Técnicos da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), órgão vinculado à Sesau (Secretaria de Saúde), participaram nesse domingo, 20, do lançamento da pedra fundamental do novo Hospital Regional de Lethem, cidade guianense que faz fronteira com Bonfim, em Roraima.
Realizada no complexo hospitalar de Lethem, a solenidade foi conduzida pelo presidente do país, Mohamed Irfaan Ali. A unidade terá infraestrutura que fortalecerá a capacidade de assistência em saúde da população residente da chamada Regional 9, região onde a Lethem está localizada.
“Dentro desse atendimento de assistência, a unidade terá setores de urgência e emergência, maternidade, centros cirúrgicos, UTI’s, entre outros serviços de diagnóstico para as diversas doenças”, explicou a gerente do NCFAD (Gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), Rosângela Santos.
A comitiva de Roraima contou com as presenças do diretor do DVE (Departamento de Vigilância Epidemiológica), José Vieira Filho; do gerente do Nievs (Núcleo de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde), Carlos Cley Alves; da gerente do NCIST (Núcleo de Controle das IST/HIV/AIDS), Jacqueline Voltolini; da médica infectologista da CGVS, Maria Soledade Benedetti; e do técnico do NCFAD, Joel Lima.
Para a gerente do NCFAD, além de reduzir os problemas de logística da cidade, uma vez que muitos pacientes precisavam ser enviados para Georgetown ou Boa Vista em razão da falta de estrutura, a ampliação do hospital em Lethem pode absorver as demandas oriundas da cidade de Bonfim, inclusive.
“Nós da Vigilância em Saúde vemos isso como um avanço muito importante, pois é um hospital de fronteira e que poderá também ser uma via de mão dupla. Assim como nós atendemos os pacientes que vem da cidade de Lethem, essa unidade poderá também receber os pacientes de Bonfim”, pontuou.
A Sesau (Secretaria de Saúde) encaminhou nesta sexta-feira, dia 18, uma Nota Informativa pedindo aos 15 municípios do Estado que intensifiquem as ações de vigilância quanto à circulação do vírus da Febre Amarela. A medida foi tomada após a confirmação laboratorial de um caso de epizootia (morte de Primata Não Humano) em Alto Alegre.
De acordo com a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, as investigações começaram em agosto deste ano, quando o órgão foi notificado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste sobre a descoberta do óbito de um PNH na comunidade indígena Raimundão.
“Hoje, 18 de outubro, recebemos o resultado do diagnóstico laboratorial de um PNH de uma comunidade indígena de Alto Alegre, muito próxima à área urbana do município, encontrado morto em agosto. Houve essa epizootia, e o Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue foi até o local. É uma região pertencente ao Dsei Leste, mas a equipe estadual foi até lá, coletou material desse animal, que foi enviado ao laboratório do Instituto Evandro Chagas, referência na região”, esclareceu a gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue do Estado, Rosângela Santos.
Ela destacou que as epizootias são ferramentas importantíssimas, pois ajudam as vigilâncias do Estado e dos municípios na implementação de ações para controlar os riscos de transmissão da Febre Amarela.
“A ocorrência de epizootias antecede uma possível transmissão da febre amarela, sinalizando a circulação do vírus. Esse diagnóstico reforça o alerta para que as pessoas se vacinem”, explicou.
Além da confirmação da epizootia em Alto Alegre, as autoridades de saúde também estão vigilantes quanto à fronteira de Bonfim, devido a duas confirmações de Febre Amarela Silvestre oriundas da Guiana.
As recomendações enviadas aos municípios também orientam os gestores das Secretarias Municipais de Saúde a intensificarem campanhas que sensibilizem a população sobre a necessidade de se proteger contra a doença por meio da vacinação.
“Essas duas situações, os casos confirmados oriundos da Guiana e a epizootia confirmada em primata não humano em Alto Alegre, são fatores de grande relevância para que o Estado entre em alerta quanto à possível ocorrência de febre amarela silvestre. A vigilância de epizootias e a cobertura vacinal estão sendo intensificadas nos municípios, com foco principalmente naquelas pessoas que frequentam as matas, realizam atividades ligadas ao turismo ecológico, praticam caça e pesca ou são adeptas de caminhadas e trilhas, pois estão mais expostas ao risco de infecção pelo vírus”, ressaltou.
Assegurar saúde para toda a população, proporcionando a assistência adequada aos 15 municípios do Estado. Esse é o trabalho da Sesau (Secretaria de Saúde), por meio de investimentos em imunização.
De acordo com informações do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações, órgão subordinado à Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, a Sesau repassou 1.417.000 doses de imunobiológicos de rotina e imunobiológicos especiais para as prefeituras municipais e Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
“Temos o objetivo de eliminar, erradicar e controlar as doenças imunopreveníveis. É necessário que toda a população do nosso Estado busque o serviço mais próximo de sua residência. As vacinas são seguras, elas passam por todo o teste de segurança antes de ser aprovada para todo o público”, afirmou a enfermeira do NEPNI, Danyele Aparecida.
Além disso, segundo o NEPNI, foi realizada a supervisão pedagógica de todos os municípios de Roraima para atuação em salas de vacina e na rede de frios, melhorando o correto uso dos imunizantes.
“O Programa Nacional de Imunizações está implantando em todos os nossos municípios e investe para que esses imunobiológicos cheguem em qualidade aos usuários”, completou.
PREFEITURAS SÃO RESPONSÁVEIS PELA VACINAÇÃO
As prefeituras municipais são responsáveis pela execução das campanhas junto ao público-alvo, cabendo aos gestores a adoção mais adequada de medidas que possibilitem atingir o maior número de pessoas possíveis.
De janeiro a outubro deste ano, foram administradas cerca de 500.000 doses de imunobiológicos.
“As vacinas chegam do Ministério da Saúde para o nosso Estado e cabe a nós [Sesau] enviar e levar até os municípios todas as doses que a gente recebe do Ministério”, destacou Danyele.
É importante reforçar ainda que os pais de crianças menores cinco anos procurem uma Unidade Básica de Saúde (postos de saúde) para realizar a atualização do Cartão de Vacina.
ATUAÇÃO DO ESTADO
Cabe à Sesau realizar reunião com os municípios para apresentação das orientações técnicas e operacionais para o desenvolvimento da estratégia de vacinação em Roraima, como também o apoio técnico para o planejamento das atividades de vacinação, incluindo a construção de plano de ação municipal de estratégia de vacinação.
Além disso, a orientação quanto à necessidade de identificação e notificação de Eventos Supostamente Atribuídos à Vacinação ou Imunização, pelos profissionais de saúde dos municípios, e, com isso, a entrega do imunobiológico e insumos, para execução da vacinação no município.
A Sesau também faz o monitoramento semanal das doses aplicadas pelos municípios e realiza orientações técnicas para os Coordenadores Municipais da Atenção Básica e responsáveis pela imunização nos municípios para inserção de doses no sistema, correção de erros de registro e sugestão de atividades que possam melhorar a adesão da população à vacinação.
DIA NACIONAL DA VACINAÇÃO
O Dia Nacional da Vacinação é uma data criada para promover a importância da imunização no controle de epidemias no Brasil, sendo celebrada anualmente no dia 17 de outubro.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, mais de 3 milhões de pessoas são salvas a cada ano, graças às vacinas. Elas evitam que várias doenças deixem de ser problemas de saúde pública.
Ao induzirem uma resposta do sistema imunológico o mais semelhante possível àquela que ocorreria em caso de infecção, as vacinas fazem com que o organismo reconheça e combata o agente infeccioso.
Além de proteger, as vacinas criam uma barreira entre as pessoas imunizadas que não deixam a doença se aproximar de indivíduos vulneráveis, que estão com a imunidade baixa, em tratamento de quimioterapia, por exemplo, ou bebês que ainda não têm idade para ser vacinados.
O Ministério da Saúde estabelece metas de vacinação, calculadas pela transmissibilidade da doença e a eficiência da vacina, entre outros fatores. Se essa quantidade for atingida, a população estará protegida contra as enfermidades imunopreveníveis.
Atualmente, 48 imunobiológicos são distribuídos anualmente pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), sendo parte delas disponibilizadas em salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde, com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Como parte das ações da campanha Outubro Rosa em Roraima, a Sesau (Secretaria de Saúde) levará os atendimentos do Saúde Itinerante para o Centro de Referência de Saúde da Mulher Maria Luiza Castro Perin.
Voltada para o público em geral, a programação inicia na próxima segunda-feira, 21, estendendo-se até o dia 25. A unidade fica situada na avenida Capitão Júlio Bezerra, 1632, bairro Aparecida.
A ação tem como objetivo sensibilizar as mulheres quanto à importância de prevenir o câncer de mama e de colo do útero, conforme ressalta a diretora geral do CRSM, Taynah Barbosa.
“É importante que todas as mulheres realizem o autoexame. Detectou qualquer alteração, devem buscar o atendimento com mamografia a partir dos 40 anos, além dos exames ginecológicos como preventivo, ultrassom transvaginal, para qualquer detecção de doença prévia. Quanto antes detectar, melhor chance de cura, melhor prognóstico”, disse.
SERVIÇOS DISPONÍVEIS
No Consultório Odontológico Itinerante, a população terá acesso a serviços de limpeza, aplicação de flúor, restauração e extração dentária, enquanto a Unidade Móvel de Saúde da Mulher Itinerante oferece consultas ginecológicas, exames preventivos, mamografia e ultrassonografias mamária, pélvica e transvaginal.
“Buscamos melhorar o atendimento no Outubro Rosa com essa iniciativa e para tentar zerar a fila de mamografia. Atenderemos a demanda espontânea que dificulta o agendamento, e com a nossa unidade móvel na hora ela chega com seu documento e vai conseguir fazer esse atendimento”, reforçou o diretor do Departamento de Ações Programáticas de Saúde Itinerante da Sesau, Genival Ferreira.
Para ter acesso aos atendimentos, é necessário apresentar os documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.
AGENDA
Na última semana de outubro será a vez das unidades atenderem a população do bairro Calungá, onde os serviços ficarão disponíveis no pátio da Cerr (Companhia Energética de Roraima), na avenida Presidente Castelo Branco, 1163, bairro Calungá.
O estado de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), foi uma das unidades federativas da Região Norte que recebeu da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a certificação de metas atingidas nos OKRs (Objetivos e Resultados-chave, do inglês Objectives and Key Results).
Conforme a gerente do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar e Segurança do Paciente, Suelen Belo, a solenidade de certificação foi realizada no início de outubro em Brasília. A pactuação da iniciativa com os Estados do Norte ocorreu em outubro de 2023.
“No caso de segurança do paciente e controle de infecções foram elencados dois objetivos para cada região do Brasil. A Região Norte tinha os seus objetivos e Roraima recebeu os certificados neste ano, durante a reunião nacional, atestando que o Estado conseguiu alcançar as metas pactuadas no ano passado”, destacou.
O reconhecimento da Anvisa significa um marco para a saúde de Roraima, uma vez que reafirma que as unidades hospitalares do Estado estão empenhadas em desenvolver as melhores práticas de controle de infecções e em segurança do paciente, reforçando o engajamento da atual gestão da Sesau em alcançar as metas nacionais de vigilância sanitária.
“Toda assistência à saúde pode gerar uma infecção ou um dano. Isso é um fator inegociável, erros humanos podem acontecer e o que nós priorizamos é que isso não aconteça. Então, todas as formas de prevenção e controle são importantes para evitar que esses eventos aconteçam ou que sejam reduzidos ao mínimo possível. Por isso é importante reforçar as melhores práticas em segurança do paciente e controle de infecções”, frisou Suelen.