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Responsável por afetar a vida de mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é uma doença crônica que pode desencadear outras patologias de saúde.

Para quem se encontra nessa situação, a cirurgia bariátrica é a chance de recomeçar do zero, reconstruindo os planos que a doença acabou interrompendo. Esse foi o caso da vendedora Sara Caroline Mendonça, de 38 anos.

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A paciente pesava 127 quilos, e por conta desta condição, sofria com intensas dores na coluna e joelhos, além de falta de ar e outros problemas de saúde. Há seis meses, Sara passou pelo procedimento e hoje já sente que sua vida mudou radicalmente para melhor.

“Eu digo que foi Deus mesmo trabalhando, pois a obesidade é uma doença e a cirurgia bariátrica é o recomeço de uma nova vida. Estou muito feliz com o resultado e a autoestima vai lá para cima. Hoje posso entrar em uma loja e encontrar uma calça que me sirva bem”, relatou.

ATENDENDO ANSEIOS

As cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Roraima são realizadas pelo HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). Esse tipo de procedimento estava suspenso desde 2017, mas retornou em setembro de 2022 graças a investimentos em infraestrutura executados pelo Governo do Estado.

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A secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, destacou que o bem-estar público é uma das pautas da atual gestão do Governo do Estado, uma vez que, casos como estes revelam o quanto é preciso investir em cirurgias que podem mudar a rotina das pessoas.

“Temos alguns relatos de pessoas que passaram a ter expectativas de vida com a intervenção. O Governo está otimizando cada vez mais as cirurgias. É um procedimento que contribui para que as pessoas tenham condições para viverem melhor”, disse.

Segundo o coordenador do Serviço de Cirurgia Bariátrica da unidade, Gláucio Carneiro, as cirurgias são efetuadas através de videolaparoscopia, um método moderno e com eficácia comprovada cientificamente.

“A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para se abordar uma das principais doenças que acomete a humanidade atualmente, que é a obesidade. É um procedimento seguro, efetivo e que impacta de uma forma absurda na saúde do paciente”, destacou o médico.

A OBESIDADE

A obesidade é uma doença crônica que se caracteriza principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O número de pessoas obesas têm crescido rapidamente, tornando-a um problema de saúde pública.

A enfermidade pode trazer diversos tipos de comorbidades ao paciente, sendo as mais comuns a hipertensão, diabete, depressão, câncer e problemas cardíacos.

O excesso de peso também pode trazer prejuízos para as relações pessoais e profissionais, deixando a maioria dos pacientes mais propensos a problemas de depressão e ansiedade.

Acadêmica do curso de medicina veterinária, Débora Açucena Portella, de 26 anos, sofria com a tendência a engordar desde recém-nascida. Chegou a pesar até 130 quilos durante a pandemia, um problema que precisou de uma decisão urgente.

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“Eu era hipertensa, estava pré-diabética, não conseguia nem me olhar no espelho. Na pandemia cheguei a entrar em depressão com vergonha de mim mesma, não queria que as pessoas me vissem daquele jeito. Foi aí que optei por fazer a bariátrica, uma decisão que contou com o apoio de toda a minha família”, frisou.

PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO

Para melhor recuperação de pacientes que passaram por cirurgia bariátrica, é necessário que a paciente passe por preparo físico e mental. Por esse motivo, é importante que a pessoa mantenha a rotina médica antes e depois do procedimento cirúrgico.

Entre as doenças e agravos que o paciente obeso desenvolve está a Esteatose, que é basicamente o gordura no fígado. Segundo Gláucio Carneiro, esse tipo de problema pode ser um complicador na hora da cirurgia.

“O paciente com indicação de cirurgia bariátrica no pré-operatório, passa por uma equipe multidisciplinar, além de cirurgião, como o endocrinologista, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista”, afirmou Carneiro.

Outro sintoma associado à obesidade é a gordura visceral elevada, que complica não apenas o intraoperatório como o pós-operatório. De acordo com Gláucio, é necessário que o paciente perca gordura para conseguir operar com segurança.

No pós-operatório também é fundamental que o paciente tenha assistência multidisciplinar para garantir a boa recuperação e perda adequada de peso. Segundo o especialista, qualquer questão nesse processo pode impactar significativamente o estado psicológico e na autoimagem do paciente. “A obesidade precisa ser tratada de uma forma global e em todas as fases da vida, porque só assim vamos conseguir mudar esse panorama”, finalizou.

SECOM RORAIMA

JORNALISTA: Suyanne Sá

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau