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A organização de ações de controle da febre amarela na região de fronteira será tema de uma reunião entre técnicos da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde), membros da equipe técnica de Saúde do Município de Bonfim e autoridades da Guiana.

O encontro ocorre após o Estado confirmar o segundo caso do tipo silvestre em 2024, em um paciente de 13 anos, residente da comunidade de Awarewanau Village, no país vizinho.

Segundo informações do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, o paciente manifestou os primeiros sintomas compatíveis com a febre amarela no dia 30 de setembro, sendo transferido do Hospital de Lethem para o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), em Boa Vista.

A confirmação da doença pelo Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima) ocorreu no dia 11 deste mês. O paciente encontra-se em tratamento, com bom estado clínico, sob os cuidados da equipe de infectologia do HGR.

“A equipe de Infectologia do HGR prontamente organizou todo o protocolo de manejo deste paciente, incluindo a notificação e coleta de exames. Após isso, o paciente foi para a UTI e está respondendo bem ao tratamento”, ressaltou a gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue, Rosângela Santos.

O primeiro caso de febre amarela silvestre deste ano foi identificado em março. O paciente, de 17 anos, morador de uma região próxima à cidade de Lethem, foi tratado e acompanhado pelos profissionais do HGR, seguindo todos os protocolos previstos pela CGVS, recebendo alta após cura.

 

VACINA É NECESSÁRIA

Diante da confirmação de mais um caso importado, a Sesau alerta a população sobre a necessidade de se vacinar contra a doença. O imunizante está disponível em qualquer Unidade Básica de Saúde.

“É importante informar para toda a população que a melhor e maior prevenção é a vacina. Neste período de compras, em que ocorre a caravana de todos os municípios, inclusive de outros estados para Lethem, é necessário que as pessoas tenham tomado a vacina contra a febre amarela pelo menos 15 dias antes de viajar”, explicou Rosângela.

A gerente informa ainda que a população pode ajudar a fortalecer a vigilância da febre amarela comunicando às autoridades sanitárias caso encontre animais (macacos ou bichos-preguiça). A vigilância de epizootias é essencial para evitar casos em humanos.

“Se você viu um macaco morto ou doente, avise as autoridades de endemias do seu município para que as medidas necessárias sejam providenciadas. Isso não significa que ele esteja transmitindo, mas ele é o nosso alerta de que o vírus da febre amarela está circulando”, ressaltou.

 

SECOM RORAIMA

JORNALISTA: Suyanne Sá

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau