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Paciente oncológicos assistidos pela Unacon-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima) participaram de palestra sobre cuidados com a disfagia, condição de saúde caracterizada pela dificuldade de engolir alimentos, seja por dor ou por desconforto. Ela também pode estar ligada a outros sintomas, como tosse, engasgo, excesso de salivação (a ponto de atrapalhar a deglutição) e problemas na fala.

A atividade foi realizada no auditório do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). A ação também é alusiva ao Dia de Atenção à Disfagia, celebrado nesta segunda-feira, 20.

“Essa campanha ocorre desde 2010 justamente para alertar as pessoas sobre esse tema, e esse problema é muitas vezes subdiagnosticado. Dentro da fonoaudiologia existe um trabalho de diagnóstico e orientações que ajudam o paciente a desenvolver essa deglutição, com o apoio de outros especialistas”, destacou a fonoaudióloga da Unacon-RR, Fernanda Ross.

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Além do Grupo de Apoio ao Paciente com Câncer de Cabeça e Pescoço, a ação também contou com a participação do Grupo Apoio ao Paciente Laringectomizado e Grupo de Apoio Psicossocial Girassol.

Entre os pacientes que acompanharam a palestra está Claudemir Santos, de 45 anos. Recentemente, ele passou por uma cirurgia na mandíbula para retirar um câncer, algo que dificultava a sua rotina de alimentação.

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“Eu não falava, ficava só babando. Disseram que não ia voltar a falar e hoje você pode ouvir a minha voz. Tudo isso ocorre graças a esses profissionais, que trabalham com muito amor”, afirmou.

COMO IDENTIFICAR A DISFAGIA

A disfagia é uma condição em que o paciente possui dificuldades para levar alimento, água, medicamentos e ou saliva da boca até o estômago. Os sintomas variam entre engasgos, tosses, pigarro, sensação de alimento parado ou mesmo um escape do alimento pela boca, uma dor para deglutir.

“O fonoaudiólogo atua junto com uma equipe multiprofissional auxiliando o paciente, diagnosticando, realizando exames de deglutição, uma avaliação de como o paciente leva o alimento da boca até o estômago”, ressaltou Fernanda.

Entre as possíveis causas da disfagia estão pacientes que tiveram um tumor na região da boca, língua, laringe ou pescoço que pode alterar o processo de deglutição, e ainda casos de AVC (acidente vascular cerebral).

Em maio de 2021, após constantes inflamações na região da garganta, o empresário Ronaldo Dias dos Reis, de 53 anos, descobriu o câncer de cabeça e pescoço. Desde então, as rotinas de cuidados têm sido redobradas pelo paciente.

“Antes [do diagnóstico], era garganta inflamada direto. Depois da cirurgia, tive dificuldade para voltar a comer e até hoje não consigo comer bem. Minha deglutição ficou mais lenta, mas agora faço acompanhamento com a fonoaudióloga, e faço exames de rotina para ver a minha evolução”, pontuou.

SECOM RORAIMA

JORNALISTA: Suyanne Sá

FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau