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A troca de experiência iniciou às 8h e deve encerrar às 20h, entre os mais de 45 profissionais
que estão presentes representando todos os 15 municípios de Roraima.

    Os cuidados com a saúde íntima feminina são cercados de tabus e, por isso, muitas mulheres não se atentam à região vaginal, e essa falta de atenção resulta em diversas patologias que afetam a saúde da mulher e causam situações desagradáveis, exigindo cuidados especiais para evitar complicações.

    Para garantir que Roraima avance na promoção da saúde feminina, profissionais da atenção básica de todos os municípios participam do Curso de Atualização em Patologia Genital Feminina, com foco na Prevenção do Câncer do Colo do Útero, com foco no reforço das medidas de prevenção e rastreamento de doenças em todo Estado.

    A troca de experiência iniciou às 8h e deve encerrar às 20h, entre os mais de 45 profissionais que estão presentes representando todos os 15 municípios de Roraima.  

    De acordo com o médico Citopatologista Gecel Ferreira, responsável por ministrar o curso voltado para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, Roraima enfrenta uma diminuição significativa da procura por exames básicos que são acessíveis por meio do Sistema Único de Saúde.

    “Em Roraima, as mulheres com vida sexual ativa, precisam criar uma rotina médica, pois isso auxilia a evitar o aparecimento e desenvolvimento de complicações patológicas genitais, em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde), é possível realizar o exame preventivo fundamental no diagnóstico de uma série de irregularidades no aspecto das células do colo uterino”, destacou o médico.

    O especialista alerta que a partir do encontro cada equipe será orientada a sensibilizar o público feminino a procurar mais pelos serviços, pois apesar da necessidade muitas mulheres ainda negligenciam a regularidade desse exame que é o principal método para se obter o diagnóstico precoce de lesões cancerígenas no colo do útero, infecções e inflamações vaginais, e doenças sexualmente transmissíveis que não manifestam sintomas externos.

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    “Entender mais sobre essa doença é fundamental para notar os sinais iniciais e procurar ajuda, para os profissionais de saúde conhecerem ainda mais sobre as patologias, além de evitar transtornos, resulta em meninas e mulheres adotando hábitos mais saudáveis que não prejudicam a saúde íntima”, disse.

    A enfermeira, Erinalda Felix Araújo, representa o município de São João da Baliza, ela destaca que a troca de experiência vai agregar ainda mais durante os atendimentos nas UBS.

    "Volto para Baliza com muito mais conhecimento para as consultas com as pacientes, tirei várias dúvidas, existe um tabu entre as pacientes quanto a relação sexual antes do preventivo, às vezes o parceiro não aceita ficar três dias sem a relação sexual o que leva mulheres a não fazer o preventivo, hoje eu aprendi que isso não é necessário as mulheres podem sim fazer o preventivo, já perdi muitas pacientes por esse tabu, e a partir de agora vou buscar incentivar cada vez mais a realização dos exames”, disse.

    Medidas de prevenção são oferecidas pelo SUS gratuitamente – Entre as medidas importantes estão a vacina contra o HPV e exame preventivo que são ofertados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

    O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais frequente no Brasil e no mundo, no Brasil graças ao SUS (Sistema Único de Saúde) crianças e adultos podem receber a vacina contra o HPV de forma gratuita.

    De acordo com a gerente do Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Mulher, Lilian Regina Vieira, em Roraima, a vacina está disponível em diversas UBS (Unidades Básicas de Saúde).

    “A vacina é destinada a meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, nas salas de vacina de todo Estado, o esquema é de 2 doses, com um intervalo de 6 meses entre as doses, em pessoas imunocomprometidas entre 9 e 26 anos são administradas três doses da vacina através do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais que funciona no Coronel Mota”, explicou.

    A vacinação pode ajudar a prevenir a infeção pelo HPV e o câncer de colo do útero, mas não é indicada para tratar a doença, por isso, além dos cuidados como o uso do preservativo em todos os contatos íntimos, a mulher deve consultar o ginecologista pelo menos 1 vez por ano e realizar exames ginecológicos como o preventivo Papanicolau.

ASCOM/SESAU
30.09.2021