dar início às ações e à construção de um plano de contingência em diferentes níveis de resposta em um possível cenário de seca severa e estiagem instalados no Estado.
Em Roraima, a estação chuvosa é de abril a setembro. No segundo semestre de setembro começa a escassez de chuvas e a seca já começa a se instalar a partir da segunda quinzena de setembro e início de outubro, perdurando até meados de março, podendo ser alterados em ocorrências de instalação de fenômenos, como El Niño ou La Niña.
Já a redução na vazão de rios e igarapés é um indicativo de escassez de água, que pode afetar o abastecimento de água potável para consumo humano e a agricultura.
Participaram da reunião, representantes da Sesau, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Polícia Militar de Roraima, Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Secidades (Secretaria das Cidades, Desenvolvimento Urbano e Gestão de Convênios), UFRR (Universidade Federal de Roraima) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
O gerente do Núcleo de Vigilância em Desastres Naturais da Sesau, Guaracy Lavor, explica que em um plano de contingência existem quatro níveis de resposta: verde, amarelo, laranja e vermelho. Nessa classificação, a cor verde é considerada o nível normal e a cor vermelha é o nível mais extremo.
“Para que esses parâmetros possam ser discutidos e definidos, a gente reuniu diversos órgãos federais e estaduais. Foram dados alguns encaminhamentos e propostas para a continuidade dos trabalhos, principalmente os trabalhos de estudo científico, que vão subsidiar essas definições por meio da Universidade Federal e da Embrapa, que são instituições com expertise no campo da pesquisa”, ressaltou.
A modernização da infraestrutura de distribuição de água, com a implantação de sistemas de saneamento mais eficazes, a conscientização sobre o uso racional da água e o fornecimento de cestas básicas para populações vulneráveis também são ações que fazem parte dos planos de contingência do governo do Estado.
A atuação de equipes de apoio técnico e voluntários tem sido essencial para garantir que as famílias que dependem da agricultura de subsistência ou da pecuária não sejam completamente afetadas pela falta de recursos hídricos.
Pacientes oncológicas assistidas pela Unacon-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima) receberam, pela primeira vez em Roraima, a ONG Fios Encantados para uma ação social de carinho e amor.
O Projeto Fios Encantados é uma iniciativa sem fins lucrativos que visa confeccionar e doar toucas e perucas para pessoas em tratamento de câncer.
Na ação, a presidente da organização distribuiu lenços, travesseiros em formato de coração e outras lembrancinhas durante o encontro do Grupo Girassol, que contou também com a presença do cão terapeuta Zorro, do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
“Faltava só o estado de Roraima para visitarem, trazendo lenços, perucas; é um trabalho feito com muito amor e carinho. Esse tipo de ação é importante porque favorece a interação social, promove a autoestima, então faz muito bem para todas que participam”, afirmou a psicóloga da unidade, Nara Liziane.
A ONG foi criada em abril de 2018 e já havia visitado 25 estados e o Distrito Federal, entregando mais de 30 mil peças, sendo o projeto social que mais realizou doações pelo país.
A escolha da almofada de coração visa proporcionar conforto a pacientes mastectomizadas, preenchendo o vazio e desconforto que elas sentem embaixo do braço.
“Ela foi pensada para as mulheres, mas também entregamos para homens que precisam de um mimo, de um carinho, seja para apoiar na hora da quimioterapia, nas costas, no pescoço. Tem relatos de pessoas que tomavam dois medicamentos para dor por dia e, com a almofadinha, já não precisam mais dos remédios”, explicou a idealizadora do projeto, Mara Pereira.
A dona de casa Maria do Rosário passou pelo tratamento de câncer de mama na Unacon-RR em 2016 e, até hoje, participa dos encontros com as mulheres do Grupo Girassol, sendo sua maior alegria.
“De lá para cá, estou nesse grupo, e quando nos encontramos, melhora muito o nosso bem-estar, a nossa maneira de viver. As meninas são todas alegres. Nossa maneira de viver muda totalmente, fica diferente, porque, às vezes, em casa você não tem tanto carinho como tem aqui nesse grupo”, ressaltou a paciente.